Dilma, Serra e Marina inauguram novas estratégias com início oficial de campanha
Wanderley Preite Sobrinho, do R7.
A campanha presidencial deste ano começa nesta terça-feira (6) com os três principais candidatos testando novas estratégias após as polêmicas e reviravoltas que nos três meses de pré-campanha levaram a petista Dilma Rousseff a assumir a liderança nas pesquisas de intenção de voto, seguida por José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV). Enquanto Dilma foge do confronto com os adversários, Serra tenta preservar votos no Sudeste e Marina se vende como a verdadeira herdeira do “legado” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A campanha de Serra – já esperando a queda nas pesquisas – concentrou os compromissos eleitorais de seu candidato em São Paulo no mês de junho para tentar evitar a maior fuga de votos no Sudeste, reduto eleitoral tucano.
Ao todo, Serra ficou 22 dias em São Paulo no mês passado. Ele foi à missa e convenções partidárias na capital paulista, caminhou em Guarulhos, passou por São Bernardo do Campo, assistiu a jogos do Brasil em Bragança Paulista e Santos.
Ele também aproveitou a estada em São Paulo para intensificar as costuras políticas para a escolha de seu vice, o deputado federal carioca Índio da Costa (DEM). O cientista político Humberto Dantas lembra que a cúpula da campanha de Serra fica toda no Sudeste:
- O presidente do DEM, Rodrigo Maia, é do Rio de Janeiro, o ex-governador Aécio Neves (PSDB) fica em Minas Gerais, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o prefeito Gilberto Kassab (DEM) ficam em São Paulo.
Mesmo assim, Dilma empatou com ele tecnicamente no Sudeste, segundo a última pesquisa CNI/Ibope. Enquanto a petista marcou 37% das intenções de voto na região, Serra ficou com 36%. Em 2006, Alckmin foi para o segundo turno batendo Lula no Sudeste por 45% a 43%. Em intenções de voto, Ibope e Vox Populi deram Dilma na liderança, enquanto o último Datafolha mostrou empate entre ela e o tucano.
Mais tranquilos, os caciques da campanha petista querem preservar o crescimento de Dilma evitando que ela se complique em debates, sabatinas e até em coletivas de imprensa. A petista sempre chega a qualquer evento pelas portas dos fundos e é por lá que vai embora.
Dilma foi para a Europa na semana em que participaria da uma sabatina no jornal Folha de S.Paulo, cancelou o debate marcado na CNA (Confederação Nacional da Agricultura) na última quinta-feira (1º) e foi a única candidata que não conversou com a imprensa após participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, na última segunda-feira (28).
Ela também fechou participação em apenas cinco debates na TV. A estratégia já tinha sido usada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) na campanha de reeleição de 1998, quando, líder nas pesquisas, ele não foi a nenhum debate. Lula fez o mesmo em todo o primeiro turno da campanha de 2006.
Segundo o especialista, “essa é uma estratégia comum pra quem é favorito e também pra quem tem problemas em se comunicar”.
- As falas dela são ruins, e olha que está havendo um grande esforço para melhorar. Ela fala o que pensa sem a calculadora política do lado, sem medir as consequencias políticas.
Já a nova tática de Marina contradiz o começo de sua pré-campanha. Antes uma crítica do governo Lula, agora ela se coloca como a “outra Silva”, em referência à coincidência de seu sobrenome com o do presidente e ao fato de ambos terem origem pobre.
No último dia 16, a candidata disse que "as pessoas que votaram no Lula vão continuar votando num Silva, só que na Marina Silva". A mudança de discurso começou no dia 10, na Convenção Nacional do PV, quando ela afirmou que Lula foi o presidente que conseguiu reduzir a pobreza no Brasil. Diz o especialista:
- Ela quer surfar na popularidade de Lula, o que pode atrapalhar a candidatura de Dilma, que é quem tem mais votos.
O cenário que inaugura oficialmente a campanha eleitoral é só mais uma das táticas que prometem se suceder até o dia 17 de agosto, quando os candidatos chegam maquiados e treinados para a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.
A campanha presidencial deste ano começa nesta terça-feira (6) com os três principais candidatos testando novas estratégias após as polêmicas e reviravoltas que nos três meses de pré-campanha levaram a petista Dilma Rousseff a assumir a liderança nas pesquisas de intenção de voto, seguida por José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV). Enquanto Dilma foge do confronto com os adversários, Serra tenta preservar votos no Sudeste e Marina se vende como a verdadeira herdeira do “legado” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A campanha de Serra – já esperando a queda nas pesquisas – concentrou os compromissos eleitorais de seu candidato em São Paulo no mês de junho para tentar evitar a maior fuga de votos no Sudeste, reduto eleitoral tucano.
Ao todo, Serra ficou 22 dias em São Paulo no mês passado. Ele foi à missa e convenções partidárias na capital paulista, caminhou em Guarulhos, passou por São Bernardo do Campo, assistiu a jogos do Brasil em Bragança Paulista e Santos.
Ele também aproveitou a estada em São Paulo para intensificar as costuras políticas para a escolha de seu vice, o deputado federal carioca Índio da Costa (DEM). O cientista político Humberto Dantas lembra que a cúpula da campanha de Serra fica toda no Sudeste:
- O presidente do DEM, Rodrigo Maia, é do Rio de Janeiro, o ex-governador Aécio Neves (PSDB) fica em Minas Gerais, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o prefeito Gilberto Kassab (DEM) ficam em São Paulo.
Mesmo assim, Dilma empatou com ele tecnicamente no Sudeste, segundo a última pesquisa CNI/Ibope. Enquanto a petista marcou 37% das intenções de voto na região, Serra ficou com 36%. Em 2006, Alckmin foi para o segundo turno batendo Lula no Sudeste por 45% a 43%. Em intenções de voto, Ibope e Vox Populi deram Dilma na liderança, enquanto o último Datafolha mostrou empate entre ela e o tucano.
Mais tranquilos, os caciques da campanha petista querem preservar o crescimento de Dilma evitando que ela se complique em debates, sabatinas e até em coletivas de imprensa. A petista sempre chega a qualquer evento pelas portas dos fundos e é por lá que vai embora.
Dilma foi para a Europa na semana em que participaria da uma sabatina no jornal Folha de S.Paulo, cancelou o debate marcado na CNA (Confederação Nacional da Agricultura) na última quinta-feira (1º) e foi a única candidata que não conversou com a imprensa após participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, na última segunda-feira (28).
Ela também fechou participação em apenas cinco debates na TV. A estratégia já tinha sido usada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) na campanha de reeleição de 1998, quando, líder nas pesquisas, ele não foi a nenhum debate. Lula fez o mesmo em todo o primeiro turno da campanha de 2006.
Segundo o especialista, “essa é uma estratégia comum pra quem é favorito e também pra quem tem problemas em se comunicar”.
- As falas dela são ruins, e olha que está havendo um grande esforço para melhorar. Ela fala o que pensa sem a calculadora política do lado, sem medir as consequencias políticas.
Já a nova tática de Marina contradiz o começo de sua pré-campanha. Antes uma crítica do governo Lula, agora ela se coloca como a “outra Silva”, em referência à coincidência de seu sobrenome com o do presidente e ao fato de ambos terem origem pobre.
No último dia 16, a candidata disse que "as pessoas que votaram no Lula vão continuar votando num Silva, só que na Marina Silva". A mudança de discurso começou no dia 10, na Convenção Nacional do PV, quando ela afirmou que Lula foi o presidente que conseguiu reduzir a pobreza no Brasil. Diz o especialista:
- Ela quer surfar na popularidade de Lula, o que pode atrapalhar a candidatura de Dilma, que é quem tem mais votos.
O cenário que inaugura oficialmente a campanha eleitoral é só mais uma das táticas que prometem se suceder até o dia 17 de agosto, quando os candidatos chegam maquiados e treinados para a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.
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