O Ministério Público Eleitoral do Distrito Federal pediu nesta terça-feira a cassação da candidatura da Maria de Lourdes Abadia, candidata do PSDB ao Senado.
A impugnação de Abadia coloca em risco a chapa do PSDB no DF e, por consequência, o palanque do presidenciável José Serra. Maria de Lourdes Abadia é o único nome tucano na chapa do candidato ao governo Joaquim Roriz (PSC), também ameaçado pelo Ficha Limpa.
Em troca da candidatura de Abadia ao Senado, o PSDB se aliou a Roriz para formar o palanque do presidenciável José Serra no DF. Roriz não cedeu nem os suplentes ao PSDB.
De acordo com o procurador regional eleitoral do DF, Renato Brill de Góes, Abadia não pode se candidatar em razão da Lei da Ficha Limpa. Para o procurador, a tucana é "ficha suja" por ter sido condenada em 2006 por compra de votos no TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral).
Segundo o pedido de cassação do registro, Abadia fez uso da máquina administrativa do governo do Distrito Federal, servidores públicos e carro oficial para realizar reunião em seu comitê eleitoral nas vésperas das eleições, caracterizando abuso de poder.
Além disso, a mesma decisão do TRE multou Abadia em R$ 2 mil. De acordo com a procuradoria, esse valor que até hoje não foi pago, o que tornaria a tucana inelegível. Para Renato Brill de Góes, o pagamento da multa não faz mais diferença --a data limite seria no ato do registro da candidatura.
No total, o Ministério Público Eleitoral já impugnou 41 candidatos no DF. A Folha procurou Abadia, mas ela estava em reunião. Uol.
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