Eu, Juca Kfouri, jornalista , RG 3.337.194, declaro a quem interessar possa:
Que me encontrei com o governador de Goiás, Marconi Perillo, em maio do ano passado, num hotel perto do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para discutir as relações dele com Jorge Kajuru e sua Rádio K do Brasil.
Entre outras pessoas, estavam presentes ao encontro o jornalista Marcelo Rezende e o secretário da Segurança Pública de Goiás, Demóstenes Xavier Torres.
Que ouvi dele muita mágoa em relação ao jornalismo exercido pela emissora; que ele chegou a dizer que, se não fosse cristão, daria “140 tiros na cara do Kajuru”.
Ele disse, também, que as críticas ao seu governo começaram depois de ele ter se recusado a pagar R$ 150.000,00 mensais, em publicidade, para a Rádio K.
Surpreso, eu disse a ele que, se aquilo fosse verdade, eu romperia com Jorge Kajuru e faria uma declaração pública a favor dele, governador Perillo.
Como supus, a “informação” dele não passava de leviandade, razão pela qual, como o adverti no encontro, não voltei a vê-lo, porque deixei de acre- ditar minimamente no que dizia ou diz.
É o que eu tinha, em resumo, a esclarecer, razão pela qual dou fé e firmo a presente.
Este é o relato de Marcelo Rezende, jornalista, RG 025846553-6, Instituto Felix Pacheco, RJ, feito a quem interessar:
"Se eu não fosse cristão, daria 140 tiros na cara do Kajuru." Esta foi uma das últimas frases ditas pelo governador de Goiás, Marconi Perillo, no encontro que tivemos no Hotel Deville, próximo ao Aeroporto de Guarulhos, São Paulo. Lá estavam o secretário de Segurança Pública de Goiás, Demóstenes Torres, o Chefe da Polícia Civil, Marcos Martins, o jornalista Juca Kfouri e algumas pessoas ligadas ao governador, mas que se encontravam afastadas da mesa onde estávamos.
Foi uma frase de arroubo, um desabafo, dita de maneira incisiva. Como foi também a outra frase: "Ele só me critica porque não aceitei colocar 150 mil reais de publicidade na Rádio K." Ou também: "O que vocês querem de mim?"
O que nós queríamos, eu e Juca, era que o governador parasse de perseguir a Rádio, lutasse pela Rádio não ser fechada a cada instante pelo Governo Federal, entendesse que críticas, às vezes, são mais saudáveis que os aplausos e que ele entendesse, de uma vez por todas, que a Rádio K nunca aceitou e jamais aceitaria publicidade de seu ou de qualquer outro governo, para manter-se independente e fiel à verdade e aos seus ouvintes. O dinheiro de publicidade do seu governo não teria o efeito de 30 moedas. Kajuru não iria trair seu ouvinte por dinheiro algum.
A publicidade não foi aceita, os tiros eram arroubos e o preço final foi um ataque de direito à democracia, ao eleitor, em resumo, ao cidadão: A Rádio foi fechada, calada, amordaçada, mas nem em silêncio a verdade se calou. E nunca se calará.
Dez dias antes da eleição, no primeiro turno, Kajuru denuncia a fraude da pesquisa do IBOPE, comandada em Goiás, pela afiliada da Rede Globo, Organização Jaime Câmara, que dava a Íris Rezende vitória no primeiro turno, com 26% de frente.
Aconteceu que, em Maio (quatro meses antes das eleições), o IBOPE foi contratado pela afiliada da Globo para fazer 04 rodadas de pesquisa em Goiás. Foi feita a 1ª, que dava a Íris, naquele momento, 26% de frente. Estranhamente, a TV Anhanguera dispensou as outras 03 rodadas que o Ibope faria. Por sua vez, o PMDB ficou propagando essa pesquisa até 10 dias antes do 1º turno. Naturalmente, sem revelar a data em que o Ibope pesquisava. Abaixo, através do Programa “Roda Viva”, da Rede Cultura de Televisão, o Sr. Carlos Augusto Montenegro revelou o segredo, que, para a Rádio K, já havia sido desmascarado, provocando revolta e a virada de Marconi no 1º turno.
Marconi Perillo vence o primeiro turno e faz agradecimento histórico a Kajuru. Como Íris Rezende foi mais criticado e denunciado, Kajuru era o máximo para o jogo.
Já eleito, antes de tomar posse, o governador Marconi Perillo, acompanhado dos auxiliares Demóstenes, Sandoval, Luiz Felipe e Ferrari foi até a residência de Kajuru, quando aconteceu o primeiro encontro entre ambos, dia 20. À espera de Kajuru, Isabela, sua mulher, e a empregada Biga ouviam da cozinha, com medo de alguma discussão.
Na oportunidade, Marconi, sem constrangimento, fez duas propostas:
1) Que a Rádio K desse uma trégua em crítica a seu governo, alegando que ele precisaria de muito tempo para recuperar o Estado. Revelou o tempo de 08 anos;
2) Toda denúncia que chegasse até Kajuru que, primeiro, entregasse a ele, deixasse o governo resolver e apurar e, quando o governo terminasse esse processo, liberaria a Rádio K para falar do assunto.
A resposta de Kajuru: “Imprensa não foi feita para dar trégua. E, sobre entregar a denúncia antes, trata-se de uma censura prévia, Sr. governador”.
Extraído do livro DOSSIÊ K, de Jorge Cajuru
Colaboração do amigo Gilson Raslam
3 comentários:
Gilvan,
Segue o link abaixo de uma informação que postei no meu Blog e peço-lhe para que vc coloque no seu blog também.
http://robervalnanet.blogspot.com/2010/07/homem-da-ong-criar-constroi-mansao-com.html
Grato,
Roberval Padilha
Sabe, Sr. Terror, o que me dá calafrios é a mínima possibilidade de essa quadrilha voltar a governar o Brasil novamente! Rezo e luto com todas as armas disponíveis, para que essa desgraça não nos ocorra!
Roberval, valeu.Vera, pois é, até a minha cloaca fica ardendo só em pensar nisso.
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