Redação Carta Capital
Em São Paulo, evento critica a cobertura jornalística das eleições por parte da grande imprensa.
O auditório da sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo ficou superlotado na noite destra quinta-feira 23. Trezentas pessoas dentro, duzentas fora. Era o ato em defesa da democracia, chamado para questionar a cobertura das eleições presidenciais que vem sendo realizada pela grande imprensa.
O evento foi convocado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternatriva Barão de Itararé e contou com presença de jornalistas, parlamentares, estudantes e sindicalistas. Entre eles, a deputada federal pelo PSB, Luiza Erundina.
O jornalista Altamiro Borges leu um manifesto, que deixou claro os objetivos da manifestação. O alvo claro era o “denuncismo” que tomou conta do noticiário estas últimas semanas de campanha eleitoral.
Entre as propostas aprovadas pelos presentes está uma campanha de solidadariedade à revista CartaCapital, diante da intimidação que foi alvo por parte da Sra. Sandra Cureau, Vice-Procuradora Geral junto ao TRE.
Outra, foi um chamamento para que os presentes assinassem as publicações comprometidas com a democracia.
Ficam aqui registrados nossos agradecimentos. É salutar que os veículos de comunicação se posicionem abertamente nos processos eleitorais. É uma prática sadia, típica do bom jornalismo e comum em países da Europa, da América Latina e nos Estados Unidos.
O condenável é o engajamento explícito travestido de imparcialidade, pois o leitor, como o consumidor de qualquer produto, tem o direito de escolha, de saber o que compra. O rótulo na embalagem tem que explicar adequadamente o que é o produto.
Como é condenável a prática da denúncia vazia, sem a apuração necessária, sem consistência, baseada em fontes questionáveis. E direcionada a um só alvo.
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