terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A direita não aceita a derrota




Apesar de todo o arsenal de baixarias, intrigas e mentiras que a direita disseminou durante a campanha eleitoral, o resultado final lhe foi profundamente adverso. De nada adiantou a escandalosa parcialidade dos meios de comunicação e até mesmo de outros setores que, em tese, deveriam zelar pela aplicação das leis. Ela simplesmente perdeu!


Mas não se contenta. Busca as mais variadas formas para explicar a derrota sem nunca considerar o que parece tão óbvio: o povo não os quer, não tem saudades da gestão de FHC, quando o país vivia humilhado e submisso a vontade do governo americano. Ainda não se esqueceu dos salários congelados por anos sem reajuste, do sucateamento da rede de serviços públicos (escolas, hospitais, rodovias, etc.) e, principalmente, do desemprego que assombrava o conjunto dos trabalhadores desse país. Sem mencionar a infindável sucessão de escândalos de corrupção e a privataria que tomou conta do país.

Os mais descarados, como não têm escrúpulos, também recorrem ao tapetão jurídico através de prepostos “legais”. Dados que nos chegam às mãos, inclusive vídeos, não deixam dúvidas quanto a isso. As medidas adequadas para conter os que se prestam a esse tipo de expediente certamente serão tomadas.

No Brasil e no Amazonas as forças progressistas ganharam de forma incontestável e limpa, apesar de – paradoxalmente – a direita até contar com mais apoios políticos do que, por exemplo, a Senadora eleita Vanessa Grazziotin (PCdoB), então Deputada Federal.

A nossa coligação elegeu o governador, os dois senadores – no caso uma senadora e um senador – seis dos oito deputados federais e 18 dos 24 deputados estaduais. São dados inquestionáveis.

No caso especifico da Senadora Vanessa Grazziotin ela venceu até mesmo em Parintins, a principal cidade administrada pelos tucanos no Amazonas. Assim como venceu em Tefé e empatou em Manacapuru, dois outros importantes colégios eleitorais do estado cujos prefeitos apoiavam o nosso adversário Artur Neto.

A atitude pouco democrática de não aceitar a derrota e respeitar a vontade soberana da população, todavia, parece ser um traço do autoritarismo tucano. Creio que todos ainda lembram a atitude de José Serra diante do anúncio da vitória de Dilma Roussef. Ao invés do gesto protocolar de parabenizações à vitoriosa, o tucano destilava ódio e anunciava “guerra”.

A atitude é até compreensível. Afinal eles vêem frustrada a tentativa de continuarem desmontando o país. Só não podem é continuar afrontando a vontade popular.

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