Mesmo as pessoas não especialistas em psicologia ou psiquiatria têm ideia do que seja narcisismo ou aquilo que o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais classifica como sendo um distúrbio de personalidade narcisista (DPN).
Segundo a leitura de Charles Zanor, psicólogo e articulista do New York Times em artigo traduzido e reproduzido pela Folha de S. Paulo, “o requisito principal para o DPN é um senso grandioso de autoestima e um erro de cálculo de suas habilidades, muitas vezes acompanhado por fantasias de superioridade. O segundo requisito é que ele espera que os outros reconheçam suas habilidades. Os narcisistas não têm noção de como as coisas parecem na perspectivas dos outros. São muito sensíveis ao serem ignorados, mas dificilmente reconhecem quanto fazem isso com os outros”.
Qualquer semelhança com o comportamento público da atual governadora do Rio Grande do Sul talvez não seja mera coincidência. Seu comportamento ao logo dos quatro anos de governo e levado ao extremo nas últimas semanas, dedicadas à prestação de contas de sua gestão, revela grande sintonia com a definição especializada.
A governadora sempre se julgou injustiçada e repetidas vezes lamentou o fato de seus méritos evidentes, segundo ela própria, não serem reconhecidos por todos. Assim como o eleitorado, que sempre a avaliou de forma negativa e se recusou a reelegê-la, também muitos de seus secretários e auxiliares melhor avaliados nas pesquisas de opinião pública não teriam sabido admirá-la como deveriam.
Este, talvez, tenha sido o motivo pelo qual a governadora dispensou seus secretários mais destacados tão logo teve oportunidade (ou os fez se autodispensarem). Este, talvez, tenha sido o motivo pelo qual a governadora manteve muitos dos secretários pior avaliados nas pesquisas de opinião, inclusive alguns sob investigação de envolvimento em corrupção. Talvez, por este motivo, ela tenha homenageado os últimos ao final do governo, concedendo-lhes medalhas de mérito, enquanto se esquecia dos primeiros.
Segundo a leitura de Charles Zanor, psicólogo e articulista do New York Times em artigo traduzido e reproduzido pela Folha de S. Paulo, “o requisito principal para o DPN é um senso grandioso de autoestima e um erro de cálculo de suas habilidades, muitas vezes acompanhado por fantasias de superioridade. O segundo requisito é que ele espera que os outros reconheçam suas habilidades. Os narcisistas não têm noção de como as coisas parecem na perspectivas dos outros. São muito sensíveis ao serem ignorados, mas dificilmente reconhecem quanto fazem isso com os outros”.
Qualquer semelhança com o comportamento público da atual governadora do Rio Grande do Sul talvez não seja mera coincidência. Seu comportamento ao logo dos quatro anos de governo e levado ao extremo nas últimas semanas, dedicadas à prestação de contas de sua gestão, revela grande sintonia com a definição especializada.
A governadora sempre se julgou injustiçada e repetidas vezes lamentou o fato de seus méritos evidentes, segundo ela própria, não serem reconhecidos por todos. Assim como o eleitorado, que sempre a avaliou de forma negativa e se recusou a reelegê-la, também muitos de seus secretários e auxiliares melhor avaliados nas pesquisas de opinião pública não teriam sabido admirá-la como deveriam.
Este, talvez, tenha sido o motivo pelo qual a governadora dispensou seus secretários mais destacados tão logo teve oportunidade (ou os fez se autodispensarem). Este, talvez, tenha sido o motivo pelo qual a governadora manteve muitos dos secretários pior avaliados nas pesquisas de opinião, inclusive alguns sob investigação de envolvimento em corrupção. Talvez, por este motivo, ela tenha homenageado os últimos ao final do governo, concedendo-lhes medalhas de mérito, enquanto se esquecia dos primeiros.
Colocando-se em posição superior e receando a incapacidade da maior parte dos cidadãos comuns de entender seus méritos, a senhora governadora apresentou balanços fantásticos de sua gestão e, para facilitar a compreensão de seu governo, preparou, inclusive, um vídeo clip para ilustrar sua maior obra.
A inauguração da RSC-471 foi transformada em um roadmovie, com a governadora ao volante de um carro Mercedez-Benz conversível, ao som de Eric Clapton e B. B. King – que inspiraram o clip. Pena que, dois dias após o evento político-didático-video-musical, a rodovia tenha sido interditada. Dos 111,6 quilômetros da obra, em 4 quilômetros o asfalto, a sinalização e as rótulas ainda não foram concluídas e em outros 90 quilômetros as obras ainda estão em curso.
A inauguração da RSC-471 acabou por tornar-se a ilustração do estilo político da governadora: muito barulho por muito pouco e muita encenação em torno de si mesma. Editorial Sul21.
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