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Diferente do que pensa e apregoa a crítica estremada, de direita e de esquerda, nunca, no mundo, partidos de perfil socialdemocrata governaram sozinhos, de forma exitosa. Todos os exemplos de sucesso conhecidos são de governos de coalizão, tanto partidária quanto classista. Unem-se partidos de esquerda com partidos de centro e até de centro-direita, sob a liderança dos primeiros, para realizar governos de compromisso entre classes sociais. São governos programáticos e pragmáticos a um só tempo.
Este é o modelo que foi implantado nos países escandinavos, desde os anos 30 do século XX, e em boa parte da Europa Ocidental no período imediato à Segunda Grande Guerra, notadamente na Alemanha e na Inglaterra. Foi adotado também nos EUA, com o New Deal, durante os governos democratas de Franklin Delano Roosevelt.
Este é o modelo que foi implantado no Brasil durante o governo Lula, que foi adotado em diferentes governos estaduais, como o do Ceará (PSB) e, de certa forma, também de Minas Gerais (PSDB), e que vem sendo construído pela presidente eleita Dilma Rousseff e por diversos futuros governadores, inclusive por Tarso Genro (PT), no Rio Grande do Sul.
Conforme já foi destacado neste mesmo espaço por diversas vezes, a coalizão governamental é salutar e extremamente necessária, principalmente em países com um sistema político como o brasileiro, onde a fragmentação partidária é a regra, fazendo proliferar os atores políticos com poder de veto (veto players) e, por este motivo, criando dificuldades para os governantes que não detêm maioria parlamenta.
Agem de maneira acertada, portanto, os governantes que integram outros partidos à sua base aliada, ampliando a sustentação de seus governos e viabilizando a aprovação de matérias importantes para a realização de seus programas político-administrativos. Mais acertadamente ainda agem os governantes que, como o fez ontem Tarso Genro em reunião com os partidos aliados, exigiu o compromisso de suas bancadas com a aprovação das mensagens e propostas que forem enviadas pelo Executivo e submetidas ao Legislativo.
Age corretamente o futuro governador Tarso Genro quando distribui as secretarias estaduais entre os partidos coligados e quando exige que, em cada secretaria, ao menos 30% dos cargos em comissão ou de confiança sejam preenchidos por integrantes de e/ou indicados por outros partidos que não o do titular da pasta. Com isto, acaba-se com a “política de porteira fechada”, que cria feudos partidários, muitas vezes não eficientes, em cada secretaria de Estado. Viabiliza-se também uma forma de acabar ou ao menos minimizar a negociação pontual para a aprovação de cada matéria de interesse do Executivo, prática costumeira no Brasil e que gera o tomaladacá e os “mensalões” de diversos tipos.
Mais acertadamente ainda agirá o futuro governador Tarso Genro, bem como a futura presidente da República Dilma Rousseff, e maior chance de êxito terão os governos de ambos, se exigirem que o preenchimento dos cargos de gestão nas secretarias e nos ministérios sejam realizados por profissionais competentes e compromissados com o interesse e o bem público. Competência política é essencial para a prática de governo, mas a competência técnica é imprescindível para a boa prática administrativa. É bom que não se confundam os conceitos.
Governar é uma atividade que requer alta competência política, enquanto administrar é uma atividade que requer alta competência técnica. Ambas são atividades complementares, que precisam ser exercidas ao mesmo tempo, mas que nem sempre são encontradas nos mesmos agentes. Editorial Sul21.
Este é o modelo que foi implantado nos países escandinavos, desde os anos 30 do século XX, e em boa parte da Europa Ocidental no período imediato à Segunda Grande Guerra, notadamente na Alemanha e na Inglaterra. Foi adotado também nos EUA, com o New Deal, durante os governos democratas de Franklin Delano Roosevelt.
Este é o modelo que foi implantado no Brasil durante o governo Lula, que foi adotado em diferentes governos estaduais, como o do Ceará (PSB) e, de certa forma, também de Minas Gerais (PSDB), e que vem sendo construído pela presidente eleita Dilma Rousseff e por diversos futuros governadores, inclusive por Tarso Genro (PT), no Rio Grande do Sul.
Conforme já foi destacado neste mesmo espaço por diversas vezes, a coalizão governamental é salutar e extremamente necessária, principalmente em países com um sistema político como o brasileiro, onde a fragmentação partidária é a regra, fazendo proliferar os atores políticos com poder de veto (veto players) e, por este motivo, criando dificuldades para os governantes que não detêm maioria parlamenta.
Agem de maneira acertada, portanto, os governantes que integram outros partidos à sua base aliada, ampliando a sustentação de seus governos e viabilizando a aprovação de matérias importantes para a realização de seus programas político-administrativos. Mais acertadamente ainda agem os governantes que, como o fez ontem Tarso Genro em reunião com os partidos aliados, exigiu o compromisso de suas bancadas com a aprovação das mensagens e propostas que forem enviadas pelo Executivo e submetidas ao Legislativo.
Age corretamente o futuro governador Tarso Genro quando distribui as secretarias estaduais entre os partidos coligados e quando exige que, em cada secretaria, ao menos 30% dos cargos em comissão ou de confiança sejam preenchidos por integrantes de e/ou indicados por outros partidos que não o do titular da pasta. Com isto, acaba-se com a “política de porteira fechada”, que cria feudos partidários, muitas vezes não eficientes, em cada secretaria de Estado. Viabiliza-se também uma forma de acabar ou ao menos minimizar a negociação pontual para a aprovação de cada matéria de interesse do Executivo, prática costumeira no Brasil e que gera o tomaladacá e os “mensalões” de diversos tipos.
Mais acertadamente ainda agirá o futuro governador Tarso Genro, bem como a futura presidente da República Dilma Rousseff, e maior chance de êxito terão os governos de ambos, se exigirem que o preenchimento dos cargos de gestão nas secretarias e nos ministérios sejam realizados por profissionais competentes e compromissados com o interesse e o bem público. Competência política é essencial para a prática de governo, mas a competência técnica é imprescindível para a boa prática administrativa. É bom que não se confundam os conceitos.
Governar é uma atividade que requer alta competência política, enquanto administrar é uma atividade que requer alta competência técnica. Ambas são atividades complementares, que precisam ser exercidas ao mesmo tempo, mas que nem sempre são encontradas nos mesmos agentes. Editorial Sul21.
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