sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Governo de Dilma deverá crescer 5,9% a cada ano, prevê Mantega



Nubia Silveira, Sul21

Hoje (14), na primeira reunião da presidenta Dilma Rousseff com os seus 37 ministros, Guido Mantega, da Fazenda, anunciou que o crescimento médio durante o atual governo deverá ser 5,9% ao ano. O ministro afimou, em sua apresentação, que, neste ano, a expansão da economia será de 5%. Para o ano que vem, a projeção é de que o PIB cresça 5,5%. A previsão para 2013 e 2014 é de que o PIB — o conjunto da riqueza do país — seja 6,5% maior do que nos anos anteriores. Outra previsão da Fazenda é que, em 2011, a inflação não ultrapasse os 5%.

Na reunião, realizada no Palácio do Planalto, Guido Mantega apresentou um documento com todos os números relativos à economia brasileira. No documento consta que o “governo Lula colocou o Brasil na rota do desenvolvimento sustentável” e que “o governo Dilma vai consolidar o desenvolvimento e colocá-lo em patamares mais elevados”. No governo FHC, a média de expansão econômica foi de 2,6% ao ano. No de Lula, foi de 4% anualmente. E no de Dilma deverá ser de quase dois pontos percentuais a mais do que no governo anterior.

Investimentos

Outros números positivos projetados pelo ministro da Fazenda foram os relativos aos investimentos, que devem passar dos atuais 19% do PIB par 24,1% do PIB, em 2014. Neste ano, diz o documento preparado pelo Ministério da Fazenda, os investimentos serão de 20,4% do PIB, subindo para 21,6% em 2012 e 23%, em 2013. De acordo com o Ministério, o Estado foi responsável por investimentos calculados em R$ 122,2 bilhões, no ano passado — R$ 49,1 bilhões feitos pela União e R$ 73,1 bilhões pelas estatais. Os dados foram apresentados no formato power point, como gosta Dilma. O total investido pelo Estado cresceu 22% em relação a 2009 e representa 5,1% do PIB.

Mantega afirmou ainda que o crescimento do Brasil é “sustentável”, “sem desequilíbrios macroeconômicos, com inflação sob controle, com solidez fiscal e aumento de reservas”. O ministro, porém, ressaltou que “o sucesso do país traz um problema: valorização cambial”. De acordo com ele, para manter o crecimento o país deverá criar condições para “desonerações” e “redução dos juros”.

Economia

A reunião ministerial iniciou por volta das 14h30min com a orientação da presidenta para que a equipe economize, fazendo “mais com menos”. O governo ainda discute quanto será cortado do Orçamento 2011. Mantega alertou: “Não se trata de um ajuste fiscal clássico, com desemprego, recessão e redução dos investimentos”. Segundo o ministro, trata-se de um “esforço de racionalização de despesas com aumento da eficiência do gasto público”.

Viagem ao exterior

Dilma Rousseff deverá viajar aos Estados Unidos entre os dias 12 e 18 de março. Em Washington se encontrará com o presidente norte-americano Barack Obama. A data definitiva da visita está sendo negociada pelas chancelarias dos dois países.

O convite feito por Obama logo após a eleição de Dilma foi reafirmado pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, na cerimônia de posse da presidenta. Na pauta do encontro estarão as relações Brasil-Irã, a compra dos caças para a FAB, os subsídios norte-americanos à produção de etanol, a posição do governo brasileiro contra a ampliação do tratado contra a proliferação de armas atômicas e a descoberta de petróleo na camada de pré-sal.

A primeira viagem ao exterior de Dilma ocorrerá no final do mês de janeiro. Nos dias 30 e 31, ela se encontrará, em Buenos Aires, com a presidenta argentina Cristina Kirchner. A visita programada para o Uruguai, logo após o encontro com Cristina, deverá ser adiada.

Está prevista também a ida de Dilma ao Peru, no dia 16 de fevereiro, para participar da Cúpula América do Sul e Países Árabes. Antes de viajar aos Estados Unidos, a presidenta deverá se reunir com o presidente paraguaio Fernando Lugo. A visita ao Paraguai será acertada pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que viaja segunda-feira (17) para Assunção.

Com informações de O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e Rede Brasil Atual

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