Igor Natusch, Sul21
Depois de dias de mal disfarçada ansiedade, aguardando uma definição sobre uma eventual luta contra Aldo Rebelo (PCdoB-SP), o deputado federal Marco Maia (PT-RS) e seus apoiadores podem respirar — um pouco — mais aliviados. No começo da tarde de sexta-feira (14), o PCdoB confirmou oficialmente que irá apoiar o petista para assumir a presidência da Câmara Federal em 2011. O anúncio, feito inicialmente pela líder do partido, Vanessa Grazziotin (AM) em sua conta no Twitter, consolida a candidatura de Maia à presidência da Câmara, e enfraquece a possibilidade de outros deputados lutarem pelo posto. Os próprios comunistas juram que Aldo Rebelo, até então o mais forte antagonista de Marco Maia na disputa pela presidência da Casa, foi um dos principais responsáveis pela posição do PCdoB.
A deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) confirmou, em conversa telefônica com o Sul21, que seu partido estará ao lado de Marco Maia na disputa pela presidência do parlamento. “É uma posição oficial. Conversamos com o deputado Marco Maia. Está tudo confirmado”, disse Manuela, garantindo que Aldo Rebelo teve papel decisivo na decisão. Segundo ela, o deputado paulista sugeriu aos companheiros de sigla que adotassem uma posição pró-Maia.
Depois de dias de mal disfarçada ansiedade, aguardando uma definição sobre uma eventual luta contra Aldo Rebelo (PCdoB-SP), o deputado federal Marco Maia (PT-RS) e seus apoiadores podem respirar — um pouco — mais aliviados. No começo da tarde de sexta-feira (14), o PCdoB confirmou oficialmente que irá apoiar o petista para assumir a presidência da Câmara Federal em 2011. O anúncio, feito inicialmente pela líder do partido, Vanessa Grazziotin (AM) em sua conta no Twitter, consolida a candidatura de Maia à presidência da Câmara, e enfraquece a possibilidade de outros deputados lutarem pelo posto. Os próprios comunistas juram que Aldo Rebelo, até então o mais forte antagonista de Marco Maia na disputa pela presidência da Casa, foi um dos principais responsáveis pela posição do PCdoB.
A deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) confirmou, em conversa telefônica com o Sul21, que seu partido estará ao lado de Marco Maia na disputa pela presidência do parlamento. “É uma posição oficial. Conversamos com o deputado Marco Maia. Está tudo confirmado”, disse Manuela, garantindo que Aldo Rebelo teve papel decisivo na decisão. Segundo ela, o deputado paulista sugeriu aos companheiros de sigla que adotassem uma posição pró-Maia.
A decisão pode representar o recuo definitivo de Rebelo, que deu uma série de declarações criticando o modo como a sucessão de Michel Temer (PMDB-SP) vinha sendo conduzida, dando a entender que o descontentamento poderia incentivar um “processo de consulta” sobre uma candidatura alternativa. “Se for para viabilizar uma candidatura, será para ganhar”, disse Aldo Rebelo no final de dezembro de 2010. Nos corredores de Brasília, dizia-se que o deputado comunista estaria aguardando o posicionamento de PDT e PSB para anunciar-se oficialmente como candidato. Como os dois partidos integram o chamado “bloquinho” do Congresso, ao lado do próprio PCdoB, o apoio deles a uma candidatura alternativa seria fundamental, já que o discurso de Aldo Rebelo sempre indicou que o nome para enfrentar Maia deveria sair da base governista.
Com a decisão do PCdoB, porém, a sinalização é forte de que Marco Maia deve ser mesmo o candidato único à Presidência. O PSB, que dá sinais cada vez maiores de insatisfação com o pouco espaço no governo Dilma, chegou a sinalizar com o nome do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), mas o anúncio do PCdoB dificulta a articulação nesse sentido. Como o PDT, mesmo não tendo definido a questão nas reuniões desta semana, deve apoiar Marco Maia, falta força dentro do bloco para opor-se ao nome petista. Além de Rebelo e Delgado, o outro nome ventilado como possível adversário do deputado do PT seria o goiano Sandro Mabel (PR).
PP e PMDB estão com Maia. PDT ainda vai decidir
Com a declaração de apoio, os comunistas juntam-se a PMDB e PP na lista de partidos que definiram, no decorrer da semana, seu apoio ao nome de Marco Maia. Os progressistas fecharam questão com Marco Maia na última quarta-feira (12), e a sigla deve indicar o nome de Eduardo da Fonte (PP-PE) para um dos cargos na Mesa Diretora. Outro nome já confirmado para a Mesa é de Eduardo Gomes (PSDB-TO). O PSDB é um dos partidos de oposição, junto com o DEM, que já declarou apoio a Marco Maia, posição reafirmada no começo da semana. O partido restante na base oposicionista, o PPS, ainda não fez anúncio oficial, mas também deve dar o aval ao nome indicado pelo PT.
Por sua vez, a bancada peemedebista encaminhou o acordo com o PT em reunião na terça (11). O encontro reuniu os ministros Antonio Palocci, da Casa Civil, e Luiz Sérgio, das Relações Institucionais, além do vice-presidente Michel Temer e o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). “O PMDB tem compromisso com Marco Maia assinado pelo Michel Temer. Não só vamos atuar na eleição, como inclusive vamos ajudar com aliados”, garantiu o parlamentar, logo após o encontro. Caso Maia assuma a presidência, deve permanecer no posto até 2013, de acordo com o revezamento entre as duas bancadas — a partir daí, e até o final da legislatura, a presidência fica com o PMDB.
O PDT ainda não fechou questão, mas tudo indica que os trabalhistas do Congresso também devem se alinhar com a frente favorável a Marco Maia. “A tendência da grande maioria é de apoio a Marco Maia”, admite o líder pedetista, Paulo Pereira da Silva (SP). Mas faz a ressalva: o jogo está “apenas começando”. O partido reuniu-se na quarta-feira (12) para definir sua posição quanto à candidatura de Maia, mas acabou saindo do encontro sem uma definição. Comenta-se que o PDT quer garantir presença na Mesa Diretora da Câmara — já que, pelas regras de proporcionalidade, a legenda não teria direito a nenhuma cadeira. Como o PT ocupará dois assentos, o pleito do PDT é que os petistas abram mão de um dos lugares em nome de um indicado trabalhista. Além disso, o PDT pleiteia prioridade na presidência da Comissão de Trabalho — que, em princípio, ficaria com o PTB.
“A candidatura (de Marco Maia) está indo muito bem”, assegura o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). O petista foi um dos que abriu mão da disputa interna pela indicação à presidência, deixando o caminho aberto para que Maia pudesse concorrer. Para Vaccarezza, as definições de apoio restantes, em especial a do PDT, devem ocorrer a partir do dia 20 deste mês. “Tivemos algumas boas reuniões com o PDT, e o resultado foi positivo. Agora, tudo fica na dependência dos partidos”, disse o deputado paulista.
Em Brasília, comenta-se que as movimentações de Aldo Rebelo em nome de uma possível segunda candidatura estariam sendo incentivadas por setores do próprio PT, em especial da bancada de São Paulo. Os paulistas estariam incomodados com a indicação de Marco Maia, já que pretendiam que um deputado de SP fosse escolhido. “Não há qualquer veracidade nessa insinuação. Isso não confere. Se há uma movimentação de paulistas contra o deputado Marco Maia é iniciativa de outros partidos. Certamente não tem a participação do PT”, disse Vaccarezza para o Sul21.
Enquanto isso, o candidato petista à presidência da Câmara segue uma agenda cheia em busca de apoio ao seu nome. O deputado gaúcho iniciou na quinta-feira (13) um roteiro pelo Sul do país, para participar de reuniões com líderes políticos do Paraná e de Santa Catarina. Entre outras atividades, Marco Maia reuniu-se com o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), almoçou com deputados federais paranaenses e agendou encontros também na capital catarinense, Florianópolis. “Queremos construir, dentro da Câmara, um processo com muito diálogo, que tenha na pluralidade uma das suas principais marcas”, garantiu o deputado gaúcho. “Queremos que todos os partidos, independente de opinião ou posição política, estejam representados na Mesa Diretora ou nos espaços de participação”.
No Rio Grande do Sul, está sendo planejado um jantar de apoio a Marco Maia, que deve contar com a presença do governador Tarso Genro (PT). Em princípio, o encontro está previsto para o dia 21, aproveitando a visita de Michel Temer (PMDB-SP), ex-presidente da Câmara e vice da presidenta Dilma Rousseff.
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