terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Maria do Rosário: “Direitos Humanos não estão sujeitos a negociação”


A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), recebeu nesta segunda-feira (3) o cargo do ministro Paulo Vannuchi, em cerimônia realizada na sede da SDH, em Brasília (DF).

O ministro Paulo Vannuchi agradeceu ao trabalho de toda a equipe, representada por seu secretário executivo, Rogério Sottili, e ao apoio que teve da família ao longo de sua gestão. Após cinco anos à frente da SDH, Vannuchi sublinhou os avanços conquistados na área dos Direitos Humanos desde o governo Fernando Henrique Cardoso e reforçou a confiança na ministra Maria do Rosário. “Quero agradecer à minha equipe e ressaltar a confiança na equipe que chega para superar o que foi feito até agora. Porque é assim na caminhada democrática”, disse Vannuchi.

Na presença de ministros, deputados e funcionários que lotaram o auditório do 8º andar da SDH, Maria do Rosário fez um discurso emocionado, de cerca de 40 minutos, em que registrou a importância do governo Lula e a eleição de Dilma Rousseff para a consolidação da democracia brasileira.

“O Brasil, que escolheu um projeto de desenvolvimento nacional e fortalecimento da democracia com Lula, decidiu continuar as mudanças que ele implementou e avançar ainda mais, agora com a primeira mulher no mais alto posto da República”, disse a ministra.

Maria do Rosário também pediu união para superar os desafios, reafirmou a importância da implementação da terceira edição do Programa Nacional de Direitos Humanos e falou detidamente sobre cada segmento sob responsabilidade da SDH, como Crianças e Adolescentes; Pessoas com Deficiência; Direitos dos Idosos e de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros; Direito à Memória e à Verdade; e Combate à Tortura.

“O mais importante é que estejamos unidos, governo, sociedade e movimentos sociais. Não vamos descansar enquanto não assegurarmos os Direitos Humanos para todos os brasileiros e brasileiras”, afirmou a ministra.

Citando o psicanalista Carl Jung, a ministra Maria do Rosário colocou-se ao lado das populações vulneráveis e prometeu não descansar na luta pela garantia dos direitos para esses grupos. “Jung dizia que a morte de cada pessoa o diminuía, pois ele estava englobado na humanidade. E, da mesma forma que uma pessoa passando fome em Luanda, Nova Déli, Nova Iorque ou Roma nos atinge, uma brasileira ou brasileiro que sofre também atinge a humanidade”, sublinhou a ministra. Segundo Maria do Rosário, “o desrespeito aos Direitos Humanos de um indivíduo ou grupo social é igualmente inadmissível, não importa de onde sejam o perpetrador ou a vítima, ou onde ocorra a violação. [Os Direitos Humanos] não estão sujeitos a negociação, pois são indissociáveis da própria humanidade”.

Participaram da cerimônia de transmissão de cargo os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Nelson Jobim (Defesa), Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência da República), Fernando Haddad (Educação), Luís Inácio Adams (AGU), Roberto Gurgel (PGR) e Luiza Bairros (Secretaria de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República); o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia, e dezenas de deputados federais e senadores.


Viomundo

2 comentários:

julio disse...

E agora, ministra Maria do Rosário?
Polícia Federal concluiu que não houve crime em boato sobre o fim do Bolsa Família. Muito estranha a conclusão de inquérito da Polícia Federal, pois a própria presidente Dilma Rousseff classificou a boataria como “ato criminoso”.
Na ocasião, em sua conta no Twitter, a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) afirmou que boatos sobre fim do Bolsa Família devem ter partido da central de notícias da oposição, configurando, lamentavelmente, uma calúnia e uma declaração irresponsável.
Se não houve crime, como atesta a Polícia Federal, a declaração da ministra foi criminosa, logo, ela deveria ser processada.
Assim, a conduta da deputada, em desvio de função parlamentar, feriu a ética e o decoro político ao fazer acusação sem prova contra a oposição, o que deveria ensejar a sua punição no Conselho de Ética da Câmara Federal.

julio disse...

E agora, ministra Maria do Rosário?
Polícia Federal concluiu que não houve crime em boato sobre o fim do Bolsa Família. Muito estranha a conclusão de inquérito da Polícia Federal, pois a própria presidente Dilma Rousseff classificou a boataria como “ato criminoso”.
Na ocasião, em sua conta no Twitter, a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) afirmou que boatos sobre fim do Bolsa Família devem ter partido da central de notícias da oposição, configurando, lamentavelmente, uma calúnia e uma declaração irresponsável.
Se não houve crime, como atesta a Polícia Federal, a declaração da ministra foi criminosa, logo, ela deveria ser processada.
Assim, a conduta da deputada, em desvio de função parlamentar, feriu a ética e o decoro político ao fazer acusação sem prova contra a oposição, o que deveria ensejar a sua punição no Conselho de Ética da Câmara Federal.