Governo da Venezuela leva caixão com presidente Hugo Chávez morto para as ruas de Caracas; dezenas de milhares de pessoas choram perda do líder; Cristina Kirchner, Evo Morales e José Mujica, da Argentina, Bolívia e Uruguai, chegam para sepultamento marcado para sexta-feira 8; presidente Dilma viaja amanhã; eleição presidencial será realizada dentro de um mês; vice Nicolás Maduro larga como favorito na condição de herdeiro do chavismo
CARACAS, 6 Mar (Reuters) - O caixão com o corpo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, foi levado do hospital militar às ruas de Caracas, nesta quarta-feira, e uma multidão se aglomerou no entorno para homenagear o líder socialista.
Soldados colocaram o caixão coberto com uma bandeira da Venezuela em um carro, de onde partiu para um cortejo fúnebre até a Academia Militar de Caracas, onde será velado.
"Chávez ao panteão!", gritavam seus partidários, referindo-se ao mausoléu que ele construiu para abrigar os restos do herói da independência Simón Bolívar.
Muitas pessoas choravam e aplaudiam, segurando fotos de Chávez, na despedida. Autoridades ainda não falaram onde Chávez será enterrado depois de seu funeral de Estado, na sexta-feira. Ele morreu na terça-feira, aos 58 anos, após uma batalha de quase dois anos contra o câncer.
Três presidentes estão em Caracas para o enterro de Chávez, Dilma viaja amanhã
Agência Brasil - Os presidentes Evo Morales (Bolívia), José Pepe Mujica (Uruguai) e Cristina Kirchner (Argentina) chegaram nesta quarta-feira (6) a Caracas, capital venezuelana, para o velório e enterro do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. A presidenta Dilma Rousseff e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, devem viajar amanhã (7) à tarde para a Venezuela. O enterro de Chávez está marcado para sexta-feira (8) às 10h.
Os presidentes Sebastián Piñera (Chile) e Rafael Correa (Equador) também devem viajar para Caracas para prestar as últimas homenagens a Chávez.
Sete países decretaram luto oficial pela morte do presidente da Venezuela. Além do Brasil, estão em luto a Argentina, Cuba, o Uruguai, o Equador, a Bolívia e o Irã. No caso do Brasil, o luto é de três dias a partir de hoje. Os governos da Nicarágua, da Colômbia, do México, da Irlanda, da Guatemala, de Portugal e da Espanha fizeram pronunciamentos oficiais.
Chávez morreu às 16h47 (horário de Caracas) de ontem, aos 58 anos, na capital Venezuela, vítima de complicações de um câncer na região pélvica. Em dezembro do ano passado, ele foi submetido à quarta cirurgia para a retirada de um tumor maligno. As últimas imagens de Chávez, divulgadas há duas semanas pelo governo, foram fotografias ao lado das duas filhas no hospital em Cuba, onde ele fazia um tratamento contra o câncer.
O anúncio da morte de Chávez foi feito pelo vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, na tarde de ontem. Chávez morreu às 16h47 (18h47 horário de Brasília), após apresentar dificuldades respiratórias e ser submetido a sessões de quimioterapia.
Maduro assume interinamente e Venezuela se prepara para eleições
O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assume o governo interinamente e em 30 dias serão realizadas eleições presidenciais. A decisão foi anunciada na madrugada desta quarta-feira (6) pelo ministro das Relações Exteriores, Elías Jaua. Maduro, segundo pesquisas de intenção de voto, aparece na liderança, seguido pelo governador de Miranda, Henrique Capriles, que foi derrotado nas eleições de outubro pelo presidente Hugo Chávez.
Não há detalhes sobre a data exata das eleições na Venezuela. Nos últimos meses, os aliados de Chávez e a oposição apresentaram interpretações divergentes sobre a Constituição, em caso da morte do presidente da República – que foi reeleito em outubro para o quarto mandato.
Capriles apelou ao governo para seguir a Constituição. "[Espero que o governo venha a] agir estritamente no âmbito do seu dever constitucional", disse ele. A oposição alega que a Constituição estabelece que o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, assuma o governo em caso da morte do presidente.
Em dezembro, antes de seguir para Cuba, para a quarta cirurgia destinada à retirada de um tumor maligno na região pélvica, Chávez recomendou à população que Maduro assumisse o governo se ele ficasse incapacitado. Na ocasião, a orientação de Chávez causou surpresa.
A Constituição determina que o presidente da Assembleia Nacional assuma o poder se o presidente morrer antes de tomar posse. Chávez não compareceu à posse agendada para 10 de janeiro, mas o Supremo Tribunal aprovou um adiamento e decidiu que não haveria interrupção entre governos.
O ministro das Relações Exteriores, Elias Jaua, anunciou que a Venezuela terá uma semana de luto. Por sete dias, estão suspensas as atividades escolares nas instituições públicas e privadas. O enterro de Chávez ocorrerá sexta-feira (8), a partir das 10h. A previsão é que o corpo seja enterrado na Academia Militar.
A presidenta Dilma Rousseff deverá comparecer ao enterro. Os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e do Uruguai, José Pepe Mujica, confirmaram que estarão presentes nas últimas homenagens ao líder venezuelano. Chávez morreu ontem (5) à tarde depois de lutar por cerca de 20 meses contra um câncer na região pélvica.
Salva de 21 tiros homenageou Chávez nas principais cidades da Venezuela
Uma salva de 21 tiros, nesta manhã, em Caracas e nas principais cidades da Venezuela, homenageou o presidente Hugo Chávez. A cerimônia foi conduzida pelas Forças Armadas.
Ontem, Dilma e outros presidentes latino-americanos e do Caribe lamentaram a morte. Vários líderes usaram as redes sociais, como o Twitter, para prestar homenagens. A presidenta Dilma Rousseff cancelou a viagem, marcada para amanhã (7), à Argentina, enquanto Cristina Kirchner (Argentina) suspendeu as atividades políticas.
Chávez morreu às 16h47 (horário de Caracas) em Caracas, aos 58 anos, vítima de complicações de um câncer na região pélvica. Em dezembro do ano passado, ele foi submetido à quarta cirurgia para a retirada de um tumor maligno. As últimas imagens do presidente - fotografias ao lado das duas filhas no hospital - foram divulgadas há duas semanas.
O anúncio da morte de Hugo Chávez foi feito pelo vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão.
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