segunda-feira, 25 de julho de 2011

Atentados na Noruega: crise neoliberal e revivescência neonazista

Repito o que disse ontem:Marina Silva, José Serra, Mônica Serra, Bolsonaro, Malafraia, Agrupino Maia, o ìndio queriam implantar um regime neonazista no Brasil.A direita neoliberal não presta, é assassina, corrupta.Ainda bem que o povo brasileiro vai ficar livre dessa direita maldita por mais de 100 anos.
 
"Estarrecedores os acontecimentos na Noruega na sexta feira (22/07), com o atentado no centro de Oslo e o assassinato de 93 jovens (o número pode aumentar, pois feridos ainda correm risco de vida) em um acampamento do partido trabalhista daquele país. Estarrecedores pela violência praticada, pelo número de mortos, pelos motivos e, ainda, pelo país onde os acontecimentos ocorreram.

Segundo declarações do suspeito, o norueguês Anders Behring Breivik, seus atos foram motivados pelo desejo de provocar uma “revolução” contra o multiculturalismo que, segundo ele, está “ameaçando o patrimônio da Europa”. Em entrevista à TV norueguesa (TV2) no sábado (23), seu advogado afirmou que o acusado entende que seus atos foram “atrozes, mas necessários”. Nos dizeres do chefe da polícia local, “ele (Breivik) admitiu a autoria tanto dos tiros quanto da bomba, apesar de não se declarar culpado de um crime”.
 
Neo-nazista, integrante do Partido Progressista (FrP), da direita populista e contrária aos imigrantes, até 2006, Breivik foi responsável pelo movimento juvenil daquele partido entre 2002 e 2004. Participante, desde 2009, de um site neonazista sueco chamado Nordisk, que conta com 22 mil membros na região, Breivik foi definido pela polícia como um “fundamentalista cristão” de direita hostil ao islamismo. Horas antes dos atentados, de acordo com a polícia da Noruega, o suspeito postou na internet um manifesto com 1.500 páginas com conteúdo anti-hislâmico.

Irônico, não fosse eminentemente trágico, o fato de uma violência de tamanha magnitude ter sido praticada pelos motivos alegados e no país em que o foi. Hoje detentor do terceiro maior PIB per capita do mundo e do mais elevado Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do planeta durante os anos de 2001 a 2006 (consecutivamente) e também em 2009 e 2010 a Noruega já foi um país extremamente pobre e com uma população miserável. Entre 1825 e 1925 mais de 800 mil noruegueses, o que equivalia a um terço da população do país, emigrou apenas para os EUA, em busca de melhores condições de vida.

Hoje a situação se inverteu. Desde a metade do século passado, com o crescimento da indústria do petróleo no país, a Noruega tornou-se um dos países mais ricos do mundo e desenvolveu políticas de bem estar social que beneficiam todos os seus moradores. Com uma população de cerca de 4,9 milhões de pessoas, o país é alvo de imigração acentuada. Nos últimos anos, mais da metade do crescimento populacional norueguês deveu-se ao ingresso de imigrantes. Os paquistaneses são o maior grupo minoritário na Noruega e a maioria de seus membros reside nas imediações de Oslo, a capital.
 
Recentemente, no entanto, o agravamento das condições econômicas na Europa tem feito ressurgirem os piores sentimentos nacionalistas e anti-migratórios em diversos países. Os partidos de direita, muitos deles xenófobos mesmo quando legais, têm alimentado os sentimentos de repulsa aos estrangeiros e de medo dos recém-chegados, além de acentuado os ataques contra os islâmicos.
Ao que tudo indica, a xenofobia e a violência a ela associada chegou à Noruega, país onde uma réles assassinato era, até meados da semana passada, capaz de comover a população e merecer destaque nos jornais. Tal como vem ocorrendo na maioria dos países europeus, a falta de um debate aberto e profundo sobre as reais causas da crise econômica tem alimentado os argumentos da extrema-direita e feito com que a população identifique nos imigrantes a origem das dificuldades econômicas recentes e da ameaça ao seu bem-estar.
 
O documento postado na internet pelo norueguês Anders Behring Breivik momentos antes dos trágicos atentados é revelador. Ele afirma que o ataque vinha sendo preparado desde o outono (no hemisfério norte) de 2009, inclui um manual sobre como montar bombas e um discurso contra o Islã e o marxismo. Além de fotos do autor vestido com diferentes trajes, segurando arma e detalhando os preparativos a ação, o documento defende “o uso do terrorismo como um meio de despertar as massas” e afirma que seu autor será lembrado como “o maior monstro nazista desde a II Guerra Mundial”.
 
Será esta a saída que a crise financeira neoliberal reserva ao mundo? Uma nova onda de violência e guerras, agora realmente globalizadas? A ausência de controle sobre os mercados especulativos e a incapacidade de superar a imensa crise por eles gerada levará o mundo a reviver no início do século XXI a era de guerras e violências que caracterizou a crise econômica do início do século XX? Os prenúncios são estarrecedores.
 
Sem que os países se unam, por meio de suas lideranças e dos organismos de governança internacional (como a ONU e o G20), e tracem os rumos e os meios para restabelecer o controle sobre os capitais e a especulação financeira mundial a crise não será debelada tão cedo e os seus efeitos se aprofundarão, espalhando o medo e a violência por todo o mundo. O que acaba de ocorrer agora na Noruega não é muito diferente do que ocorre frequentemente no Paquistão e em muitos países muçulmanos ou, ainda, do que ocorreu nos EUA no 11 de setembro de 2001.Editorial do Sul21

4 comentários:

Miguel Graziottin disse...

Para contribuir no debate!

http://miguelgrazziotinonline.blogspot.com/2011/07/atentado-na-noruega-e-israel-apenas.html

O TERROR DO NORDESTE disse...

Miguel, é isso aí.Seu blog já está entre os meus favoritos.Abraços.

Zé disse...

O Demônio é louro de olhos azuis.
Quem diria, né?

henrique de oliveira disse...

Que tapa na cara do PIG mundial foi esse atentado , o cara é loiro de olhos azuis , cristão , direitista.
Sera que ele conhece Ali kamel , Serra e Aécio?