quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Tucanos admitem avanços de Lula


Tucanos admitem avanços de Lula, e Dilma cobra política sem disputas
                   
São Paulo – Foi marcada por grande cordialidade a cerimônia de lançamento do programa Brasil sem Miséria, realizada nesta quinta-feira (18) em São Paulo. Políticos de partidos que há nove meses se engalfinhavam na disputa pelo Palácio do Planalto ou pelos governos estaduais adotaram uma postura de elogios e afagos.


Tanto a presidenta Dilma Rousseff quanto os governadores de Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo exaltaram a necessidade de se adotar um espírito republicano, livre de diferenças ideológicas, no combate à pobreza extrema. “Provemos que a melhor forma de administrar é buscar o bem de todos os brasileiros. É buscar a construção de um projeto nacional acima dos interesses partidários e que articule as dimensões sociais”, ressaltou a presidenta.


O discurso é feito em mais uma semana marcada por tentativas de integrantes da base aliada no Congresso de criar intimidações ao Palácio do Planalto em troca de emendas parlamentares e distribuição de cargos, além de pressionar pelo fim das investigações de irregularidades em ministérios e autarquias.


A este tema, Dilma fez apenas menção indireta: “É o Brasil inteiro fazendo um pacto pela verdadeira faxina que esse país tem que fazer: a faxina da miséria”. Ela considera que a união das forças pode ser importante para cumprir rapidamente a meta de eliminar a pobreza extrema no país – hoje, 16 milhões de pessoas vivem com menos de R$ 70 ao mês, e são o alvo do Brasil sem Miséria.


Durante o encontro, foram assinados vários pactos entre os governos federal, estadual e municipal para promover o engajamento no programa que Dilma escolheu como prioridade de sua gestão. Uma das principais medidas diz respeito ao complemento de renda que será dado pelos governos do Sudeste ao Bolsa Família.


Além disso, ocorrerá a unificação das assistências sociais da União com os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, locais nos quais os beneficiários utilizarão um único cartão. “Este grande pacto significa muito mais que aumentar a cobertura do Bolsa Família. Esse pacto ajuda a construir um novo Brasil, onde todos trabalham em favor de todos, onde todos trabalham em favor do país e da nossa nação, que é o que mais importa”, disse a presidenta.


Para Alckmin, a cerimônia desta quinta simbolizou um avanço para o país. “O momento em que a política, tantas vezes aviltada, cumpre sua função primordial, a de zelar pelo bem-estar das pessoas, abrir portas, criar oportunidades para que cada um se supere e encontre seu caminho.”


No caso de Dilma e do paulista Geraldo Alckmin, não se trata exatamente de uma novidade. Durante evento na última semana, os dois demonstraram boa relação e a presidenta chegou a rir de uma brincadeira feita pelo governador, fato que não se via em outros tempos.


Antonio Anastasia, mineiro, também assumiu o Executivo com um discurso de aproximação do Palácio do Planalto, e encontrou-se algumas vezes com Dilma no início do mandato. Alinhado a Aécio Neves, Anastasia era visto como um dos políticos que apostariam em uma "oposição soft" ao governo federal por considerar que o enfrentamento direto tem rendido más colheitas para a classe política – bom exemplo é o destino de boa parte dos senadores de oposição a Lula, que não se reelegeram em 2010.


Durante o evento do Brasil sem Miséria, não foi diferente. Mesmo com a presença de Fernando Henrique Cardoso, o governador de Minas deixou no ar a importância do legado de Lula. “Sabemos que a estabilidade econômica por si só não é suficiente para termos a plena inclusão social”, afirmou, discursando logo em seguida ao governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, que havia mencionado a estabilidade trazida pelo Plano Real, atribuído por alguns a FHC.


Casagrande, que já era aliado de Lula, fez questão de pontuar um pouco mais tarde, em conversa com a Rede Brasil Atual, que a relação dele com o Planalto não mudou, e o momento é diferente. “Lula intensificou os programas sociais (federais). E agora é hora de descer para os estados e municípios.” Segundo o capixaba, até mesmo o clima no almoço oferecido por Alckmin à presidenta e aos governadores foi tranquilo. “Falamos de amenidades”, assegurou.


O governador do Rio, Sérgio Cabral, também apoiador do governo federal desde o mandato anterior, lembrou Lula em seu discurso, e foi mais discreto na exaltação do espírito republicano. “Ao contrário de sobreposição, precisamos somar nossas forças para esse objetivo, que nos une e nos anima”, ponderou Cabral.

Período de disputas


Alckmin convidou para o evento o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que se sentou à mesa de cerimônias ao lado de Dilma. Durante boa parte do encontro, os dois trocaram conversas breves e demonstraram respeito mútuo, o que também já havia sido explicitado em outras oportunidades, não de todo livres de repercussões negativas dentro dos respectivos partidos.


O governador paulista afagou novamente a presidenta ao comentar o acerto em promover o resgate e a manutenção das boas experiências. Tentando demonstrar que os tempos são mesmo diferentes, o tucano chegou até mesmo a elogiar o Bolsa Família, outrora alvo de ataques de PSDB e DEM, que classificavam o principal programa social do governo Lula como “esmola” e “bolsa para vagabundo”. O DEM chegou a contestar no Supremo Tribunal Federal a existência da contribuição mensal às famílias pobres.


7 comentários:

reginaldo disse...

Na minha opniao a Dilma aproximar se demais dessa corja vai atrapalhar.

H.Pires disse...

Pois é. O Mundo girando e a direita "rodando".

Anônimo disse...

É bom que a oposição no Brasil acorde para essas estatísticas do IBGE e do IPEA, já que ambos órgãos públicos estão completamente aparelhados pelo PT. Tanto é que se pode constatar que todos os relatórios divulgados por esses dois órgãos apresentam, invariavelmente, apenas dados positivos a respeito do desempenho brasileiro em todos os sentidos desde que o PT chegou ao poder. Algo assim, como "nunca antes neste país", embora todos saibam que a administração pública federal sob o comando do PT é um desastre. Quem precisa dos serviços de saúde, só para citar um apenas, sabem quanto dói uma saudade dos tempos sem PT.
A manipulação de dados estatísticos que sempre foi utilizada à farta por todos os países comunistas para tentar provar ao mundo a eficácia do sistema. Que o digam os povos da ex-URSS e Alemanha Oriental, porque chineses e coreanos do Norte se abrirem a boca serão eliminados pelas respectivas ditaduras, da mesma forma os cubanos que não fazem parte da quadrilha de Fidel Castro.

Anônimo disse...

Isso é um grande perigo: esse apoio repentino do tucanato à presidenta, com Geraldo Picolé de Chuchu Alckmin aderindo ao "minha casa, minha vida" e o "corno manso", FHC, pregando adesão a Dilma no combate à corrupção. Alguma coisa eles estão preparando: ou se livrar de uma vez do Serra, ou dar um bote à surdina nas próximas eleções presidenciais. CUIDADO!

Anônimo disse...

SÃO TODOS UNS KARAS DE PAU.
AGORA TÁ LEGAU- JUNTOU TODA A IMUNDÍCE- NOJENTUS!

VERA disse...

Quem vê o troll tunganotário citar como "mau" exemplo a SAÚDE, nos governos petistas, pensa que a gente já se esqueceu de que mesmo com a dinheirama da CPMF (que os PSDBostas criaram), a saúde do tempo deles era uma MERDA!!!

Sem contar os MILHÕES de MISERÁVEIS que eles levaram para abaixo da linha da pobreza!!!

Zé disse...

ANÔNIMO vai latir no blog do reizinho, aquele vendido.

Aqui não tem pra você. Só quem pode criticar Dilma somos nós que a elegemos e não você seu tucano sujo.

Eu critico certas atitudes de Dilma, mas isso não quer dizer que tolero tucanóide fascista.

Perto da tucanalha Dilma é DEUSA.