sábado, 15 de junho de 2013

PiG sente gostinho de 64


Foto: Veronica-Manevy
Foto: Veronica-Manevy
Os índices de desemprego que vêm caindo nos últimos anos, muito contribuíram para o aumento do número de usuários do transporte público. Principalmente nos centros urbanos, nos horários de pico. Mas em São Paulo, as frotas de ônibus não acompanham essa demanda há mais de quatro mandatos estaduais. Do metrô nem se fala. É simplesmente catastrófico. É nele que acontecem as falhas mais graves, que há muito são uma tragédia ambulante anunciada envolvendo milhares de usuários.
O último alívio concedido ao herói usuário do transporte público paulistano foi o Bilhete Único. Esqueçam o “imagine na Copa” e imaginem o que seria SEM este cartão?
A indústria automobilística alavanca uma enorme cadeia de produção, e o próprio PIB brasileiro. Ninguém quer ficar de pé numa lata por horas no caminho para casa/trabalho. Congestionamento por congestionamento, todos preferem ficar sentados dentro de sua cabine particular de quatro rodas.
Só que os espaços reservados para esses motoristas e suas cabines não crescem na mesma proporção em que cresce o número deles em circulação. É uma questão física. Qualquer pessoa razoável entende que é VITAL investir pesado em transporte coletivo nos grandes centros urbanos, em todo o planeta. Mas em Sampa, durante décadas de PSDB na veia, sempre privilegiaram o individualismo nos transportes. Investem zilhões em reformas de ruas, avenidas e rodovias como o rodoanel… Tudo contempla o automóvel, quase nada para metrô e ônibus.
Serra e Alckmin se alternam mas nada muda. Não sabem o que fazer com o povão. Não é da natureza dos tucanos olhar para a população como um todo. São elitistas desde o próprio DNA. Mantém uma polícia troglodita, descendente da polícia da ditadura, que grita por eles quando é preciso. Enfrentam o que lhes foge de controle ou o que lhes parece incompreensível, na base da porrada. Satisfazem assim, aquele eleitor mais careta, conservador, que não usa ou necessita de serviços públicos e que considera o povão intruso em sua cidade.
Recente pesquisa dá a vitória a Alckmin nas próximas eleições para governador. Pior: assim como em 2010, seria eleito em primeiro turno. Isso demonstra que suas atitudes fascistas, são aprovadas por aqui. Então, Alckmin, assim como Serra cagou, caga montes. Manda suas tropas ao ataque cada vez que alguém levanta a voz. Em São Paulo, é proibido reinvindicar coletivamente qualquer coisa. Vivemos num estado policial, governado por fantoches de uma elite endinheirada, encastelada em um universo estático.
O eleitor do interior do estado – que elege os mesmos tucanos há décadas – não dá a mínima para os paulistanos que sofrem no transporte público. Não dá a mínima para os professores da rede pública ou para vítimas de barbáries com as de Pinheirinho. Gosta de ver polícia batendo em “bandido”. É reality show de ação.
Essa foi a primeira vez que vi jornalista do PiG apanhar pra valer enquanto “trabalhava”. Além de mentir e distorcer os fatos para agradar o patrão, tá no contrato de trabalho do cara apanhar da PM? Afinal, os chefes dos jornais não são amigos dos chefes da polícia?
Oposição e seus jornalões estão se lixando para o MPL (Movimento Passe Livre). Estão, salivando, sentindo um gostinho de 64… Querem mais que o circo pegue fogo. Assim ganham matéria prima para distorcer, desfigurar o movimento e redirecionar a tensão para o inimigo principal: o Governo Federal.
Os protestos atuais contra o aumento das tarifas abrem espaço para individuos que se infiltram na massa e forjam atos de vandalismo e violência. Acabam por justificar (para a elite) a necessidade de reprimir com a “mesma violência” a todos, indiscriminadamente. O que assistimos hoje, é um esboço do que a direita e seu exército de mercenários podem estar planejando fazer em 2014. A Copa das Confederações, que começa hoje, é uma espécie de ensaio final para a Copa do Mundo. Mas não são apenas as seleções que ensaiam…
José Serra – que É o candidato da oposição para 2014 e que manda prender e soltar na Folha e nas TVs, será preservado de tudo o que acontecer. Então, pode apostar: durante os próximos 6 meses não ouviremos uma única vez seu nome no noticiário. Virá em abril de 2014 como o “pastor que trará paz ao rebanho”. Talvez traga no bolso aqueles 44 milhões de votos…

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