sexta-feira, 17 de abril de 2009

DILMA ANUNCIA APOIO A ESTADOS SANGUESSUGAS

17/04/2009

Em Minas, Dilma anuncia apoio aos Estados e prega redução de juros



A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), afirmou nesta sexta-feira (17), em Belo Horizonte (MG), que o governo federal vai prestar ajuda financeira aos Estados que tiveram perdas com a diminuição dos repasses do FPE (Fundo de Participação dos Estados). Recentemente, o governo já anunciou medidas para compensar as perdas dos municípios. Os recursos a serem liberados deverão ser utilizados apenas para investimentos.


A ministra também disse acreditar que há espaço para a queda da taxa básica de juros (Selic). "É impossível, em um quadro de deflação internacional, a redução da taxa de juros levar a um quadro de pressão inflacionária. Então, há um grande espaço para a redução da taxa de juros hoje", afirmou.

"O ministro Guido Mantega [Fazenda] deverá anunciar os detalhes dessa ajuda, mas adianto que o dinheiro será usado a título de financiamento do investimento, não para o custeio", disse a ministra, durante encontro com empresários de Minas na Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais).

Ela também afirmou que o governo federal estuda antecipar os repasses do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) a que os Estados têm direito, mas, segundo ela, com compensação futura dos valores.

"Quando a crise nos atingiu, em setembro, nós estávamos com o emprego, a renda, o PIB (Produto Interno Bruto) a pleno vapor. Estávamos com taxas elevadas de crescimento, nós não estávamos com nenhuma doença", disse Dilma. Em sua avaliação, esses fatores irão permitir uma recuperação mais rápida da economia nacional.

De acordo com Dilma, outro ponto positivo na atual conjuntura é o sistema bancário brasileiro, com bancos públicos sólidos. Isso permite ao governo fomentar o crédito pelas instituições financeiras oficiais.

Em relação aos cortes de vagas, apesar de admitir que dispensas foram inevitáveis, a ministra atribuiu as demissões ao que classificou de "excesso de medo" dos empregadores.

"Houve um quadro pintado com cores bastantes mais negras do que era a realidade, o que levou muitos agentes a fazer isso. O caso mais emblemático foi o da indústria automobilística", afirmou.

Estavam presentes os ministros Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Hélio Costa (Comunicações) e Luiz Dulci (Secretaria-geral da Presidência da República)(Uol).

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