08/04/2009
Polícia Federal realiza buscas no banco Opportunity no Rio
Folha Online
A Polícia Federal realiza nesta quarta-feira novas buscas para apreensão de documentos na sede do banco Opportunity no Rio. O sócio-fundador do banco, Daniel Dantas, é um dos investigados na Operação Satiagraha, que apura supostos crimes financeiros.
Inicialmente, havia a informação de que as buscas também seriam feitas no prédio do Opportunity de São Paulo. A PF informou depois que as apreensões estavam restritas ao Rio, onde o trabalho de busca contou com a participação de agentes de São Paulo.
O objetivo da operação é apreender os livros fiscais de registro obrigatórios das empresas financeiras e não-financeiras ligadas ao Opportunity.
Segundo a PF, a apreensão dos livros é necessária porque há indícios de que as transferências de recursos entre as empresas do grupo, por meio de contratos de mútuo e Afacs (Adiantamento de Futuro Aumento de Capital), poderiam estar relacionadas a "práticas delituosas".
A PF informa que solicitou os livros ao Opportunity, que se negou a apresentá-los "sob a alegação de que a PF já os possuía em meio eletrônico". "Na verdade, a Polícia Federal havia obtido apenas parte das informações solicitadas, e a resistência por parte dos dirigentes das empresas motivou a realização das buscas", diz a PF por meio de nota.
O Ministério Público Federal em São Paulo explicou que a lei de crimes financeiros proíbe a prática de empréstimo entre pessoas físicas e jurídicas do mesmo grupo financeiro.
O procurador da República Rodrigo de Grandis, que atua na Operação Satiagraha, emitiu parecer favorável ao pedido da PF e o juiz De Sanctis autorizou as buscas.
Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo.
A investigação da PF, deflagrada em julho do ano passado, apura supostos crimes financeiros. Além de Dantas, a operação resultou na prisão do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e do megainvestidor Naji Nahas. Todos foram soltos depois.
Após as prisões, o delegado Protógenes Queiroz, que comandava as investigações, foi afastado do comando da operação, que passou a ser conduzida pelo delegado Ricardo Saadi.
Investigações
Segundo a PF, as investigações da Satiagraha começaram com o desdobramento das apurações feitas a partir de documentos relacionados com o caso mensalão. A partir de documentos enviados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para a Procuradoria da República no Estado de São Paulo, foi aberto um processo na 6ª Vara Criminal Federal.
Na apuração foram identificadas pessoas e empresas supostamente beneficiadas no esquema montado pelo empresário Marcos Valério para intermediar e desviar recursos públicos. Com base nas informações e em documentos colhidos em outras investigações da Polícia Federal, os policiais apuraram a existência de uma organização criminosa, supostamente comandada por Daniel Dantas, envolvida com a prática de diversos crimes.
Para a prática dos delitos, o grupo teria possuído empresas de fachada. As investigações ainda descobriram que havia uma segunda organização, formada por empresários e doleiros que supostamente atuavam no mercado financeiro para lavagem de dinheiro. O segundo grupo seria comandado por Nahas.
Além de fraudes no mercado de capitais, baseadas principalmente no recebimento de informações privilegiadas, a organização teria atuado no mercado paralelo de moedas estrangeiras. Há indícios inclusive do recebimento de informações privilegiadas sobre a taxa de juros do Federal Reserve (Fed, o BC americano).
Polícia Federal realiza buscas no banco Opportunity no Rio
Folha Online
A Polícia Federal realiza nesta quarta-feira novas buscas para apreensão de documentos na sede do banco Opportunity no Rio. O sócio-fundador do banco, Daniel Dantas, é um dos investigados na Operação Satiagraha, que apura supostos crimes financeiros.
Inicialmente, havia a informação de que as buscas também seriam feitas no prédio do Opportunity de São Paulo. A PF informou depois que as apreensões estavam restritas ao Rio, onde o trabalho de busca contou com a participação de agentes de São Paulo.
O objetivo da operação é apreender os livros fiscais de registro obrigatórios das empresas financeiras e não-financeiras ligadas ao Opportunity.
Segundo a PF, a apreensão dos livros é necessária porque há indícios de que as transferências de recursos entre as empresas do grupo, por meio de contratos de mútuo e Afacs (Adiantamento de Futuro Aumento de Capital), poderiam estar relacionadas a "práticas delituosas".
A PF informa que solicitou os livros ao Opportunity, que se negou a apresentá-los "sob a alegação de que a PF já os possuía em meio eletrônico". "Na verdade, a Polícia Federal havia obtido apenas parte das informações solicitadas, e a resistência por parte dos dirigentes das empresas motivou a realização das buscas", diz a PF por meio de nota.
O Ministério Público Federal em São Paulo explicou que a lei de crimes financeiros proíbe a prática de empréstimo entre pessoas físicas e jurídicas do mesmo grupo financeiro.
O procurador da República Rodrigo de Grandis, que atua na Operação Satiagraha, emitiu parecer favorável ao pedido da PF e o juiz De Sanctis autorizou as buscas.
Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo.
A investigação da PF, deflagrada em julho do ano passado, apura supostos crimes financeiros. Além de Dantas, a operação resultou na prisão do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e do megainvestidor Naji Nahas. Todos foram soltos depois.
Após as prisões, o delegado Protógenes Queiroz, que comandava as investigações, foi afastado do comando da operação, que passou a ser conduzida pelo delegado Ricardo Saadi.
Investigações
Segundo a PF, as investigações da Satiagraha começaram com o desdobramento das apurações feitas a partir de documentos relacionados com o caso mensalão. A partir de documentos enviados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para a Procuradoria da República no Estado de São Paulo, foi aberto um processo na 6ª Vara Criminal Federal.
Na apuração foram identificadas pessoas e empresas supostamente beneficiadas no esquema montado pelo empresário Marcos Valério para intermediar e desviar recursos públicos. Com base nas informações e em documentos colhidos em outras investigações da Polícia Federal, os policiais apuraram a existência de uma organização criminosa, supostamente comandada por Daniel Dantas, envolvida com a prática de diversos crimes.
Para a prática dos delitos, o grupo teria possuído empresas de fachada. As investigações ainda descobriram que havia uma segunda organização, formada por empresários e doleiros que supostamente atuavam no mercado financeiro para lavagem de dinheiro. O segundo grupo seria comandado por Nahas.
Além de fraudes no mercado de capitais, baseadas principalmente no recebimento de informações privilegiadas, a organização teria atuado no mercado paralelo de moedas estrangeiras. Há indícios inclusive do recebimento de informações privilegiadas sobre a taxa de juros do Federal Reserve (Fed, o BC americano).
Nenhum comentário:
Postar um comentário