segunda-feira, 13 de abril de 2009

Presidente Lula quer fortalecer mercado interno com apoio à indústria

13/4/2009


Por Redação, CB - de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na segunda-feira que o governo precisa facilitar a venda de automóveis no Brasil para combater os efeitos da crise financeira global. Para ele, os incentivos do governo à indústria automotiva, à construção civil e ao setor de infraestrutura fortalecerão o mercado interno, compensando assim a queda da demanda externa por produtos brasileiros.

O mercado financeiro, segundo a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central, estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do país sofrerá uma retração de 0,3% em 2009.

– O que nós queremos é fortalecer o nosso mercado interno, porque aqui no Brasil, diferentemente dos Estados Unidos ou diferentemente da Europa, a maioria do povo não tem carro. Portanto, nós precisamos facilitar a venda de carros porque tem muita gente precisando de carro – disse Lula em seu programa semanal de rádio, Café com o Presidente.

Ao comentar a decisão de prorrogar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de automóveis zero quilômetro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo adotou “as medidas necessárias” e que tomará outras para amenizar os reflexos da crise na economia brasileira, caso seja necessário.

– Fizemos a redução do IPI porque sabíamos da importância da cadeia produtiva automobilística. Eles representam aproximadamente 24% ou 25% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial brasileiro – disse.

Lula lembrou que as estratégias do governo na tentativa de reaquecer o setor incluem ainda estimular pequenos bancos para que voltem a oferecer crédito – o que ajuda o capital de giro de pequenas e médias empresas:

– Aos poucos, estamos tomando conta da situação econômica e fazendo com que o Brasil dê as respostas que os brasileiros esperam.

Maturação

Sobre o início do cadastramento de interessados no programa Minha Casa, Minha Vida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o pacote precisa de um “tempo de maturação” para que a população possa perceber os primeiros resultados. A partir desta segunda-feira, o governo federal começa a registrar pessoas que querem comprar casas e também projetos de empresas para a construção das moradias.

– É um desafio para o governo, para as prefeituras, para os Estados, para os empresários – afirmou, ao se referir à promessa de construção de 1 milhão de casas.

Para Lula, o pacote habitacional vai permitir “aperfeiçoamento” e “amadurecimento” ao país. Ele destacou que o objetivo do plano é abrir caminho para “respostas” ao déficit habitacional brasileiro e para os níveis de desemprego, sobretudo em tempos de crise financeira internacional. O programa destina-se ao público com faixa de renda entre três e dez salários mínimos. Estima-se que, nessa faixa de renda, exista um público-alvo de 4 milhões de pessoas, na base de clientes do Banco do Brasil, um dos financiadores do projeto.

– As exportações têm diminuído em todos os países. Todo mundo vai comprar apenas o necessário e isso cria problema em vários setores – afirmou o presidente. Ele lembrou que a estratégia do governo brasileiro é fortalecer o mercado interno, com destaque para investimentos no setor automobilístico e de infra-estrutura e para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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