sábado, 18 de abril de 2009

PROPOSTA INDECENTE

O governo José Serra, que tanto já gasta em publicidade no estado de São Paulo, agora quer fazer propaganda no Brasil inteiro, aliás, como já fez, recentemente, por meio da SABESP, onde somente a rede Globo levou a bagatela de R$ 7 milhões de reais, isso com a complacência do Ministério Público e o TRE de São Paulo que nada fizeram para acabar com a pouca-vergonha patrocinada por José Serra.

Uma matéria desta nem sequer era para ser discutida, isso é propaganda eleitoral fora de época explícita.Já imaginou se todos os prováveis candidatos a presidente espalhassem propaganda mundo afora? Na verdade, José Serra não quer incrementar o turismo de São Paulo, ele quer mais é massificar seu nome junto ao eleitorado do Brasil inteiro.

Mas é isso mesmo, vindo de tucanos temos que esperar tudo. Essa gente só sabe mesmo é roubar.



PSDB busca aval a publicidade da gestão Serra fora de SP


Emenda de deputada tucana altera regras e permite ampliar propaganda estadual para todo o País

Estadão


Uma proposta de emenda à Constituição estadual que altera as regras para gastos do governo com publicidade voltou a ser discutida esta semana na Assembleia Legislativa paulista, mais de um ano depois de ter ido parar na gaveta. O projeto, apresentado inicialmente em 2008 pela deputada Célia Leão (PSDB), poderá dar ao governador de São Paulo, José Serra (PSDB), o direito de realizar propaganda do Estado em todo o País, a título de promoção das atrações turísticas paulistas.

O assunto, levantado na quarta-feira pela deputada em reunião do colégio de líderes da Assembleia, despertou reações na bancada petista antes mesmo de entrar na pauta de votação. Apesar de afirmarem ser favoráveis à propaganda em outros Estados para atrair turistas, deputados do PT dizem ver viés eleitoral na iniciativa da parlamentar, a um ano e meio das eleições de 2010.

Atualmente, a Constituição do Estado veda qualquer tipo de propaganda do governo fora do território paulista - a única exceção se aplica a "empresas que enfrentam concorrência de mercado". Enquadram-se nesse caso a Sabesp e, até então, a Nossa Caixa, vendida no ano passado ao Banco do Brasil. Ao propor a alteração do artigo 115 da Carta paulista, Célia Leão pretende incluir na lista de exceções a "divulgação destinada a promover o turismo estadual".

A deputada, que integra a Frente Parlamentar de Turismo, debateu a ideia com o secretário de Esporte, Lazer e Turismo do Estado, Claury Santos Alves da Silva. "Há hoje um desequilíbrio. Todos os Estados vêm aqui divulgar (suas atrações), e nós não podemos fazer o mesmo", declarou o secretário. "Lamento que alguém possa pensar que minha proposta seja eleitoreira. Eu quero promover o Estado. Nem sei quem vai ser candidato. Se ganhar o PT, também será bom para eles", disse Célia Leão. A deputada argumenta que é preciso estimular o turismo em São Paulo. "Não temos a Torre Eiffel (de Paris), mas temos o Terraço Itália."

Deputados da base governista alegam que a proposta fomentaria a permanência, nos fins de semana, dos turistas que vêm a São Paulo a negócios. Além disso, abriria espaço para a divulgação da Nota Fiscal Paulista, a fim de informar viajantes que eles também podem receber os créditos de ICMS ao realizar compras no Estado. "Não é uma proposta do governo. Mas ela atende a iniciativas do governo porque atende o Estado como um todo. Há uma concorrência desleal com outros Estados", disse Samuel Moreira, líder do PSDB na Assembleia. Neste ano, o orçamento com publicidade concentrado na Secretaria de Comunicação paulista é de R$ 227 milhões, cerca de 43% maior que em 2008.

Do lado do PT, a explicação não convenceu. "Considerando que estamos a cerca de um ano e meio da eleição presidencial, essa atitude da deputada Célia Leão me parece, no mínimo, suspeita", afirma o deputado Roberto Felício (PT), ex-líder da bancada. Ainda assim, ele diz que é favorável a que o governo possa veicular anúncios de promoção turística em outros Estados. Ele cita como exemplo o fato de o governador da Bahia, Jaques Wagner, do PT, se beneficiar de uma regra semelhante.

"Em princípio, não seria contra a mudança. Mas não me parece nada adequado dar espaço para esse gasto num momento como esse", emendou o deputado Simão Pedro, também ex-líder petista. O líder do PT na Assembleia, Rui Falcão, se queixa da falta de transparência dos gastos com publicidade e acusa o avanço de despesas na área. "Apesar das sucessivas solicitações, não conseguimos acesso a informações completas."

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