01/04/2009
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira em Paris, após um encontro com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, que os países ricos "devem assumir a responsabilidade de normalizar as suas instituições financeiras".
"Até quando vamos colocar dinheiro para salvar os chamados créditos podres? Não é possível continuar colocando dinheiro nos bancos e esse dinheiro nunca voltar para o investimento e o crédito", disse Lula.
Tanto Lula quanto Sarkozy participam na quinta-feira em Londres da reunião de cúpula do G20, que tentará buscar soluções para a crise econômica global.
O presidente brasileiro disse estar otimista em relação às negociações entre os chefes de Estado e de Governo em Londres na quinta para discutir a crise mundial.
"As medidas não serão fáceis se não tivermos coragem de compreender que as decisões tomadas amanhã serão políticas", afirmou Lula.
"Todo mundo já sabe o que deve ser feito, não há mais segredo. É preciso restabelecer o crédito no mundo e dar novamente confiança aos consumidores", disse o presidente brasileiro.
Lula chegou a Paris na madrugada desta quarta-feira vindo do Catar, onde participou na terça-feira da reunião de cúpula da Liga Árabe com países da América do Sul.
Ele se reuniu com Sarkozy por pouco mais de uma hora no palácio do Eliseu, em Paris, para "afiar a orquestra antes da reunião de Londres", segundo ele.
Lula afirmou que caberá aos participantes da cúpula de Londres corrigir o sistema econômico mundial para que os países mais pobres não sofram as consequências de crises como a atual.
O presidente brasileiro disse que a reunião da quinta-feira será "um encontro entre amigos", mas reconheceu que "será uma reunião difícil porque nem todos os nossos amigos pensam da mesma maneira".
O presidente francês, por sua vez, afirmou querer que a reunião em Londres consiga alcançar resultados concretos e não sirva apenas para marcar a data para um novo encontro.
Sarkozy voltou a criticar o rascunho da declaração final para a cúpula de Londres e sugeriu novamente que seu país pode se retirar da cúpula se não houver uma concordância dos líderes participantes sobre uma regulamentação dos mercados.
Ele afirmou ainda que há uma concordância "total e completa" entre a França e o Brasil sobre a necessidade de uma maior regulamentação financeira.
"Nossa parceria estratégica não é somente econômica, é também política e diplomática. O presidente Lula e eu queremos que o mundo mude, queremos avançar, e queremos que haja um mínimo de regulamentação, considerando o desastre representado pela desregulamentação", afirmou.
Mas Lula não repetiu as ameaças de Sarkozy de deixar a cúpula, e afirmou: "Eu e o presidente Sarkozy não queremos ter a responsabilidade do fracasso da reunião".
Após o encontro, Lula seguiu para Londres no Eurostar, o trem que liga os dois países sob o Canal da Mancha. Ele ficará na capital britânica até a sexta-feira de manhã, quando volta a Brasília.
"Até quando vamos colocar dinheiro para salvar os chamados créditos podres? Não é possível continuar colocando dinheiro nos bancos e esse dinheiro nunca voltar para o investimento e o crédito", disse Lula.
Tanto Lula quanto Sarkozy participam na quinta-feira em Londres da reunião de cúpula do G20, que tentará buscar soluções para a crise econômica global.
O presidente brasileiro disse estar otimista em relação às negociações entre os chefes de Estado e de Governo em Londres na quinta para discutir a crise mundial.
"As medidas não serão fáceis se não tivermos coragem de compreender que as decisões tomadas amanhã serão políticas", afirmou Lula.
"Todo mundo já sabe o que deve ser feito, não há mais segredo. É preciso restabelecer o crédito no mundo e dar novamente confiança aos consumidores", disse o presidente brasileiro.
Lula chegou a Paris na madrugada desta quarta-feira vindo do Catar, onde participou na terça-feira da reunião de cúpula da Liga Árabe com países da América do Sul.
Ele se reuniu com Sarkozy por pouco mais de uma hora no palácio do Eliseu, em Paris, para "afiar a orquestra antes da reunião de Londres", segundo ele.
Lula afirmou que caberá aos participantes da cúpula de Londres corrigir o sistema econômico mundial para que os países mais pobres não sofram as consequências de crises como a atual.
O presidente brasileiro disse que a reunião da quinta-feira será "um encontro entre amigos", mas reconheceu que "será uma reunião difícil porque nem todos os nossos amigos pensam da mesma maneira".
O presidente francês, por sua vez, afirmou querer que a reunião em Londres consiga alcançar resultados concretos e não sirva apenas para marcar a data para um novo encontro.
Sarkozy voltou a criticar o rascunho da declaração final para a cúpula de Londres e sugeriu novamente que seu país pode se retirar da cúpula se não houver uma concordância dos líderes participantes sobre uma regulamentação dos mercados.
Ele afirmou ainda que há uma concordância "total e completa" entre a França e o Brasil sobre a necessidade de uma maior regulamentação financeira.
"Nossa parceria estratégica não é somente econômica, é também política e diplomática. O presidente Lula e eu queremos que o mundo mude, queremos avançar, e queremos que haja um mínimo de regulamentação, considerando o desastre representado pela desregulamentação", afirmou.
Mas Lula não repetiu as ameaças de Sarkozy de deixar a cúpula, e afirmou: "Eu e o presidente Sarkozy não queremos ter a responsabilidade do fracasso da reunião".
Após o encontro, Lula seguiu para Londres no Eurostar, o trem que liga os dois países sob o Canal da Mancha. Ele ficará na capital britânica até a sexta-feira de manhã, quando volta a Brasília.
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