segunda-feira, 29 de junho de 2009

Lula, o PT e a estabilização da economia

29/06/2009

A história recente do Brasil divide-se em dois períodos distintos. Nos anos 90, a década perdida de Fernando Collor a Fernando Henrique Cardoso, que se notabilizaram pela fúria privatizante neoliberal, pela insistência na desqualificação do papel do Estado, pela subserviência aos grandes centros do capitalismo internacional.

A partir de 2003, com o mandato do presidente Lula, nossa política econômica, nossa visão do Estado, do mercado, nossas política sociais e externa permitiram que se abrisse um novo período histórico.

Quando Lula assumiu a Presidência da República, a estabilidade da economia e o poder de compra da moeda estavam por um fio. Foi a política econômica do governo de Lula e do PT que salvou o Real da ruína e deu o salto de qualidade de que o País precisava.

Libertamo-nos do endividamento externo e da dependência do FMI; a dívida pública caiu de 56% para 36% do Produto Interno Bruto; ampliamos o comércio exterior e as reservas monetárias do País; investimos na criação de um forte mercado interno.

O novo modelo econômico - significativamente diferente da gestão tucana - garantiu ao País condições de atravessar a crise mundial com mais vigor. O crescimento econômico, com distribuição de renda e criação de empregos, permitiu a redução na vulnerabilidade do Brasil e tirou milhões de pessoas da miséria, promovendo a inclusão e a cidadania.

Apesar de todo o trabalho dos últimos seis anos, os tucanos insistem em propagar uma lenda segundo a qual o governo FHC estabilizou a economia brasileira. Nada mais falso. Essa lenda, como toda lenda, não resiste à análise dos fatos.
Inflação - A inflação de 2002, último ano da era FHC, chegou a 12,5%. Isto está longe de ser uma inflação civilizada. No dia da posse de Lula, as reservas cambiais do Brasil eram de 30 bilhões de dólares. Mas eram falsas, tratava-se de dinheiro alugado ao Fundo Monetário Internacional. Mais tarde, o presidente Lula devolveria estes recursos ao FMI. Hoje, as reservas cambiais do País estão em torno de 205 bilhões de dólares e somos credores do FMI.

No dia da posse de Lula, o valor do dólar aproximava-se dos R$ 4 e o risco-país beirava os 2.400 pontos. Hoje, o dólar vale R$ 2 e o risco-país gira em torno dos 240 pontos. No dia 1º de janeiro de 2003, a taxa básica de juros, a Selic, era de 25%; hoje ela é de 9,25%, a mais baixa da série histórica dos últimos 20 anos.

Os tucanos gostam de dizer que introduziram o câmbio flutuante. É mentira. A política do PSDB era uma política insustentável de câmbio administrado, o chamado “populismo cambial”, feliz expressão cunhada pelo tucano Bresser Pereira. Em janeiro de 1999, o mercado impôs a FHC a política de câmbio flutuante, apesar de o governo ter tentado um sistema de bandas de variações, na base do “Deus nos acuda”.

A desvalorização do Real naquele momento foi imposta, mas não precisava ser vazada; como foi, pelo menos no entendimento da Justiça, que, em primeira instância, condenou o então presidente do Banco Central Francisco Lopes a dez anos de prisão pelo socorro ao banco Marka, de Salvatore Cacciola, atualmente cumprindo pena numa penitenciária do Rio de Janeiro, depois de ser extraditado de Mônaco.

Os fatos demonstram que, na verdade, em 2003 a economia brasileira nada tinha de estável. Pelo contrário, ela tangenciava a catástrofe. E o governo FHC pedia socorro ao FMI. Os fatos mostram de forma cabal que a estabilidade da economia foi uma conquista do governo Lula. Esta é a verdade. O resto é lenda.

Cândido Vaccarezza é líder do PT na Câmara dos Deputados.

Texto originalmente publicado nesta segunda-feira (29) no Jornal da Câmara.

Um comentário:

Anônimo disse...

Cândido "VaGGarezza", um manjadíssimo contador de lorotas que não é tão "cândido" assim quanto pretende parecer, está apresentando a sua versão da conhecida parábola dos dois lavradores: um inteligente, trabalhador e bem-intencionado (primeiro lavrador) e, o outro, esepertalhão, vagabundo e mal-intencionado (segundo lavrador).
Conta a verdadeira história que eles encontraram um campo a ser lavrado. O lavrador inteligente, trabalhador e bem-intencionado logo adquiriu esse campo, para o despeito do lavrador espertalhão, vagabundo e mal intencionado. Era um campo fértil, mas inculto, cheio de mato e entulho. O primeiro lavrador dedicou-se, então, a limpá~lo, ará-lo, abrir as covas, selecionar as sementes e fazer o plantio. Deparou-se, no entanto, com a inveja e a resistência do segundo lavrador, que tentava, a todo custo, atrapalhar o seu trabalho. Ele dizia que as técnicas de aragem e plantio do primeiro lavrador não eram boas e que só ele, o segundo lavrador, sabia como tornar aquele campo produtivo. Além disso, durante todo o tempo, ele e seus serviçais malfeitores devolviam ao campo, na calada da noite, o entulho que fora removido, destruíam as leiras, roubavam as sementes e fechavam as covas que haviam sido abertas.
Além de ter que enfrentar essas artimanhas do lavrador espertalhão, vagabundo e mal intencionado, o primeiro lavrador teve, ainda, que fazer frente a um cosntante mau tempo. Quase não chovia naquele campo e, quando chovia, ele era invariavelmente inundado, estragando o plantio. Apesar de tudo, primeiro lavrador conseguiu, no final de oito anos, lavrar completamente o campo e executar o plantio. Estava tudo pronto para a produção.
Ele não contava, porém com a esperteza do lavrador espertalhão, vagabundo e mal intencionado, que, após culpá-lo por tudo de ruim que ele mesmo fizera e, até, pelo mau-tempo, expulsou-o e conseguiu, por fim, apossar-se daquele campo.
Contudo, ele e seus sequazes não sabiam lavrar. Não possuíam nenhuma técnica miraculosa de arar nem de plantar, como sempre haviam apregoado. Assim, limitaram-se a cuidar da plantação com as mesmas técnicas e recursos usados pelo primeiro lavrador, na expectativa do que iria acontecer, mesmo porque haviam observado que os primeiros brotos já estavam despontando na terra. Com o tempo, muitas espécies frutíferas foram crescendo naquele campo, mostrando o acerto do trabalho do primeiro lavrador. O lavrador espertalhão, vagabundo e mal-intencionado, porém, negava, o tempo todo, o trabalho que fora executado pelo primeiro lavrador. Dizia a todos que fora ele, o segundo lavrador, quem havia limpado o campo, arado a terra e efetuado o plantio. Chegava ao absurdo de dizer que fora ele quem havia inventado as técnicas postas em prática naquele campo. E arrematava as suas deslavadas mentiras proclamando que herdara um campo maldito, totalmente abandonado e estéril, e que, pelo seu trabalho, o havia tornado produtivo. Como era um mentiroso nato e, assim, bastante convincente, muitos acreditaram nele. Inclusive, é claro, um certo Cândido "VaGGareza", que de "cândido" não tinha nada, mas que se notabilizou, depois, como um grande contador de lorotas. E a maior de todas as suas lorotas é, sem dúvida, a versão que conta da parábola dos dois lavradores, o inteligente, trabalhador e bem-intencionado, e o espertalhão, vagabundo e mal-intencionado!