segunda-feira, 8 de junho de 2009

Os 1.150 jornalistas da Petrobras

7 DE JUNHO DE 2009


Eu já passei por isso. Já senti isso na própria pele. Eu era repórter da TV Globo. Estavam andamento três CPIs no Congresso. A CPI do Mensalão. A CPI dos Correios. No Senado, a CPI do Fim do Mundo. Eu acreditava piamente que as CPIs se destinavam a esclarecer.


por Luiz Carlos Azenha


Colaborei com uma delas, a CPI dos Correios, ao fazer uma denúncia de uso de caixa dois na campanha do PT em Goiás. Denúncia baseada em dados cristalinos. Mas estranhei: quando o acusado foi depor e disse que tinha ajudado outros partidos além do PT, a denúncia foi "arquivada".


Ou seja, vi com meus próprios olhos: acusar o PT, tudo bem; acusar o PSDB ou o PFL, aí não é notícia. Ou é menos notícia.


Isso em 2005/2006.


Agora, véspera de ano eleitoral, a manobra é a mesma. CPI das ONGs + CPI da Petrobras. É a oposição em campanha, com a colaboração da mídia corporativa.


Vale qualquer acusação. Publica primeiro para checar depois. O objetivo é estabelecer que a Petrobras é um tremendo cabide de emprego e que o "aparelhamento" serve ao atual governo.


Esse é o "modus operandi".


Um, de muitos exemplos: um jornal paulista publica que a Petrobras tem 1.150 jornalistas. A empresa desmente. Mas o jornal não publica desmentido com o mesmo destaque da acusação. Aliás, nem publica o desmentido.


A quem serve o jornal?


Blog Vi o Mundo

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