Na quinta-feira (30/07), a assessoria do Palácio da Liberdade distribuiu nota informando que o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa, acompanhado de outros membros da direção da instituição, estiveram no Palácio para agradecer o apoio recebido do governo de Minas nas operações que a Polícia Federal realiza em parceria com as forças de segurança do Estado.
Segundo a assessoria do Palácio da Liberdade, “Minas tem uma tradição de cooperação federativa muito forte entre a União, o Estado e também o município. A Polícia Federal está comprometida com esse processo de integração e existe uma boa relação da Secretaria de Defesa Social, Polícias Militar e Civil com a nossa superintendência. Nós viemos aqui agradecer o apoio que recebemos do governo do Estado”, disse Luiz Fernando Corrêa em entrevista.
Também estiveram presentes ao encontro o secretário de Estado de Defesa Social, Maurício Campos Júnior, o comandante-geral da Polícia Militar, Renato Vieira de Souza, e o diretor-geral da Polícia Civil, Marco Antônio Monteiro de Castro.
No entanto, fontes da PF em Brasília informam que a vinda e o encontro do diretor-geral da Polícia Federal não teve nada de “visita de cortesia”. Apenas, nos termos da lei, o governador Aécio Neves tem o direito de marcar local e hora para ser ouvido pela polícia.
As investigações estariam relacionadas ao caso do mensalão, Lista de Furnas e investigação sobre a licitação com recursos do programa federal “Luz para Todos”, além de doações eleitorais irregulares, após apreensão de relação na Construtora Camargo Correia.
Quase uma dúzia de auxiliares do governador Aécio Neves já está sendo investigada pela Polícia Federal, sem dizer os conselheiros do Tribunal de Contas de Minas Gerais e diversos deputados estaduais e federais, além da quase totalidade dos prefeitos da Região Metropolitana, em conjunto com dirigentes de autarquias e empresas públicas mineiras.
O caso mais escandaloso está relacionado com as investigações da Operação Navalha no Maranhão, que apontam indícios de participação na máfia das obras de Simão Cirineu Dias, atual secretário da Fazenda do governo Aécio Neves (PSDB), em Minas Gerais. Segundo a Polícia Federal, ele seria um dos elos entre a Construtora Gautama e a Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda.
Citado sete vezes no inquérito da Operação Navalha, Simão foi secretário de Planejamento no Maranhão no governo de José Reinaldo Tavares (PSB) e trabalhou no Tesouro junto com o ex-presidente do Banco Regional de Brasília (BRB), Roberto Figueiredo Guimarães, que antes havia sido consultor financeiro da Casa Civil maranhense. Tanto Reinaldo como Roberto Figueiredo foram presos, mas já estão soltos.
De acordo com relatório da PF, o fato de Roberto Figueiredo, o “Betinho”, ter trabalhado no governo federal na mesma época em que Cirineu “poderia justificar influência demonstrada por Betinho tanto junto à Secretaria do Tesouro Nacional quanto às autoridades políticas do Estado do Maranhão”.
O secretário Danilo de Castro, além de investigado, já é processado. Encontra-se inclusive com seus bens indisponíveis, perante a Justiça Federal.
É bem possível que em Minas Gerais iniciem-se nos próximos dias operações a exemplo de outros Estados. A assessoria do governador foi procurada, mas não quis comentar o caso.
Fonte:Novo Jornal
Colaboração de Nancy Lima.
Fotografia da terrorista Gabriele Freitas.
Um comentário:
E se mexer mais encontra. Um exemplo: a União lançou os Parâmetros Curriculares Nacionais, programa de ensino em todas escolas do Brasil. Aécio resolveu inovar: lançou o CBC, conteúdo básico comum, que nós professores somos obrigados a dar aos nossos alunos. Só que com isso estamos sendo obrigados a servir a dois senhores, pois os livros didáticos que o Ministério da Educação envia para as escolas estão dentro da proposta do PCN. Graças a esta aberração (o CBC), acaba-se de estudar a Insurreição Pernambucana contra os holandeses e se vai logo à Inconfidência Mineira, sem que se fale da gênese de Minas Gerais. Já era hora de o SINDUTE-MG ter recorrido ao Ministério Público Federal.
Ainda há um outro prejuízo que os alunos sofrem. Graças ao CBC, somos obrigados a mandar avançar e mandar recuar os capítulos do livro de História, de um modo que em nada contribui para a aprendizagem.
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