05/08/2009
O Brasil precisa crescer! Crescimento firme, duradouro e sustentável. Para crescer dessa maneira precisamos de energia. Da mesma forma, uma energia firme, limpa, barata, de qualidade e duradoura. De nossa matriz, o maior potencial é o hidráulico e onde estão as maiores reservas? Na Amazônia!
Estou muito contente com a decisão das estatais Eletronorte e Eletrobrás em investir recursos financeiros para a instalação do curso de engenharia elétrica nas universidades da Amazônia, mais precisamente nos Estados de Roraima, Amapá, Rondônia e Acre.
Diante do novo marco regulatório do setor elétrico nacional e dos fortes investimentos em geração hidráulica nessa região, (podendo atingir a cifra de R$ 50 bilhões como obras do PAC) em geração e transmissão, teremos uma expressiva demanda por profissionais nessa área.
No entanto, tradicionalmente são os estados do centro sul brasileiro que concentram o maior bolo dos investimentos e competência técnica/científica. Se tivermos que importar todos os profissionais, entenderíamos que a Amazônia é apenas um poço de riqueza a ser esgotado em prol do bem estar da outra parte do Brasil. Porém, também queremos participar dessas benécies.
Se considerarmos que o potencial de exploração dessa riqueza natural está concentrada apenas nos estados do Pará (com a sua Tucurui e agora Belo Monte), Tocantins (com seu grande rio Tocantins) e Rondônia (com suas Jirau e Santo Antonio no rio madeira) não sobra quase nada nos demais estados.
Assim, é muito justo que os demais estados tenham alguma forma de participação. Há a possibilidade de se construir usinas hidrelétricas no Peru, cuja produção deverá ser adquirida totalmente pelo Brasil e sua linha de transmissão deverá passar pelo Acre. É uma forma de inclusão de nosso estado no sistema nacional e binacional.
Portanto, a decisão de criar os cursos nessa área nos estados desprovidos dessa capacidade é um gesto nobre, solidário e digno de nossos aplausos.
Parte do financiamento já está no caixa das universidades e a meta é realizar o vestibular ainda este ano e começar as aulas em 2010. No Acre, a Universidade Federal - UFAC discute a possibilidade de criar o Centro de Tecnologia, ampliando da engenharia elétrica para os conjuntos das engenharias já postas. É um ato de nacionalismo e seguramente um grande salto para a produção técnico/científico de nossa comunidade.
Parabéns!
Siba Machado (PT-AC) é suplente de senador e assessor especial do Governo do Acre
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