11/09/2009
Avanço no PIB faz economia retornar ao nível do início de 2008
Folha Online, no Rio
O avanço de 1,9% do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre, que tirou o Brasil da recessão, fez com que a economia brasileira retornasse ao patamar observado no primeiro trimestre de 2008, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A recuperação da economia de abril a junho foi puxada pelo consumo das famílias, cujo crescimento superou o que vinha sendo observado nos seis meses anteriores, aliada aos gastos do governo.
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O avanço de 1,9% do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre, que tirou o Brasil da recessão, fez com que a economia brasileira retornasse ao patamar observado no primeiro trimestre de 2008, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A recuperação da economia de abril a junho foi puxada pelo consumo das famílias, cujo crescimento superou o que vinha sendo observado nos seis meses anteriores, aliada aos gastos do governo.
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Sob efeitos ainda mais fortes da crise, o resultado do PIB no primeiro trimestre deste ano havia indicado que a economia se situava em níveis próximos aos que eram verificados em 2007.
O desempenho do PIB foi influenciado ainda, segundo a gerente de Contas Nacionais, Rebeca Palis, pelo setor de serviços, que foi o único que cresceu frente ao segundo trimestre de 2008. A alta da indústria também contribuiu para o resultado geral, embora seu crescimento tenha se dado sobre uma base bastante deprimida, após forte queda.
"Além do consumo, que puxou o resultado do PIB no segundo trimestre, o desempenho da economia tem muito a ver com os serviços também. Isso realmente impediu que o país tivesse um crescimento mais negativo do PIB nos últimos trimestres. É o setor que é menos afetado por qualquer turbulência, e que depende de fatores que não estão ligados às expectativas", afirmou.
O setor de serviços teve alta de 1,2% frente ao trimestre anterior, e de 2,4% sobre o segundo trimestre de 2008. No primeiro semestre, acumulou avanço de 2,1% em relação a igual período no ano passado. Esse bom desempenho teve como carro-chefe os serviços de intermediação financeira, que subiram 8,2% na comparação com o período de abril a junho de 2008. A intermediação financeira inclui os serviços bancários, de operação de crédito e de seguros.
"Isso indica uma recuperação desse segmento, mas não remete ao período pré-crise, quando o crescimento era pontuado por taxas superiores a 10%", observou Palis.
Também subiu em relação ao segundo trimestre do ano passado o resultado do segmento de outros serviços, que inclui serviços de educação e alimentação, registrou alta de 7,3%. Ela destacou ainda os serviços de informação (telefonia móvel e informática), que subiram 6,8%.
Setores
O consumo das famílias, um dos principais componentes do PIB, teve aumento de 2,1% em relação ao primeiro trimestre, o que mostra que os brasileiros continuaram a comprar apesar da crise, estimulados pela redução de impostos. Quando confrontado com o segundo trimestre de 2008, o consumo teve alta de 3,2%. Ao longo do primeiro semestre, os gastos das famílias cresceu 2,3%, e no acumulado dos últimos 12 meses, acumula incremento de 3,5%.
Já o consumo do governo no segundo trimestre registrou variação negativa de 0,1% em relação ao primeiro trimestre. Sobre igual período em 2008, constatou-se crescimento de 2,2%. No primeiro semestre, registra alta de 2,5%, e nos últimos 12 meses, o aumento chega a 4,2%.
O setor industrial, após dois trimestres negativos, teve alta de 2,1% frente ao primeiro trimestre. Em relação ao período de abril a junho do ano passado, a indústria caiu 7,9%. De janeiro a junho, a queda foi de 8,6%, e no acumulado em 12 meses, houve retrocesso de 3%.
O setor agropecuário, por sua vez, teve variação negativa de 0,1% na comparação com o período de janeiro a março deste ano. Em relação ao segundo trimestre de 2008, a agropecuária teve queda de 4,2%. A retração do setor chegou a 3% quando o desempenho de janeiro a junho é comparado a igual período no ano passado. Nos últimos 12 meses, foi constatado avanço de 0,2%.
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