8 de Setembro de 2009
A Polícia Federal (PF) e a Interpol apresentaram nesta terça-feira (8), durante solenidade no Ministério da Justiça, o projeto Fim da Linha, uma parceria que visa ao combate à criminalidade e que já tem 70% das metas em execução.
Segundo o chefe da Interpol no Brasil, Jorge Pontes, um dos objetivos mais importantes é a conexão com o Sistema I-24/7, uma rede privada de internet em que estão interligados os órgãos de segurança de 187 países.
A ideia é disponibilizar o sistema em todos os aeroportos internacionais, portos e postos de fronteira do Brasil. O projeto criou também a lista vermelha dos criminosos sexuais, que estará inserida no sistema para permitir a investigação, a localização e a captura de fugitivos. "A Polícia Federal tem puxado outros países, como uma locomotiva, no trabalho proativo de seu braço internacional", destacou Pontes.
Em café da manhã com jornalistas para apresentar o projeto, o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, destacou que o objetivo é a afirmação de soberania, de corresponsabilidade global e de alinhamento com macropolíticas de relações internacionais. Ele disse que a afirmação de soberania também está ligada à mudança da imagem do Brasil como paraíso da impunidade e do turismo sexual.
Jorge Pontes lembrou que muitos filmes norte-americanos mostram criminosos planejando fugir para o Brasil, realidade que está mudando. “Aqui já foram presos muitos procurados pela Justiça de outros países".
Segundo Corrêa, a Polícia Federal trabalha para se aperfeiçoar cada vez mais e ser um modelo. Para isso, precisa evoluir constantemente e conquistar maior inserção internacional. Ele ressaltou que todas as linhas de ação do projeto levam em conta a constante necessidade de atualização, como a elaboração do Mapa das Organizações Criminosas Internacionais do Brasil, sobre o qual está sendo feito trabalho de resgate de informações dos últimos dez anos.
Para Corrêa, a Polícia Federal hoje conta com respeito internacional pelo seu trabalho de corresponsabilidade regional. Na avaliação dele, o combate ao crime não pode ser executado isoladamente por nenhum país.
O diretor-geral informou que o Brasil pretende apoiar a África na área de segurança, por ser um continente frágil do ponto de vista econômico e ser uma das rotas para a Europa. "O Brasil não é mais um executor de orientações, mas faz parte das propostas que surgem nos mais importantes países para combater a criminalidade".
Fonte: Agência Brasil
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