A odisseia de Capistrano
Redação CartaCapital
Em 3 de outubro de 2008, o notário Erival Capistrano cometeu o imperdoável pecado de afrontar o mais poderoso clã político de Diamantino, Mato Grosso. Eleito prefeito pelo PDT, Capistrano venceu nas urnas, por apenas 418 votos, Juviano Lincoln, do PR, candidato da família do ministro Gilmar Mendes, presidente do STF. Desde então, manter-se à frente da prefeitura tem sido uma odisseia. Empossado em 1º de janeiro de 2009, ele já foi afastado duas vezes, em um espaço de sete meses, por conta de decisões do Poder Judiciário estadual. Em 31 de março, dois meses depois de empossado, Erival Capistrano teve o mandato cassado pelo juiz Luiz Fernando Kirche, da 7ª Vara Eleitoral de Mato Grosso. O juiz, então recém-transferido para Diamantino, acatou a representação da coligação de Lincoln que acusou o prefeito de aceitar uma doação de campanha de 20 mil reais feita a partir de um recibo com assinatura, supostamente falsificada, do agricultor Arduíno dos Santos. Em novembro de 2008, Santos depôs no Ministério Público e confirmou a doação. Dois meses depois, decidiu mudar o depoimento e negou ter dado o dinheiro para a campanha do PDT.
Em 23 de junho, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso acatou, por sete votos a zero, um recurso impetrado pelo PDT e Capistrano foi reempossado na prefeitura. Em 18 de agosto, no entanto, o presidente do TRE, desembargador Evandro Stábile, por meio de uma medida cautelar, suspendeu os efeitos da decisão e o reconduziu a Lincoln. O detalhe curioso é que Stábile foi um dos sete juízes a votar a favor da recondução de Capistrano, menos de dois meses antes de mudar de posição.
A nova saída de Capistrano tem provocado diversas manifestações populares em Diamantino, mas a volta dele à prefeitura vai depender da análise do caso pelo TSE. Até 2008, o município havia sido governado por Chico Mendes (PR), irmão caçula de Gilmar Mendes, alvo de dezenas de denúncias de superfaturamento e desvio de verbas da prefeitura – mesmo assim, jamais incomodado pela Justiça local.
Redação CartaCapital
Em 3 de outubro de 2008, o notário Erival Capistrano cometeu o imperdoável pecado de afrontar o mais poderoso clã político de Diamantino, Mato Grosso. Eleito prefeito pelo PDT, Capistrano venceu nas urnas, por apenas 418 votos, Juviano Lincoln, do PR, candidato da família do ministro Gilmar Mendes, presidente do STF. Desde então, manter-se à frente da prefeitura tem sido uma odisseia. Empossado em 1º de janeiro de 2009, ele já foi afastado duas vezes, em um espaço de sete meses, por conta de decisões do Poder Judiciário estadual. Em 31 de março, dois meses depois de empossado, Erival Capistrano teve o mandato cassado pelo juiz Luiz Fernando Kirche, da 7ª Vara Eleitoral de Mato Grosso. O juiz, então recém-transferido para Diamantino, acatou a representação da coligação de Lincoln que acusou o prefeito de aceitar uma doação de campanha de 20 mil reais feita a partir de um recibo com assinatura, supostamente falsificada, do agricultor Arduíno dos Santos. Em novembro de 2008, Santos depôs no Ministério Público e confirmou a doação. Dois meses depois, decidiu mudar o depoimento e negou ter dado o dinheiro para a campanha do PDT.
Em 23 de junho, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso acatou, por sete votos a zero, um recurso impetrado pelo PDT e Capistrano foi reempossado na prefeitura. Em 18 de agosto, no entanto, o presidente do TRE, desembargador Evandro Stábile, por meio de uma medida cautelar, suspendeu os efeitos da decisão e o reconduziu a Lincoln. O detalhe curioso é que Stábile foi um dos sete juízes a votar a favor da recondução de Capistrano, menos de dois meses antes de mudar de posição.
A nova saída de Capistrano tem provocado diversas manifestações populares em Diamantino, mas a volta dele à prefeitura vai depender da análise do caso pelo TSE. Até 2008, o município havia sido governado por Chico Mendes (PR), irmão caçula de Gilmar Mendes, alvo de dezenas de denúncias de superfaturamento e desvio de verbas da prefeitura – mesmo assim, jamais incomodado pela Justiça local.
Um comentário:
Ele é o tal que comandou a lavagem da biografia do "Palóffi", o tubarão do lullopetismo!
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