sábado, 12 de setembro de 2009

''São Paulo está condenada à inviabilidade''


Com atuais prioridades políticas, São Paulo está condenada à inviabilidade

Gabriel Brito, Correio da Cidadania

“Na última terça-feira, 8 de setembro, os paulistanos retornaram do feriado prolongado no estilo cada vez mais característico de suas vidas: chuvas, trânsito colossal e mortes causadas por deslizamentos de terra. Tal situação não chega a ser novidade na metrópole, haja vista as tradicionais cheias de verão, que costumam dar aos moradores de regiões desestruturadas as ‘boas vindas’ de cada ano novo.

No entanto, com as tempestades realmente intensificadas desta semana, a situação alarmante da cidade voltou a superar marcas e prognósticos. Até o momento, oito pessoas já morreram e muitas ficaram feridas. De uma família com casal e três filhos em Osasco, sobrou apenas o marido, que trabalhava no momento da tragédia.

"A culpa da natureza é de 5%. Os outros 95% são do poder público, que não tem investido no combate às enchentes e formulado políticas nessa área, além de deixar, sobretudo, o mercado imobiliário mandar na cidade. O número excessivo de construções de condomínios, prédios, mais a falta de investimento em transporte público de qualidade vão levando a esse caos das enchentes", afirmou ao Correio o deputado estadual do PSOL Carlos Giannazzi.

Já para o prefeito Gilberto Kassab, a saída não poderia ser mais clássica. Mesmo com sua corrente à frente da cidade há 5 anos, o político do DEM atribuiu às gestões anteriores os problemas trazidos pela chuva. Ao jornal Folha de S. Paulo, disse ter investido 948 milhões de reais em limpeza pública em 2008, contra 590 milhões de Marta Suplicy. Porém, os números crus não consideram variações inflacionárias e econômicas do período, o que pode tornar a comparação ilusória.

Mas pelo lado da realidade, como também noticiado pela imprensa, os investimentos em limpeza e prevenção de enchentes diminuíram este ano. ''

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