06/09/2009
Da Redação - Marcos Coutinho e Thalita Araújo
A direção regional do PDT deliberou, há pouco, pelo rompimento formal com a administração do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), com a consequente entrega de todos os cargos da agremiação na gestão municipal, e ainda vai determinar que os dois vereadores da sigla passem a fazer oposição e assinem o requerimento para abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Os dois parlamentares do partido Democrático Trabalhista (PDT), Sérgio Cintra e Toninho de Souza, segundo informaram fontes do partido para o Olhar Direto, na tarde deste domingo, concordam com a decisão e devem subscrever o requerimento de instalação da CPI já na terça-feira.
A opção pelo rompimento representa um revés para Santos, cuja imagem saiu desgastada após a operação Pacenas, desencadeada pela Polícia Federal para prender empresários e servidores públicos de Cuiabá e Várzea Grande, acusados de conluio e de fraudar licitações do PAC.
Desde o episódio, Santos tem feito um esforço imenso no sentido de mostrar que não teve participação no escândalo e tem acatado todas as orientações da Justiça Federal e do Ministério Público no sentido de evitar prejuízos para a capital e para garantir a liberação dos recursos do PAC, cujas obras são vitais para os setores de saneamento básico e abastecimento de água de Cuiabá.
Rodrigo Rodrigues, vice-presidente da executiva regional do PDT, afirma que a avaliação obteve consenso, mediante o tamanho e a importância que a sigla tem no país e em Mato Grosso. “E a participação do partido na gestão de Santos não está de acordo com os ideais e o tamanho do PDT”, diz.
Na próxima quarta-feira a direção do partido irá baixar uma resolução pedindo a entrega de todos os cargos na Prefeitura Municipal e a abertura da CPI. Na ocasião a executiva regional irá reunir-se com a municipal, comunicando oficialmente a decisão.
O vereador Sérgio Cintra diz que certamente irá seguir a orientação da executiva regional, e que o partido, apesar de ser da base de Wilson Santos, tem toda a autonomia para decidir por outro caminho. “Concordo com a decisão, é isso mesmo que devemos fazer”, afirma, tanto em relação à entrega de cargos quanto à abertura da CPI na Câmara Municipal.Fonte: Olhar Direto.
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