quarta-feira, 7 de abril de 2010

Dilma defende Estado forte para planejar e criar condições para o desenvolvimento



A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, ressaltou a importância de ter um Estado forte, que planeje o país e crie condições para o desenvolvimento. A afirmação foi feita durante palestra nesta quarta-feira (7) para empresários mineiros da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

“Qual é o papel do Estado? Sem ser concorrente do setor privado, ele tem o papel de planejar. O Estado não pode olhar o depois de amanhã, ele tem que olhar o longo prazo. Em que área tem que fazer isso, em energia, por exemplo, senão vai repetir o que vai aconteceu de 2001 e 2002 com o racionamento de energia”, disse.

Segundo ela, o Estado teve um papel fundamental durante a crise financeira internacional garantindo o crédito para as empresas. Dilma lembrou ainda que muitos achavam que o governo Lula vivia de “sorte” por não ter enfrentando crises internacionais.

“Havia alguns que diziam que nosso governo era fruto da sorte. Mas, aí quando veio a crise internacional mostramos que não. Passamos com louvor no quesito vencer a crise, fazendo parte da solução como governo e garantindo liquidez para os empresários. Não deixamos que o choque externo se tornasse um tsunami aqui no Brasil. E o presidente Lula, apesar de criticado por dizer que a crise seria uma marolinha no país, não deixou que o tsunami chegasse aqui”, discursou.

“Nós não podemos conceber um sistema capitalista que não tenha crédito. Hoje achamos natural, mas partimos de um patamar que um crédito total no Brasil não chegava a R$ 400 bilhões e hoje fechamos com um total de R$ 1,4 trilhão”, acrescentou.

Reforma tributária

A ex-ministra da Casa Civil disse ainda que o Brasil precisa enfrentar o problema tributário. “Fizemos política muito forte de desoneração, tão forte que tivemos que compensar estados e municípios, e essa política mostrou que deu certo, que aumenta as vendas e o consumo. Tem conflito federativo para fazer reforma? Tem, porque parte expressiva dos tributos são estaduais. Não conseguimos fazer a reforma que queríamos, simplificar a tributação e não conseguimos por causa do conflito e temos guerra fiscal completamente maluca”, disse. PT.

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