Gravação em 2006, o ex-governador cassado afirma que dinheiro serviria para comprar votos do STF e do TSE
Rede Brasil Atual
Rio de Janeiro - Os ecos da Operação Caixa de Pandora da Polícia Federal, deflagrada em novembro de 2009, podem atingir a já combalida campanha de Joaquim Roriz (PSC) ao governo do Distrito Federal. A transcrição de um dos vídeos que incriminam José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), gravado por Durval Barbosa – ex-secretário de governo –, mostram Arruda afirmando que o dinheiro que ele acabara de receber serviria para o ex-governador Roriz pagar votos comprados no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O Jornal de Brasília teve acesso ao relatório com a transcrição do vídeo, feito pela Polícia Federal e analisado por peritos. Nos três segundos finais, Arruda diz: “Esse governador (Roriz) é uma parada! Esse negócio aqui, esse assunto aqui, é o seguinte, um dos votos do Supremo, do TSE”.
De acordo com as investigações da PF, o encontro gravado em vídeo aconteceu em 4 de setembro de 2006. No mês seguinte, Arruda foi eleito governador em primeiro turno. A suposta compra de votos seria para evitar que Roriz tivesse o mandato de senador cassado, após o escândalo que veio à tona com a Operação Aquarela, da Polícia Civil do DF. Roriz acabou renunciando ao Senado em julho de 2007.
Arruda foi cassado em março de 2007 pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Distrito Federal depois de anunciar sua desfiliação ao DEM. Ele foi preso em fevereiro e, para evitar a expulsão da legenda, decidiu desligar-se voluntariamente. Sem vínculo com o partido no qual se elegeu, o Arruda (que havia se licenciado da função para evitar uma intervenção federal) perdeu o mandato.
Ficha Limpa
Enquanto recebe mais uma acusação, Roriz espera o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a validade de sua candidatura ao governo do DF. A decisão deve acontecer na próxima quarta-feira (22). No dia 31 de agosto o Tribunal Superior Eleitoral manteve a negativa do registro da candidatura de Roriz com base na lei da Ficha Limpa, que considera inelegível candidato que renuncia para evitar a cassação.
O candidato entrou com um recurso no STF, alegando que a lei Ficha Limpa, aprovada em maio deste ano, não se aplicaria às eleições de 2010. A defesa se baseia no artigo da Constituição que prevê que uma lei que altere o processo eleitoral não se aplica à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. Esse é o primeiro caso relacionado ao Ficha Limpa que chega ao Supremo.
Rede Brasil Atual
Rio de Janeiro - Os ecos da Operação Caixa de Pandora da Polícia Federal, deflagrada em novembro de 2009, podem atingir a já combalida campanha de Joaquim Roriz (PSC) ao governo do Distrito Federal. A transcrição de um dos vídeos que incriminam José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), gravado por Durval Barbosa – ex-secretário de governo –, mostram Arruda afirmando que o dinheiro que ele acabara de receber serviria para o ex-governador Roriz pagar votos comprados no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O Jornal de Brasília teve acesso ao relatório com a transcrição do vídeo, feito pela Polícia Federal e analisado por peritos. Nos três segundos finais, Arruda diz: “Esse governador (Roriz) é uma parada! Esse negócio aqui, esse assunto aqui, é o seguinte, um dos votos do Supremo, do TSE”.
De acordo com as investigações da PF, o encontro gravado em vídeo aconteceu em 4 de setembro de 2006. No mês seguinte, Arruda foi eleito governador em primeiro turno. A suposta compra de votos seria para evitar que Roriz tivesse o mandato de senador cassado, após o escândalo que veio à tona com a Operação Aquarela, da Polícia Civil do DF. Roriz acabou renunciando ao Senado em julho de 2007.
Arruda foi cassado em março de 2007 pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Distrito Federal depois de anunciar sua desfiliação ao DEM. Ele foi preso em fevereiro e, para evitar a expulsão da legenda, decidiu desligar-se voluntariamente. Sem vínculo com o partido no qual se elegeu, o Arruda (que havia se licenciado da função para evitar uma intervenção federal) perdeu o mandato.
Ficha Limpa
Enquanto recebe mais uma acusação, Roriz espera o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a validade de sua candidatura ao governo do DF. A decisão deve acontecer na próxima quarta-feira (22). No dia 31 de agosto o Tribunal Superior Eleitoral manteve a negativa do registro da candidatura de Roriz com base na lei da Ficha Limpa, que considera inelegível candidato que renuncia para evitar a cassação.
O candidato entrou com um recurso no STF, alegando que a lei Ficha Limpa, aprovada em maio deste ano, não se aplicaria às eleições de 2010. A defesa se baseia no artigo da Constituição que prevê que uma lei que altere o processo eleitoral não se aplica à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. Esse é o primeiro caso relacionado ao Ficha Limpa que chega ao Supremo.
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