Nubia Silveira *
Em entrevista ao jornal espanhol El País, o governador eleito Tarso Genro(PT) falou sobre seus projetos para o estado e o futuro governo Dilma Rousseff (PT). Ele revelou que, entre suas prioridades, está o combate à desigualdade regional que, no Rio Grande do Sul, é muito grade. E afirmou que a presidente eleita tomará decisões com absoluta independência do PT.
O jornal lembra que a relação de Tarso com a Espanha foi “longa e fecunda”. E, agora, diz a reportagem, como governador do RS, ele está “mais do que disposto” a estreitar os vínculos com a Espanha. Por isso, viajou ao país. Em Madri, reuniu-se com representantes políticos, sociais, acadêmicos e empresariais, a fim de “abrir canais de negociação” para investimentos privados, buscar apoio à “democratização institucional” e colaboração para a implantação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
El País – Quais serão as suas prioridades como governador do Rio Grande do Sul?
Em entrevista ao jornal espanhol El País, o governador eleito Tarso Genro(PT) falou sobre seus projetos para o estado e o futuro governo Dilma Rousseff (PT). Ele revelou que, entre suas prioridades, está o combate à desigualdade regional que, no Rio Grande do Sul, é muito grade. E afirmou que a presidente eleita tomará decisões com absoluta independência do PT.
O jornal lembra que a relação de Tarso com a Espanha foi “longa e fecunda”. E, agora, diz a reportagem, como governador do RS, ele está “mais do que disposto” a estreitar os vínculos com a Espanha. Por isso, viajou ao país. Em Madri, reuniu-se com representantes políticos, sociais, acadêmicos e empresariais, a fim de “abrir canais de negociação” para investimentos privados, buscar apoio à “democratização institucional” e colaboração para a implantação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
El País – Quais serão as suas prioridades como governador do Rio Grande do Sul?
Tarso Genro – O combate à desigualdade regional, que é muito acentuada entre o Norte e o Sul do estado, e o combate às desigualdades sociais tanto no Sul quanto no Norte. Temos uma rica e diversificada base produtiva, que oferece muitas possibilidades. Estamos no centro do Mercosul, e as nossas relações com Espanha e Portugal refletirão de forma positiva sobre o nosso desenvolvimento.
El País – O senhor menciona o Mercosul, mas um grande problema da América Latina é a integração regional. Como é possível avançar nesta integração?
TG – Para isso, temos que resolver um problema anterior, o da garantia dos direitos humanos. Não se pode falar, de forma abstrata, em integração regional, ou apenas de integração de capitais. É preciso integrar as pessoas, os sindicatos, os movimentos sociais. É necessária a integração com inclusão social.
El País – A presidente eleita, Dilma Rousseff, tem dito que dará continuidade ao legado de Lula. Mas os analistas se perguntam qual o grau de autonomia que ela terá em relação a Lula e ao Partido dos Trabalhadores (PT).
TG – A gestão de Dilma estará sedimentada um trabalho sólido. Todo governo democrático e sério sofre a influência dos partidos. Lula sofreu muita influência do PT, porque o partido é quase uma criatura sua. Esta será a relação de Dilma, mas ela terá uma independência absoluta para tomar decisões de Estado. Não existe uma imposição do partido ao chefe de Estado. Mas, considerar que a influência do partido é perniciosa é uma visão reacionária.
El País – Lula tem sido criticado por sua aproximação de regimes como o do Irã e de Cuba. Haverá continuidade na política exterior?
TG - A politica externa continuará com as adaptações necessárias. Cuba está libertando seus presos. O Brasil queria isso. Mas, respeitou a autonomia cubana. Sem dúvida, o novo contexto de guerra cambial marcará a política externa. Será, porém, sempre uma política independente, marcada pela negociação e orientada pela soberania nacional.
* Tradução de matéria do El País
Fonte:Sul 21
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