quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Deputado acusa Yeda

RS: candidato do PRP formaliza denúncias contra Yeda

29 de setembro de 2010


Conforme havia informado no debate realizado na RBS TV, afiliada da Rede Golobo, entre os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul na noite de terça-feira (28), o candidato Aroldo Medina (PRP) mostrou, na manhã de hoje, documentos que, segundo ele, indicariam a existência de fraude em um processo de licitação na Brigada Militar (BM). O candidato concedeu entrevista coletiva em frente ao Palácio Piratini e divulgou informações via internet. Segundo Medina, também formalizou denúncia junto ao Ministério Público estadual para comprovar que a denúncia "tem seriedade".

Segundo o candidato, uma construtora fantasma da cidade de Montenegro (localizada na região Metropolitana de Porto Alegre e distante 31 km da Capital) teria vencido licitação para a execução de obras de uma nova rede lógica e de telefonia do Departamento de Logística e Patrimônio (DLP) da Brigada Militar (BM).

"A imprensa pode confirmar minhas denúncias porque fui até o local informado pela empresa no contrato social e havia uma tapera. A empresa foi nomeada para prestar serviços ao Estado sem ter corpo físico". Questionado sobre se a empresa presta serviços ao poder público estadual no momento, o candidato disse que não sabe, porque sua primeira denúncia foi feita em 10 de junho, ao seu "escalão competente" dentro da BM.

Medina destacou ainda que, em debate anterior, realizado na Rede Pampa, havia solicitado à governadora Yeda Crusius (PSDB), candidata à reeleição, que fosse realizada uma auditoria na Central de Licitações do Estado (Celic). "O que fiz foi uma investigação preliminar. Se houver uma auditoria, será constatado que empresas fantasmas estão vencendo licitações no Rio Grande do Sul."

Na manhã desta quarta, durante evento no Cais do Porto da Capital que autorizou a publicação do edital de concessão dos serviços de transporte hidroviário no Estado, a governadora optou por não se manifestar sobre as denúncias, lembrando que se encontrava em uma ação de governo.

No final da manhã, o coronel Carlos Hirsch, diretor do Departamento de Logística da BM, também convocou uma coletiva, para rebater as acusações. Ele disse que todo o trâmite legal foi cumprido, que a empresa está realizando a obra desde 22 de setembro, e mostrou o local dos trabalhos. Hirsch disse ainda que Medina o procurou para falar sobre o assunto, mas que não chegou a protocolar qualquer denúncia dentro da corporação.

"A denúncia que o Medina faz é de que a empresa não existe. Mas toda a vez em que a contatamos, ela foi localizada. A empresa tem um contrato, tem razão social e está realizando a obra". Na coletiva, Hirsch informou ainda que o comando da BM abrirá inquérito para apurar os fatos. Não em relação a empresa, mas sim em relação a Medina, que é major da BM no Rio Grande do Sul.


Especial para Terra

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