quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O estelionatário fonte da Folha muda de versão

Empresário muda versão e nega cobrança de propina para PT São Paulo – O empresário que fez denúncias que levaram à saída da ministra-chefe da Casa Civil mudou a versão inicial de suas acusações. Rubnei Quícoli havia dito ao jornal Folha de S. Paulo que a empresa do filho da ex-ministra Erenice Guerra prometia conseguir a aprovação de empréstimo de R$ 9 bilhões ao BNDES graças a facilidades.

Agora, depois de sete horas de depoimento na Polícia Federal, Quícoli resolveu apresentar outra versão. Ao conversar com jornalistas na saída da oitiva, segundo relata O Globo Online, o empresário resolveu por fim esclarecer que não havia qualquer acerto para o pagamento de propina que serviria à campanha de Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência da República. Ele atribuiu ao ex-diretor dos Correios, Marco Antonio de Oliveira, a responsabilidade pela afirmação. “Não tem nada que diz que foi pedido dinheiro para campanha, para PT, para Dilma”, afirmou.

Na entrevista à Folha, Quícoli havia apresentado a versão de que chegou a se encontrar com Erenice Guerra para debater o projeto de uma usina de energia solar no Nordeste. Agora, a versão foi outra: “Eu não sei. Nunca posicionei uma informação dessa (sic). A única informação que coloquei foi que o Marco Antonio me pediu esse valor para poder acertar alguma coisa entre eles lá. Eu nunca disse que esse dinheiro era para PT, para a campanha da Dilma.”

Quícoli gravou depoimento para o programa eleitoral do candidato do PSDB, José Serra, e confirmou ter sido filiado ao partido.

Histórico

Não é a primeira denúncia desmentida na corrida eleitoral. Na tentativa de conectar problemas a Dilma, a revista Veja publicou matéria que tratava do suposto caso de lobby envolvendo filhos da ex-ministra Erenice Guerra, apresentada nas matérias como braço direito da candidata.

No dia seguinte à publicação da reportagem, o empresário citado pela semanal emitiu nota dizendo-se surpreendido. Na ocasião, Fábio Baracat esclareceu que não trabalhou para a Vianet, empresa citada pela Veja, e que jamais teve de pagar propina a Israel Guerra, filho de Erenice. “Acredito que tenha contribuído com o esclarecimento dos fatos, na certeza de que fui mais uma personagem de um joguete político-eleitoral irresponsável do qual não participo”, pontuou. Brasil Atual.

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