sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Argumentação tosca

 
 
O maior argumento do PiG e de seus leitores, de associações de juízes, promotores, procuradores e magistrados de que o julgamento do mensalão não foi político é que a maioria dos ministros foi nomeado por Lula e Dilma.E daí? Não tem sentido a argumentação.O maior exemplo para se contrapor a esse argumento tosco é o caso de Amaury Kruel, Ministro de Guerra do governo João Goulart.Amaury Kruel era amigo e foi nomeado por Jango para o mencionado ministério, no entanto, quando os golpistas quiseram depor João Goulart, Amaury Kruel ficou do lado dos golpistas.O fato de um presidente nomear um ministro do STF não quer dizer que o nomeado vá julgar do jeito que quer o presidente(quem desempenhou muito bem este papel foi Gilmar Mendes), o que se espera do ministro é que ele julgue de forma imparcial, não prejudicando nem beneficiando as partes.E isso não ocorreu no julgamento do mensalão, tudo foi feito para agradar o PiG e a opinião pública, tanto é que processo que dorme anos a fio no STF foi parado para julgar o mensalão, cito o caso da ação dos segurados da previdência contra o INSS, cito também o caso do mensalão tucano.O fato ocorreu em 1998, não obstante, o STF preferiu julgar o mensalão do PT, quando o correto, se a maioria do ministros do STF não tivesse de rabo preso ao PiG e à opinião pública,  seria julgar o mensalão tucano, até por conta da prescrição dos crimes imputados aos réus.O fato do ministro que tem genro lobista ter marcado o julgamento em plena eleição é a prova cabal que o julgamento foi político.

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