quarta-feira, 19 de novembro de 2008

BRASIL SEGUE NA CONTRAMÃO DA "CRISE"

19/11/2008

IBGE: taxa de desemprego é 2ª menor desde 2002



São Paulo - A taxa de desocupação das seis regiões metropolitanas (Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre) pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou praticamente estável em outubro se comparada a setembro, com pequena queda de 7,6% para 7,5%. O índice divulgado nesta quarta-feira é o segundo menor da série histórica iniciada em março de 2002.

Em relação a outubro de 2007 houve queda de 1,2 pontos percentuais. A população desocupada ficou estável em relação a setembro com aproximadamente 1,8 milhão de pessoas, mas caiu 11,8% em comparação com outubro de 2007. Em dezembro de 2007 a taxa de desocupação medida pelo instituto ficou em 7,4% - a menor da série até agora.

A taxa de desocupação não apresentou em outubro variação significativa em nenhuma das regiões pesquisadas na comparação com setembro. Já em relação a igual período de 2007, houve queda em Recife (3,3%), Salvador (2,3%), Belo Horizonte (1,0%) e São Paulo (1,8%).

O contingente de ocupados ficou em 22,2 milhões de pessoas, um aumento de 0,8% no mês e de 4% em relação a outubro de 2007 - o que representa a criação de 855 mil postos de trabalho, informou o IBGE.

No entanto, o rendimento médio real dos trabalhadores nas regiões avaliadas caiu 1,3% em relação a setembro, chegando a R$ 1.258, 20. Já em comparação a outubro de 2007 houve alta de 4,5%. São Paulo apresentou o maior recuou no nível de rendimento (2,1%), enquanto Porto Alegre e Belo Horizonte apresentaram ganhos, de 1,2% e 0,8%, respectivamente.

Na comparação mensal, os trabalhadores da Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, tiveram acrécimo de 1,9% no rendimento e os da Construção com alta de 6,4%. Já no Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis o rendimento recuou 0,9%.

A pesquisa mostrou também que os homens representavam, em outubro de 2008, 54,9% da população ocupada, enquanto as mulheres, 45,1%. Além disso, 49,9% da população ocupada cumpria uma jornada de trabalho de 40 a 44 horas semanais e cerca de 32%, acima de 45 horas semanais.

As informações são de Daniel Gonçalves, do Terra

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