Benedita da Silva
Secretária estadual de Assistência Social e Direitos Humanos
Rio - Barack Hussein Obama eleito. De origem havaiana, neto de quenianos, cidadão do mundo. Quantas raízes. Cuba, Oriente Médio, América Latina, Europa. Muitos cidadãos e muitos governos para serem retomadas relações com os Estados Unidos, agredidas por uma política internacional de pouco diálogo, protecionismo e desrespeito à autonomia das nações.
Obama tem responsabilidade enorme. Despertou expectativas, superou preconceitos e obstáculos e indicou a possibilidade de mudanças internas que representam a esperança dos americanos de superar a crise, de proteção aos idosos, de maior cobertura na saúde, de paz. E externas que interessam a todos os povos, cansados do uso desmesurado da força.
A América Latina, com lideranças populares, deseja negociações altivas e não subalternas, com respeito a seus povos, a sua autodeterminação e a troca internacionais justas. Nossa esperança não reside apenas na palavra de um homem, mas na força das idéias coletivas que impulsionam transformações.
Com certeza nada será como antes. O simbolismo do primeiro presidente negro dos Estados Unidos é por si só muito forte e representativo. Em nosso País, iniciamos grandes mudanças com a primeira eleição do presidente Lula, que, como Obama, teve de superar obstáculos e preconceitos.
As mudanças não têm a velocidade que seriam necessárias. Muito menos a que desejaríamos. Mas elas ocorrem pela força da necessidade, pela compreensão cada vez maior da população e sobretudo pelas mudanças que ocorrem na vida.
Que sejam bem-vindas e iluminadas a força das idéias e das transformações que nossas sociedades tanto precisam. Que Deus ilumine a todos e que o sonho de Martin Luther King esteja cada vez mais próximo de se tornar realidade.
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