domingo, 23 de novembro de 2008

LÍDER DA BANCADA DO ORELHUDO NO SENADO QUER OUVIR EMBAIXADOR

Senado vai ouvir embaixador brasileiro em Quito

Desentendimento diplomático gira em torno da suspenção do pagamento de empréstimo feito pelo BNDES

BRASÍLIA - O Senado vai ouvir o embaixador brasileiro em Quito, Antonino Marques Porto, sobre a crise que envolve um empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao governo equatoriano. O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), está convocando o embaixador para falar aos senadores da comissão, na terça-feira, sobre o incidente que envolve a suspensão do pagamento do empréstimo feito para que a construtora Odebrecht, expulsa do Equador no mês passado, construísse uma hidrelétrica naquele País.

O pedido incluía a anulação de uma cláusula que estabelece a capitalização dos juros e a anulação dos cobrados por este conceito: "Exigimos que os juros capitalizados, que são ilegais aqui e no Brasil, fiquem sem efeito", destacou Jorge Glass, presidente Fundo de Solidariedade equatoriano. O crédito de US$ 286 milhões assinado com o BNDES estabelece um mecanismo de pagamento sustentado no convênio de compensações recíprocas de comércio exterior da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), organismo formado pelos bancos centrais de países-membros. Segundo a Reuters, o valor da dívida pode chegar a US$ 320 milhões.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou, em entrevista à Globonews, que embora o Brasil continue querendo ter uma atitude positiva com relação aos países vizinhos, quando há ações que não se justificam, "nós temos que demonstrar que não há uma tolerância além dos limites do que é uma compreensão natural entre países e amigos".


"Se fosse uma briga comercial, o Brasil não tinha como se envolver. Mas o caso é outro: trata-se de um calote no governo brasileiro", protesta Heráclito. Ele quer que Marques Porto relate à comissão "o que viveu e as pressões que sofreu" por conta do caso, agravado pela decisão unilateral do presidente equatoriano, Rafael Correa, de recorrer à Corte Internacional de Arbitragem de Paris para suspensão do pagamento da dívida para com o BNDES. "Vamos ouvi-lo para tomar outras providências".


O embaixador já foi chamado de volta pelo Itamarati, mas o senador do DEM avalia que o governo Lula tem sido "muito tolerante" em incidentes com países vizinhos como, o Paraguai e a Bolívia. "O Brasil tem que dar um basta nisto. Tem que haver uma postura firme do governo porque este é o caso mais grave e a situação vem num crescendo", cobra Heráclito .
Comentário.
Daqui a pouco Heráclito Fortes(DEMO-PI), líder da bancada de Daniel Dantas, vai querer a instalação de uma CPI para investigar a causa dessa "monumental crise" diplomática entre o Brasil e o Equador.Vai trabalhar vagabundo, vai prestar conta dos vôos que fizeste nas aeronaves de Dantas.A situação já está sobre controle, defensor de bandido!

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