quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O PAC CONTINUA FIRME E FORTE


Dilma diz que PAC é diferencial e fala em aumento de recursos

Segundo a ministra da Casa Civil, programa 'mantém a questão do desafio do crescimento na ordem do dia'

Agência Estado

BRASÍLIA - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta quinta-feira, 6, que a continuidade dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em meio à crise representa o grande diferencial do Brasil neste momento. "O PAC mantém o patamar de investimentos e a questão do desafio do crescimento na ordem do dia", afirmou a ministra. Além disso, a ministra afirmou que os recursos previstos para o programa poderão ser ampliados. Segundo ela, o valor de R$ 504 bilhões previsto para as obras do programa poderá ser revisto, mas ela não informou para quanto seria.

"Não temos ainda o novo valor. Se tivesse, teríamos anunciado. Segundo a ministra a revisão implicará em mudanças nas previsões de todas as obras do PAC. Até por isso os novos valores só deverão ser anunciados no segundo balanço anual do PAC", afirmou, sem dar detalhes.

Dilma explicou que em outras crises financeiras, os governos entraram em situação de "extrema fragilidade", tendo que recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI). "O contágio daquelas crises se propagava rapidamente, a dívida externa era denominada em dólar, havia crise fiscal. Além disso, os acordos do Brasil com o FMI levavam à adoção de políticas que reduziam os investimentos. Com isso, o governo era parte do problema e não da solução", disse a ministra, durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto.

Agora, de acordo com a ministra, com as atuações do governo, do ministro Guido Mantega (Fazenda) e do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, "passamos a ser parte da solução". "É um processo que não desmonta todo o crescimento alcançado".

Círculo virtuoso

Dilma Rousseff destacou que o PAC permitiu a retomada das condições de investimento no Brasil, com a retomada do crédito, da parceria público-privada. "O PAC criou um círculo virtuoso, que hoje é fundamental para as condições de posicionamento do Brasil na saída dessa crise", disse.

Ela afirmou que o PAC permite que "nós continuemos certos de que o Brasil entrou num ciclo de crescimento". Para a ministra, o programa constrói o ambiente para o país crescer e aumenta a confiança da sociedade no Brasil. "O PAC assegura a condição para manutenção da continuidade do ciclo de crescimento do País", enfatizou a ministra, destacando que o programa não tem sofrido cortes.

Segundo Dilma, o PAC assegura o crédito de longo prazo e o "governo está atento a construir a ponte financeira necessária para atravessarmos esse momento" de crise financeira internacional.

Instrumentos

A ministra voltou a afirmar que o governo possui instrumentos para enfrentar a crise financeira, tanto do ponto de vista da política monetária, quanto nos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento. "O PAC garante um patamar de investimentos públicos e privados", disse ela, ressaltando que não haverá cortes.

Dilma também voltou a fazer comparações entre a atual crise financeira e as turbulências enfrentadas pelos governos anteriores. "O Brasil tem todas as condições, hoje, de ter uma ação efetiva diante da crise. No passado, o Brasil não tinha essas condições. O País simplesmente quebrava. E em vez de ser parte da solução era parte do problema", disse.

A título de exemplo citou os cortes de investimentos feitos no governo anterior e que levaram à crise energética de 2001 "que derrubou ainda mais o crescimento econômico". Na análise da ministra, os investimentos do PAC poderão garantir ao Brasil uma melhor condição de competitividade no cenário mundial, na futura retomada econômica. Ela voltou a assegurar que o governo não tem intenção de reduzir os investimentos na exploração do pré-sal.

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