Professor Sylvio diz que Tebaldi cortou dinheiro da Educação
Em documento, ex-secretário afirma que saiu da Prefeitura com uma ‘amarga frustração’
Depois de mais de uma década ininterrupta de gestão pública, o último ano do professor Sylvio Sniecicovski à frente da Secretaria Municipal de Educação não poderia ter terminado de forma mais "frustrante", segundo ele mesmo admite.
Decepcionado com o corte de verbas determinado pelo então prefeito Marco Tebaldi(PSDB-SC), em dezembro passado Sniecicovski redigiu um contundente ofício endereçado ao então prefeito, protestando contra o descaso "daqueles que administram os recursos financeiros".
Porém, os apelos do professor Sylvio em nada sensibilizaram o tucano. Nos últimos meses do governo Tebaldi, a educação desandou: nunca houve tantas escolas municipais sucateadas como antes, somente em dezembro 27 unidades escolares foram autuadas e três escolas interditadas pela Vigilância Sanitária.
Além disso, Sniecicovski aponta que o corte de recursos também foi responsável pelo atraso na construção de quatro novas escolas. Elas deveriam ter sido entregues em dezembro passado, mas serão concluídas somente este ano.
No ofício n. 496-GAB, datado de 3 de dezembro de 2008, o professor Sylvio já externava sua indignação ao ex-prefeito, criticando a falta de liberação de recursos financeiros: "Senhor prefeito: submeto a sua apreciação, relatório [...] que demonstra o descaso recebido pela Secretaria de Educação por parte dos órgãos da Prefeitura Municipal de Joinville que administram os recursos financeiros".
"É profundamente lamentável que, no encerramento de uma jornada de trabalho
[...], o sentimento dominante seja o de uma amarga frustração, decorrente da não
realização de metas, todas perfeitamente exequíveis nos prazos previstos"
Ex-secretário fez questão de registrar sua indignação
Em certo trecho do documento, o professor se diz frustrado por não poder entregar ao seu substituto as obras que poderiam ter sido concluídas ano passado. "É profundamente lamentável que, no encerramento de uma jornada de trabalho [...], o sentimento dominante seja o de uma amarga frustração, decorrente da não realização de metas, todas perfeitamente exequíveis nos prazos previstos, não fossem os impedimentos, os embaraços, determinados por esses órgãos controladores de recursos financeiros da PMJ [...]."
O ex-secretário Sylvio Sniecicovski deixa bem claro no documento que as chuvas que caíram nos meses de novembro e dezembro não podem ser utilizadas como pretexto para o ex-prefeito se esquivar de suas responsabilidades. "Elas [as chuvas] são menos expressivas do que os fatos já comentados", critica.
Segundo Sniecicovski, o documento assinado por ele e endereçado aos então secretários da Fazenda, Nelson Corona, da Administração, Silvio Emerin, e ao então prefeito Tebaldi tinham o propósito de deixar "registrado o protesto" da Secretaria de Educação.
Secretário e servidores foram ignorados
No documento intitulado "Informação n. 012/2008", anexado ao "Ofício n. 496-GAB", técnicos da Secretaria da Educação também fizeram coro ao apelo do ex-secretário municipal da Educação Sylvio Sniecicovski. No o ofício, eles relataram que já elaboraram vários relatórios, participaram de várias reuniões no Gabinete do prefeito, na Secretaria da Fazenda e na Secretaria de Planejamento durante todo o ano de 2008. Os servidores da Educação desabafam afirmando que se sentiam "prejudicados em dar um atendimento satisfatório aos nossos 61.132 alunos da Rede Municipal de Ensino".
Por mais paradoxal que seja, não era por falta de dinheiro que a Prefeitura resolveu cortar as verbas da Secretaria de Educação. No documento, os técnicos ressaltam que a Secretaria Municipal de Educação encerrou o ano com recursos de convênios em caixa e, "apesar de ter emitido as requisições, os processos não tiveram o devido encaminhamento na contabilidade que centralizou as reservas orçamentárias, não liberando em tempo hábil para a licitação, tendo como justificativa os problemas no sistema de informática".
No documento, de conhecimento do ex-prefeito Tebaldi, os servidores ainda demonstravam preocupação com licitações que deveriam acontecer ainda em 2008, para atendimento do início do ano letivo de 2009.
Depois de mais de uma década ininterrupta de gestão pública, o último ano do professor Sylvio Sniecicovski à frente da Secretaria Municipal de Educação não poderia ter terminado de forma mais "frustrante", segundo ele mesmo admite.
Decepcionado com o corte de verbas determinado pelo então prefeito Marco Tebaldi(PSDB-SC), em dezembro passado Sniecicovski redigiu um contundente ofício endereçado ao então prefeito, protestando contra o descaso "daqueles que administram os recursos financeiros".
Porém, os apelos do professor Sylvio em nada sensibilizaram o tucano. Nos últimos meses do governo Tebaldi, a educação desandou: nunca houve tantas escolas municipais sucateadas como antes, somente em dezembro 27 unidades escolares foram autuadas e três escolas interditadas pela Vigilância Sanitária.
Além disso, Sniecicovski aponta que o corte de recursos também foi responsável pelo atraso na construção de quatro novas escolas. Elas deveriam ter sido entregues em dezembro passado, mas serão concluídas somente este ano.
No ofício n. 496-GAB, datado de 3 de dezembro de 2008, o professor Sylvio já externava sua indignação ao ex-prefeito, criticando a falta de liberação de recursos financeiros: "Senhor prefeito: submeto a sua apreciação, relatório [...] que demonstra o descaso recebido pela Secretaria de Educação por parte dos órgãos da Prefeitura Municipal de Joinville que administram os recursos financeiros".
"É profundamente lamentável que, no encerramento de uma jornada de trabalho
[...], o sentimento dominante seja o de uma amarga frustração, decorrente da não
realização de metas, todas perfeitamente exequíveis nos prazos previstos"
Ex-secretário fez questão de registrar sua indignação
Em certo trecho do documento, o professor se diz frustrado por não poder entregar ao seu substituto as obras que poderiam ter sido concluídas ano passado. "É profundamente lamentável que, no encerramento de uma jornada de trabalho [...], o sentimento dominante seja o de uma amarga frustração, decorrente da não realização de metas, todas perfeitamente exequíveis nos prazos previstos, não fossem os impedimentos, os embaraços, determinados por esses órgãos controladores de recursos financeiros da PMJ [...]."
O ex-secretário Sylvio Sniecicovski deixa bem claro no documento que as chuvas que caíram nos meses de novembro e dezembro não podem ser utilizadas como pretexto para o ex-prefeito se esquivar de suas responsabilidades. "Elas [as chuvas] são menos expressivas do que os fatos já comentados", critica.
Segundo Sniecicovski, o documento assinado por ele e endereçado aos então secretários da Fazenda, Nelson Corona, da Administração, Silvio Emerin, e ao então prefeito Tebaldi tinham o propósito de deixar "registrado o protesto" da Secretaria de Educação.
Secretário e servidores foram ignorados
No documento intitulado "Informação n. 012/2008", anexado ao "Ofício n. 496-GAB", técnicos da Secretaria da Educação também fizeram coro ao apelo do ex-secretário municipal da Educação Sylvio Sniecicovski. No o ofício, eles relataram que já elaboraram vários relatórios, participaram de várias reuniões no Gabinete do prefeito, na Secretaria da Fazenda e na Secretaria de Planejamento durante todo o ano de 2008. Os servidores da Educação desabafam afirmando que se sentiam "prejudicados em dar um atendimento satisfatório aos nossos 61.132 alunos da Rede Municipal de Ensino".
Por mais paradoxal que seja, não era por falta de dinheiro que a Prefeitura resolveu cortar as verbas da Secretaria de Educação. No documento, os técnicos ressaltam que a Secretaria Municipal de Educação encerrou o ano com recursos de convênios em caixa e, "apesar de ter emitido as requisições, os processos não tiveram o devido encaminhamento na contabilidade que centralizou as reservas orçamentárias, não liberando em tempo hábil para a licitação, tendo como justificativa os problemas no sistema de informática".
No documento, de conhecimento do ex-prefeito Tebaldi, os servidores ainda demonstravam preocupação com licitações que deveriam acontecer ainda em 2008, para atendimento do início do ano letivo de 2009.
Gazeta de Joinville.
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