25/03/2009
SÃO PAULO, 25 de março (Reuters) - A oferta de crédito agrícola do Banco do Brasil para a próxima safra (2009/10) deve aumentar para cerca de R$ 42 bilhões, contra aproximadamente R$ 35 bilhões previstos para 2008/09, afirmou nesta quarta-feira o vice-presidente de Agronegócio da instituição, Luís Carlos Guedes Pinto.
"O Banco do Brasil espera crescer (o crédito) de 20% a 25% na próxima safra", disse Guedes a jornalistas, após uma conferência em São Paulo.
O BB, maior financiador do agronegócio nacional, já liberou até o momento cerca de R$ 25 bilhões para os produtores, visando ampliar até o final da safra a oferta de recursos em torno de 30% na comparação com a temporada passada.
O aumento da participação do banco na oferta de crédito se dá em meio à crise, após as tradings terem se mostrado mais restritivas no financiamento da produção agrícola.
"Este ano, elas se recolheram, por isso a comercialização da safra está mais lenta."
Se a queda dos depósitos à vista em contas bancárias está afetando negativamente a oferta de crédito agrícola do sistema financeiro, Guedes disse que o BB conta com a chamada poupança rural, a principal fonte do financiamento para o setor, que tem crescido.
Ele disse ainda que o governo tem o compromisso de garantir o financiamento da produção em 2009/10, usando até outras fontes de recursos se for necessário, como os fundos constitucionais ou linhas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A oferta de recursos prevista para a próxima safra, admitiu Guedes, pode não ser toda tomada, pois aqueles produtores com pendências financeiras encontrarão mais dificuldades para obter o dinheiro.
"Aqueles que renegociaram as dívidas terão o limite diminuído", acrescentou Guedes, lembrando que o banco já está antecipando a liberação de recursos para o custeio da temporada 2009/10.
A flexibilização desses limites dependeria de uma "negociação institucional" para o momento difícil do aperto de crédito, disse o vice-presidente do BB.
Em função das renegociações de dívidas agrícolas nos últimos anos, afirmou o ex-ministro da Agricultura, as operações de financiamento tiveram seu risco elevado, e o BB foi obrigado a aumentar as provisões de recursos para R$ 4,7 bilhões em 2008, contra R$ 493 milhões em 2003.
Plano Safra
SÃO PAULO, 25 de março (Reuters) - A oferta de crédito agrícola do Banco do Brasil para a próxima safra (2009/10) deve aumentar para cerca de R$ 42 bilhões, contra aproximadamente R$ 35 bilhões previstos para 2008/09, afirmou nesta quarta-feira o vice-presidente de Agronegócio da instituição, Luís Carlos Guedes Pinto.
"O Banco do Brasil espera crescer (o crédito) de 20% a 25% na próxima safra", disse Guedes a jornalistas, após uma conferência em São Paulo.
O BB, maior financiador do agronegócio nacional, já liberou até o momento cerca de R$ 25 bilhões para os produtores, visando ampliar até o final da safra a oferta de recursos em torno de 30% na comparação com a temporada passada.
O aumento da participação do banco na oferta de crédito se dá em meio à crise, após as tradings terem se mostrado mais restritivas no financiamento da produção agrícola.
"Este ano, elas se recolheram, por isso a comercialização da safra está mais lenta."
Se a queda dos depósitos à vista em contas bancárias está afetando negativamente a oferta de crédito agrícola do sistema financeiro, Guedes disse que o BB conta com a chamada poupança rural, a principal fonte do financiamento para o setor, que tem crescido.
Ele disse ainda que o governo tem o compromisso de garantir o financiamento da produção em 2009/10, usando até outras fontes de recursos se for necessário, como os fundos constitucionais ou linhas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A oferta de recursos prevista para a próxima safra, admitiu Guedes, pode não ser toda tomada, pois aqueles produtores com pendências financeiras encontrarão mais dificuldades para obter o dinheiro.
"Aqueles que renegociaram as dívidas terão o limite diminuído", acrescentou Guedes, lembrando que o banco já está antecipando a liberação de recursos para o custeio da temporada 2009/10.
A flexibilização desses limites dependeria de uma "negociação institucional" para o momento difícil do aperto de crédito, disse o vice-presidente do BB.
Em função das renegociações de dívidas agrícolas nos últimos anos, afirmou o ex-ministro da Agricultura, as operações de financiamento tiveram seu risco elevado, e o BB foi obrigado a aumentar as provisões de recursos para R$ 4,7 bilhões em 2008, contra R$ 493 milhões em 2003.
Plano Safra
Ao ser questionado por participantes de um seminário promovido pela Abag (Associação Brasileira de Agribusiness), nesta quarta-feira, Guedes afirmou que o governo tem o objetivo de aumentar de 20 a 25% o crédito agrícola em 2009/10, elevando a disponibilidade de recursos para ao menos 93 bilhões de reais, contra 78 bilhões na temporada 2008/09.
"Estima-se que deve ficar entre R$ 90 bilhões e R$ 100 bilhões, mas isso só deve ser decidido em maio, por ocasião do Plano Safra", afirmou o ex-ministro.
O governo discute aumentar de forma expressiva a oferta de crédito para fazer frente aos problemas de crédito gerados pela crise internacional.
(Por Roberto Samora; edição de Marcelo Teixeira)
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