quinta-feira, 26 de março de 2009

CHEGA A SER RISÍVEL A DEFESA DO CONSÓRCIO DEMO-PSDB-PPS

Veja só a fantástica defesa do marajá de Kassab Roberto Freire:
"Há recibo de tudo o que recebemos. Não temos caixa dois".
Ora, é lógico que caixa dois não deixa recibo e é disso justamente de que se trata a investigação contra esses trambiqueiros safados.A PF não investiga doação legal.

"Dirigentes de partidos políticos citados na decisão do juiz Fausto De Sanctis negaram nesta quarta-feira envolvimento ilegal com a Camargo Corrêa, investigada na Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal. A empresa é acusada de crime financeiro e de financiar políticos ilegalmente. Segundo esses dirigentes, os repasses de verbas nas últimas eleições foram contabilizados legalmente e registrados na Justiça Eleitoral.

O presidente do PPS, Roberto Freire, acusou a PF de fazer uso político das informações obtidas na investigação. Afirmou que o PPS não recebeu doações da construtora nas últimas eleições.

"Há recibo de tudo o que recebemos. Não temos caixa dois. Esse é um problema que há no PT e no governo. O partido não recebeu qualquer dinheiro da Camargo Corrêa e não temos relação com isso. A Polícia Federal me parece irresponsável ao divulgar uma informação como essa. Não poderia divulgar uma gravação como se fosse verdade. Isso é irregular", disse Freire, frisando que responsabilizará criminal e civilmente os autores da acusação.

O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que a sigla recebeu legalmente R$ 2,69 milhões da Camargo Corrêa em 2008. Afirmou estranhar a vinculação feita pela PF dos financiamentos aos partido de oposição:

"Não há doação ilegal. Se a Camargo Corrêa está sendo investigada, se passou do limite de doação, isso nada tem a ver com o partido. Todos os atos relativos às eleições foram feitos de acordo com as leis do país".

O secretário nacional de Finanças do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Márcio França, disse que, pelo menos na esfera nacional, a sigla não recebeu verba da Camargo Corrêa em 2008. Frisou, porém, que é preciso verificar se houve repasse em algum município. Segundo ele, os repasses são legais e registrados na Justiça Eleitoral.

Já o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) confirmou que a Camargo Corrêa fez duas doações para seu partido no Pará, em 2008, no valor total de R$ 200 mil. Segundo ele, as doações foram legais. O presidente do PDT, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, disse não saber de repasse de verbas da Camargo Corrêa para o partido. O PP também negou o recebimento de doações ilegais.

O presidente do PMDB do Pará, o deputado Jader Barbalho, disse que o partido pode ter recebido doações da Camargo Corrêa, inclusive em dinheiro, como contribuição para campanhas eleitorais no estado. Jader ressaltou que essas seriam doações legais.

Segundo o Blog do Noblat, o senador José Agripino (DEM-RN) distribuiu na noite desta quarta cópias de documento que prova que foi legal a doação de R$ 300 mil feita à sua campanha pela Camargo Corrêa. Trata-se do recibo dado por ele ao receber a doação.

Em nota, a Petrobras declarou que considera não ter havido superfaturamento na obra da Refinaria Abreu e Lima, como apontam as investigações da PF, mas frisou que suspendeu o pagamento acatando a determinação do Tribunal de Contas da União.

Fiesp diz que não teme investigação da PF

Segundo escutas feitas pela PF, representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) intermediariam esquemas da Camargo Corrêa com partidos. Em nota, a Fiesp informou que "é uma entidade apolítica, independente, voltada aos interesses coletivos da indústria paulista e da sociedade brasileira". A Fiesp informou que não teme qualquer investigação e que confia no trabalho da Justiça.

Da Agência O Globo

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