quarta-feira, 25 de março de 2009

TEM MAIS PARTIDOS ENVOLVIDOS NO ESQUEMA

Daqui a pouco os dirigentes destes partidos citados na Operação Castelo de Areia vão dizer que de Sanctis é filiado ao PT.E não vai demorar.

Decisão da Justiça Federal cita repasses da Camargo Corrêa para 7 partidos

A decisão do juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Federal de São Paulo, que resultou na Operação Castelo de Areia, deflagrada nesta quarta-feira pela Polícia Federal, cita sete partidos políticos como beneficiários de recursos pagos pela construtora Camargo Corrêa nas eleições municipais do ano passado.

Os partidos citados são PSDB, PPS, PMDB, PSB, PDT, DEM e PP. Escutas feitas com autorização da Justiça apontam que o dinheiro teria sido repassado às siglas com a intermediação da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), segundo a decisão.

A Operação Castelo de Areia prendeu quatro diretores e duas secretárias da construtora nesta quarta-feira por suspeita de envolvimento em um esquema de remessa ilegal de dinheiro para o exterior por intermédio de doleiros que atuam no Brasil e fora do país. Além deles, outras quatros pessoas presas pela Polícia Federal em São Paulo e no Rio de Janeiro.

A operação investiga os crimes de evasão de divisas, operação de instituição financeira sem autorização, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraude em licitações.

De Sanctis é o mesmo juiz que mandou prender os suspeitos envolvidos com os crimes apurados pela Polícia Federal na A Operação Satiagraha, em julho do ano passado, entre eles o banqueiro Daniel Dantas e o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta.

Em entrevista coletiva, a Polícia Federal informou que não investigava a relação da empresa com partidos políticos. O UOL Notícias teve acesso à íntegra da decisão de De Sanctis e constatou que a relação da construtora com as siglas era um dos alvos da operação.

Ainda conforme a decisão, diretores da construtora fizeram contato com o representante da Fiesp, em Brasília, para defender os interesses da Camargo Corrêa com os políticos.

"Suspeita-se que a empresa Camargo Corrêa, eventualmente por meio de seus diretores, teria mantido contatos com a Fiesp para a suposta distribuição de valores a políticos e/ou partidos políticos", diz a decisão.

"Os diálogos monitorados revelam em princípio tratativas e possíveis entregas de numerários supostamente a políticos e a partidos políticos oriundos, em tese, da empresa Camargo Corrêa, com a suposta intermediação da Fiesp, direta ou indiretamente", completa o juiz.

Em outro trecho da decisão, o juiz afirma que o PMDB do Pará teria recebido R$ 300 mil.

Outro lado

Em nota, a Camargo Corrêa manifestou "perplexidade" diante da "invasão" de sua sede em São Paulo pela Polícia Federal. "O grupo reafirma que confia em seus diretores e funcionários e que repudia a forma como foi constituída a ação, atingindo e constrangendo a comunidade Camargo Corrêa e trazendo incalculáveis prejuízos à imagem de suas empresas", diz a nota.

A empresa também se queixa de não ter acesso a documentos que autorizem a ação da PF e ressalta que "a Camargo Corrêa cumpre rigorosamente com todas as suas obrigações legais".

No Senado, o líder do DEM, José Agripino Maia (RN), confirmou que seu partido recebeu R$ 300 mil da Camargo Corrêa, em 2008, para o financiamento de campanhas municipais no Rio Grande do Norte. De acordo com o senador, a doação foi legal.

Em nota, o presidente do DEM, Rodrigo Maia, afirmou que o comando do partido desconhece e jamais aceitou qualquer doação ilegal para campanhas eleitorais. "Todos os atos relativos às eleições, foram feitos de acordo com as leis do país", diz a nota.

Agência Brasil

Um comentário:

DiAfonso disse...

Será que agora o Roberto Freire e o Jugmannnnnnnn vão se armar de foice e ensejar uma autoimolação?!?! Não veremos no JN, no GLOBO, no Estadão... Enfim...

Abração, Cumpadi!