E agora, será que Gilmar Mendes vai dizer que de Sanctis prendeu estes corruptos para afrontar o STF? Logo, logo Gilmar Mendes solta os peixes graúdos presos e deixa os pequenos mofando na cadeia.
Juiz da Satiagraha manda prender dez na Operação Castelo de Areia
Folha Online
O juiz da Operação Satiagraha, Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, também foi o responsável pelos mandados de prisão da Operação Castelo de Areia, deflagrada hoje pela Polícia Federal, que denuncia a evasão de dinheiro para o exterior por funcionários de alto escalão da empreiteira Camargo Corrêa. Ao todo, o juiz mandou prender dez pessoas, cujos nomes podem ser conferidos abaixo.
Segundo a Procuradoria, a remessa ilegal era feita por meio de doleiros que atuam no Brasil e no exterior. Eles criaram um sofisticado sistema, que inclui operações de câmbio e transferências bancárias responsáveis pela evasão de, pelo menos, R$ 20 milhões.
De Sanctis expediu um mandado de prisão preventiva (sem prazo para soltura) para sete acusados: quatro doleiros e três diretores da empresa.
Os doleiros são Kurt Paul Pickel, José Diney Matos, Jadair Fernandes de Almeida e Maristela Sum Doherty. Os diretores da Camargo Corrêa presos preventivamente são Fernando Dias Gomes, Dárcio Brunato e Pietro Francisco Brunato Giavina Bianchi.
Já as prisões temporárias (detenção de cinco dias) foram decretadas contra o diretor da empresa Raggi Badra Neto e duas secretárias da companhia, Marisa Berti Iaquino (secretaria do Fernando) e Darcy Flores Alvarenga (secretária do Pietro).
Articulador
De acordo com o juiz, o doleiro Kurt Paul Pickel, um suíço naturalizado brasileiro, é o cabeça da quadrilha. "[Ele] seria o responsável por coordenar e intermediar operações ilegais de câmbio, envio de vultosas quantias do Brasil para o exterior e eventual 'lavagem' de valores, tudo em prol do grupo Camargo Corrêa ou de diretores desta, mediante recebimento de contraprestação, à margem da fiscalização dos órgãos competentes", afirma o juiz em sua decisão do dia 23 de março.
As escutas legais apontaram Pickel falando o tempo inteiro em código com os diretores da Camargo Corrêa, usando nomes de animais para se referir a pessoas e moedas.
Quando não tratava diretamente com os diretores, o doleiro conversava com as secretárias, que recebiam e remetiam, por fax, as ordens e instruções de pagamentos em favor da empreiteira.
Os principais crimes investigados pela operação são evasão de divisas, operação de instituição financeira sem a competente autorização, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraude a licitações. Somadas, as sentenças por esses crimes podem chegar a 27 anos de prisão.
A operação também identificou doações não declaradas do grupo empresarial a partidos políticos. Os nomes dos políticos envolvidos não foram divulgados, mas as interceptações telefônicas autorizadas judicialmente indicam que pelo menos três legendas receberam doações.
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