Filha de FHC quer demissão de cargo público
Por Redação- de São Paulo
Luciana Cardoso é bióloga por formaçãoFilha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Luciana Cardoso teria questionado junto a familiares, neste sábado, a possibilidade da renunciar ao cargo de confiança que ocupa no gabinete do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), desde abril de 2003. Na sede paulistana dos tucanos, a entrevista dela na véspera, ao diário paulistano Folha de S. Paulo, causou constrangimentos. Fonte ouvida pelo Correio do Brasil, na manhã deste sábado, por telefone, afirmou, no entanto, ser pouco provável que o Fortes venha a dispensar a filha do ex-presidente.
– Mas, em tempos de campanha, sem dúvida que isso incomoda – reconheceu..
Luciana Cardoso, que é bióloga, foi nomeada como secretaria parlamentar, com salário de R$7,6 mil, no gabinete do atual primeiro-secretário da Casa, mas anteriormente, já exerceu a função no gabinete do pai, por dois mandatos, de 1995 a 2003. Em entrevista à FSP, Luciana revela que trabalhar em casa é melhor, para cuidar das "coisas pessoais do senador", porque no gabinete (de Fortes) "é um trem mínimo e a bagunça, eterna". Procurado pelo CdB, o senador continua se negando a comentar o assunto, no momento em que se diz interessado em moralizar a administração congressual.
Leia os principais trechos da entrevista à FSP, por telefone:
FSP - Em 2006, você estava organizando os arquivos dele.
Luciana - É, então, faz parte dessas coisas. Esse projeto não termina nunca. Enquanto uma pessoa dessa é política, é política. O arquivo é inacabável. É um serviço que eternamente continuará, a não ser que eu saia de lá.
FSP - Recebeu horas extras em janeiro, durante o recesso?
LUCIANA - Não sei te dizer se eu recebi em janeiro, se não recebi em janeiro. Normalmente, quando o gabinete recebe, eu recebo. Acho que o gabinete recebeu. Se o senador mandar, devolvo [o dinheiro]. Quem manda pra mim é o senador.
FSP- E qual é o seu salário?
LUCIANA - Salário de secretária parlamentar, amor! Descobre aí. Sou uma pessoa como todo mundo. Por acaso, sou filha do meu pai, não é? Talvez só tenha o sobrenome errado.
FSP- Cumpre horário?
LUCIANA - Trabalho mais em casa, na casa do senador. Como faço coisas particulares e aquele Senado é uma bagunça e o gabinete é mínimo, eu vou lá de vez em quando. Você já entrou no gabinete do senador? Cabe não, meu filho! É um trem mínimo e a bagunça, eterna. Trabalham lá milhões de pessoas. Mas se o senador ligar agora e falar “vem aqui”, eu vou lá.
FSP - E o que ele te pediu nesta semana?
LUCIANA - “Cê” não acha que eu vou te contar o que eu tô fazendo pro senador! Pensa bem, que eu não nasci ontem! Preste bem atenção: se eu estou te dizendo que são coisas particulares, que eu nem faço lá porque não é pra ficar na boca de todo mundo, eu vou te contar?
2 comentários:
Li no blog do Josias Tucano de souza.
Ao cruzar o fosso do Castelo de Areia da Camargo Corrêa, a PF e o Ministério Público devolveram às manchetes a torneira do caixa dois.
Submetido a uma torrente de escândalos, o brasileiro já aprendeu que é por essa bica que jorra o dinheiro da corrupção polícia no Brasil.
Se todos a conhecem o cano, por que nunca foi fechado? Simples. Disseminou-se a percepção de que o "por fora" não resulta em punição.
É um tipo de crime tratado à base de duas leis informais. Ambas alheias aos códigos penal e tributário do país.
As arcas do caixa dois são reguladas pela Lei da Selva. Quanto pilhados, os infratores se autoenquadram na Lei do Silêncio.
Em 2005, acossado pelas valerianas que a contabilidade delibiana tratara como verbas “não contabilizadas”, Lula saiu à francesa.
Numa entrevista parisiense, o presidente (que nunca soube de nada!) disse que caixa dois é coisa que “todos os partidos fazem”.
Na última quinta-feira, quando começaram a soar as conversas vadias captadas pelos grampos da Camargo Corrêa, FHC achegou-se à boca do palco.
Defendeu a empreiteira: “Não tem nada de irregular”. E ironizou a ausência do PT na lista de sete partidos premiados –“por dentro” e “por fora”.
"Terá sido a única empresa grande que não deu dinheiro para o PT. Acho que o PT deve protestar", disse FHC, em timbre de galhofa.
Assim como fizera o Lula do mensalão, o FHC do “camargão” serve-se de uma velha artimanha. Truque tosco, manjado.
Funciona assim: Como o dinheiro sujo é telhado de vidro comum a todas as legendas, a punição de uma arrastaria as demais.
Assim, numa espécie de cumplicidade premiada, uns são intimados a não denunciar os outros. Até atiram algumas pedras, porém...
Porém, essas pedras nunca atingem o telhado alheio. Passado o barulho, são recolhidas. E servem à construção dos fornos em que são assadas as pizzas.
Uns fornecem a farinha e a mussarela. Outros entram com o orégano e o tomate. Nesse repa$to, a platéia é convidada a desempenhar o papel de idiota.
Encerrada a fase dos pratos salgados, evololui-se para a sobremesa: o quindim da reforma política.
Insinua-se que a única maneira de dar cabo do “por fora” é a reformulação da legislação eleitoral, com trará o financiamento público de campanha. Lorota.
Não há dúvida de que a lei que rege as eleições precisa ser passada a limpo. Mas a tese de que a punição do caixa dois depende disso é idéia indigesta.
O que é o caixa dois? Dinheiro porco. Sai emporcalhado das arcas da empresa que dá, entra imundo na escrituração do candidato que recebe...
...E desce sujo ao bolso do marqueteiro e outros prestadores de serviços de campanha. Afora o passeio pelo código penal, os infratores fraudam o fisco.
Cometem a mesma infração tributária de que são acusados os milhares de camelôs que vendem contrabando à bugrada nas ruas das grandes cidades brasileiras.
Esses brasileiros que recorrem à informalidade para encher a geladeira são tratados com os rigores do “rapa”.
Os fiscais ora lhe tomam a mercadoria ora liberam-na, mediante o pagamento de propinas.
No camelódromo da política, a falta de formalidade não resulta senão em poucos instantes de constrangimento. Ainda assim, só de raro em raro.
O mensalão flerta com a prescrição no STF. O tucanoduto de Minas envereda pelo mesmo caminho.
As arcas clandestinas de FHC se dissiparam antes mesmo de ganhar a formalidade de um processo judicial.
Planilhas eletrônicas descobertas em 2000 mostraram que, na campanha presidencial de 1994, as arcas tucanas foram borrifadas com R$ 10,1 milhões de má origem.
Em 2003, descobriu-se que, no ano anterior, FHC organizara uma caixinha para fornir o caixa dois de 24 candidatos ao Congresso.
Queria compor uma bancada que defendesse o seu ex-governo. Coletaram-se R$ 7 milhões. Contribuíram nove empresas. Entre elas a Camargo Corrêa. Quem se lembra?
Numa atmosfera assim, é difícil supor que o novo escândalo resultará em punição. O melhor que o Estado tem a fazer, é dispensar ao camelô um tratamento “político”.
Se caixa dois graúdo não é punido, porque continuar castigando a sonegação miúda dos tributos das quinquilharias?
Esse bôca de sovaco não tem moral para falar nada,será que o dinheiro que ele ganha dos ricos da fiesp em (palestras) para explicar como quebrou o Brasil treis vezes, não dava para sustentar essa chupa cabra.
é muita palhaçada e o pior é que a imprensa podre se cala.
se fosse com alguem da familia do Lula ia faltar folhas nos jornais
para eles meter o pau.
raça de víboras.
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