sábado, 28 de março de 2009

CAMARGODUTO:DEMO MENDONÇA FILHO TENTA SE EXPLICAR

Não adianta explicar que não tem explicação. Só foram foi citados no grampo da Polícia Federal os políticos que receberam por fora, via caixa dois, quem recebeu legamente não foi ciutado.Até os concretos da Refinaria Abreu e Lima sabem que não existe recibo em caixa dois, tudo é feito por debaixo dos panos, como foi o caso do valor recebido por Mendonça Filho(DEM-PE).
Mendonça corre para se explicar sobre dinheiro


O presidente estadual do Democratas, ex-governador Mendonça Filho, apressou-se ontem para tentar minimizar os efeitos negativos à sua imagem que podem decorrer da suposta doação irregular de R$ 100 mil da construtora Camargo Corrêa à sua campanha pela Prefeitura do Recife em 2008. Antes mesmo de ser notificado ou figurar como réu relacionado na Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, Mendonça determinou ao departamento jurídico do partido que apresente à procuradora Karen Kahn e ao juiz federal Fausto De Sanctis, em São Paulo, a documentação que, segundo ele, comprova a legalidade da doação feita pela empresa.

Ocorrida na última quarta-feira, a operação investigou, entre outras irregularidades, a doação de recursos "por fora" da construtora a políticos e a partidos. A ação resultou na prisão de quatro diretores da Camargo Corrêa e de outras seis pessoas acusadas de estarem envolvidas no esquema de caixa 2 de campanhas políticas. Entre as siglas relacionadas, estão PPS, PSB, PDT, PP, PSDB, PMDB, além doDEM.

A suposta contribuição a Mendonça é citada num documento obtido pela Castelo de Areia. Pelo documento, os R$ 100 mil teriam sido repassados por um homem chamado Fernando, que está sendo investigado. A doação teria sido mencionada numa conversa entre o tal Fernando e Pietro Francisco Bianchi, um dos funcionários da empresa que foram presos.

Esquema de caixa 2 é um recurso fartamente utilizado por partidos e candidatos a cargos eletivos. Declarar que os recursos de campanha são provenientes de doações dos diretórios nacionais também é prática comum. O problema é que a tática dificulta a investigação da origem do dinheiro. As contas prestadas ao Tribunal Superior Eleitoral podem revelar qual empresa ou pessoa física doou ao diretório nacional, mas a doação não é carimbada para determinado estado ou município.

Ontem, por meio de sua assessoria, Mendonça reafirmou ter recebido R$ 300 mil da Camargo Corrêa e não R$ 100 mil. "Todas as doações da campanha foram legais e respeitaram a legislação eleitoral, o que pode ser facilmente comprovado através da documentação que será apresentada. Por isso, estou tranquilo e quero que não restem dúvidas", afirmou.

Também através da assessoria democrata, o coordenador jurídico do partido em Pernambuco, Ramiro Becker, lembrou que a investigação da PF na Camargo Corrêa identificou doações de campanha legais e ilegais. E frisou que, no caso das contribuições recebidas pelo DEM, "todas são legais, respeitando os limites da Lei Eleitoral". "As doações da Camargo Corrêa foram feitas formalmente ao diretório nacional do Democratas, em Brasília, que transferiu os valores para o diretório municipal no Recife".

Segundo Becker, a legislação em vigor permite que o diretório nacional possa repassar recursos aos diretórios estaduais e municipais. "Reafirmamos a confiança nas instituições como a Polícia Federal, Ministério Público e Poder Judiciário. Por isso a nossa iniciativa em levar a documentação para ajudá-las no esclarecimento dos fatos", concluiu.

Nenhum comentário: