segunda-feira, 23 de março de 2009

YEDA CRUZES SIFU

O povo do Rio Grande do Sul, da minha querida amiga Vera Lúcia, espera que o PIG e seus jornalistas vendidos tenham o mesmo interesse que sempre tiveram para derrubar governadores, presidente e prefeitos petistas.Provas têm até demais para tirar Yeda Cruzes do Palácio Piratini.
23/03/2009

Escutas envolvem chefe de gabinete de Yeda em suposto tráfico de influência

UOL

Escutas telefônicas divulgadas na manhã de hoje pela Rádio Gaúcha apontam a participação do chefe de gabinete da governadora Yeda Crusius (PSDB), Ricardo Lied, em tentativa de afastar o chefe de uma investigação que resultou na cassação de um vereador do PSDB, em Lajeado (RS).

A divulgação abre uma nova crise no governo Yeda. No dia 13 de março, o ex-ouvidor da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Adão Paiani, havia tornado público que gravações que recebera revelavam o envolvimento de um funcionário do alto escalão do governo em irregularidades administrativas. Não se sabia quem era o funcionário nem o teor das conversas.

Lied aparece em quatro dos oito áudios gravados em setembro do ano passado, em diálogos com o então vereador Márcio Alfonso Klaus (PSDB), de Lajeado. Klaus, reeleito nas eleições de outubro de 2008, foi cassado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) por compra de votos.

Se confirmadas, as escutas podem apontar para crime de tráfico de influência e uso indevido de informações sigilosas. Após a divulgação das gravações, hoje, o chefe de gabinete de Yeda negou ter feito pressão para o afastamento de servidores públicos de suas funções.

O ex-ouvidor Paiani falou publicamente sobre as gravações depois de ter sido exonerado pela governadora, no dia 10 de março. Ele atribuiu sua demissão ao fato de estar reunindo informações sobre o caso. Paiani disse que recebeu um CD com as gravações e atribuiu o conteúdo dos áudios a um esquema ilegal de espionagem com origem na Brigada Militar. O Ministério Público do Rio Grande do Sul, entretanto, disse que as gravações reveladas hoje foram feitas pela Brigada Militar com autorização da Justiça.

O governo gaúcho anunciou, logo após a revelação da íntegra das fitas, que abriu uma sindicância para apurar o caso. A decisão foi tomada após reunião entre a governadora e todo o seu secretariado, na manhã desta segunda-feira.

O chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, informou que a sindicância tem como objetivo esclarecer as circunstâncias em que as conversas foram realizadas: "O governo não vai condenar ninguém antes que os fatos sejam devidamente investigados."

As escutas

As gravações reveladas nesta segunda-feira começam no dia 8 de setembro de 2008, numa conversa em que Márcio Klaus e Ricardo Lied discutem providências contra policiais que estavam investigando o vereador tucano, candidato à reeleição. Lied recomenda que o vereador registre na polícia uma ocorrência de que ele e seus cabos eleitorais estavam sendo seguidos.

O chefe de gabinete da governadora só voltaria a falar com Klaus, de acordo com as gravações, três dias depois, em 11 de setembro. Quatro dias mais tarde, no dia 15, Lied volta a telefonar para Klaus. Desta vez o diálogo avança para a possibilidade de afastamento do delegado João Alberto Selig, responsável pela investigação, e do comandante da Brigada Militar na cidade, Antônio Scussel.

Na última escuta em que o chefe de gabinete é personagem, datada de 16 de setembro, Klaus e Lied falam sobre a ficha criminal do então candidato à prefeitura de Lajeado pelo PT, Luiz Fernando Schmidt, e sobre as estratégias de campanha para eleger a candidata do PP, Carmem Regina Cardoso, apoiada pelo PSDB.

A última gravação das escutas denunciadas por Paiani envolve Carmem Regina Cardoso. No dia 19 de setembro, ela conversa com o vereador tucano e recomenda que o delegado e o comandante da PM não sejam afastados dos cargos. "Antes da eleição não se mexe com nada", diz a candidata na gravação.

Carmem acabou se elegendo prefeita da cidade. Ela se refere a Ricardo Lied como "Cado". Na gravação, ela conta que um informante seu no Palácio Piratini teria lhe dado a certeza de que o próprio governo iria "tomar alguma decisão" em relação ao caso.

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