O noticiário sobre a operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, na construtora Camargo Corrêa, mostra o porquê da azia que ataca o presidente Lula após a leitura dos jornais.
No Jornal Nacional da TV Globo e no jornal O Globo, foi destacado o suposto superfaturamento na refinaria construída, em Pernambuco, em parceria do Brasil com a Venezuela, para encobrir doações ilegais aos partidos políticos.
Na Folha de S.Paulo, apesar de não estar citado entre os partidos que teriam recebido dinheiro para o caixa 2, o PT foi o principal alvo. Para ilustrar a reportagem, o jornal optou por uma foto do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, com o petista Patrus Ananias, que nada tem a ver com a história. O que dirá sobre isso o já desacreditado ombudsman do jornal?
Na coluna “Painel”, há três notas, a de abertura inclusive, onde se afirma que o PT teme ser investigado nesse episódio. O redator, talvez por privilégios mediúnicos, manifesta o temor de um partido que até agora não está na lista divulgada, que inclui o PSDB, o DEM e o PPS, entre outros. Não se pode descartar a possibilidade de mais partidos, inclusive o PT, figurarem nesta lista. Mas o PT, está fora dela até prova em contrário.
Esses exemplos refletem o espírito que norteou o trabalho da imprensa sobre o caso.
Seria bom que a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) fosse mais honesta quando condenasse as críticas que o presidente Lula faz à maneira como a imprensa brasileira trata o governo, os partidos aliados e, principalmente, o Partido dos Trabalhadores.
Maurício Dias, de CartaCapital.
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