18/04/2009
Folha Online
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou neste sábado o estabelecimento de um fundo de US$ 100 milhões para o microfinanciamento na América Latina, que terá como objetivo facilitar o fluxo de créditos. Obama está em Trinidad e Tobago, participando da Cúpula das Américas, onde disse nesta sexta-feira que pretende manter "uma aliança de iguais" com a América Latina.
Em comunicado, a Casa Branca disse que o Fundo para o Crescimento com Microfinanciamento para o Hemisfério Ocidental visará a fornecer fontes estáveis de financiamento a médio e longo prazos a entidades dedicadas aos pequenos empréstimos, para ajudar a aumentar a capacidade de concessão de crédito.
Outro objetivo será aumentar as fontes de financiamento para as micro e pequenas empresas enquanto elas não conseguem se recuperar economicamente.
Um relatório recente mostrou que 565 instituições de microcrédito na região fornecem US$ 9 bilhões em empréstimos a cerca de 9 milhões de microempresas. Mas os emprestadores enfrentam uma potencial escassez de fundos de cerca de US$ 750 milhões neste ano, informou o comunicado.
Micro e pequenas empresas são responsáveis pela maior parte dos empregos no hemisfério, tornando fundamental assegurar que o crédito esteja disponível para pequenos credores, disse a Casa Branca.
O novo organismo terá participação do Fundo Multilateral de Investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Corporação Interamericana de Investimentos, entre outras entidades.
O Fundo de Investimentos do BID desempenhará o papel principal na formação do novo organismo, informou a Casa Branca. Apesar de o fundo dispor de US$ 100 milhões inicialmente, o objetivo é arrecadar US$ 250 milhões. Para isso, as entidades constituintes pedem que outras organizações do setor público e privado participem do fundo.
Aproximação com a AL
A criação do fundo foi anunciada em meio a gestos simbólicos de aproximação com a América Latina durante a cúpula --como os cumprimentos trocados com o presidente venezuelano Hugo Chávez e a abertura para o diálogo com Cuba.
Obama, no entanto, pediu aos líderes latino-americanos que resistissem à tentação de culpar os EUA por todos os seus problemas.
"Eu tenho muito a aprender e eu tenho procurado muito ouvir e encontrar uma forma para que possamos trabalhar juntos de modo mais afetivo", disse o presidente americano.
Chefes de Estado de 34 países posam para a foto oficial da Cúpula das Américas; encontro é marcado por críticas ao embargo americano a Cuba e pela aproximação entre Obama e antigos desafetos dos EUA
Em entrevista aos jornalistas que acompanham Obama, o vice-conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Denis McDonough, falou sobre as novas intenções do líder americano.
"Com alguns países começamos uma nova relação, mas, apesar de os apertos de mão, as fotografias e os sorrisos serem importantes, não são o principal", afirmou. "Nas próximas semanas, julgaremos se começou verdadeiramente uma nova era nas relações."
Alguns avanços estão sendo mais imediatos. Chávez revelou neste sábado a disposição de nomear um novo embaixador em Washington e deu a entender que pode reabrir a vaga da representação americana em Caracas. Em setembro do ano passado, Chávez expulsou o embaixador americano --gesto que foi respondido com igual medida pela Casa Branca.
"É possível que comecemos a avaliar a designação de nosso embaixador nos Estados Unidos. Queremos caminhar nessa direção", afirmou Chávez, depois de se reunir com Hillary Clinton.
Mas o presidente venezuelano e os países que fazem parte da Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas) mantiveram neste sábado a intenção de não assinar a declaração final da cúpula, porque o esboço do texto não faz menção ao embargo americano a Cuba e "não dá resposta", segundo eles, à crise econômica global.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou neste sábado o estabelecimento de um fundo de US$ 100 milhões para o microfinanciamento na América Latina, que terá como objetivo facilitar o fluxo de créditos. Obama está em Trinidad e Tobago, participando da Cúpula das Américas, onde disse nesta sexta-feira que pretende manter "uma aliança de iguais" com a América Latina.
Em comunicado, a Casa Branca disse que o Fundo para o Crescimento com Microfinanciamento para o Hemisfério Ocidental visará a fornecer fontes estáveis de financiamento a médio e longo prazos a entidades dedicadas aos pequenos empréstimos, para ajudar a aumentar a capacidade de concessão de crédito.
Outro objetivo será aumentar as fontes de financiamento para as micro e pequenas empresas enquanto elas não conseguem se recuperar economicamente.
Um relatório recente mostrou que 565 instituições de microcrédito na região fornecem US$ 9 bilhões em empréstimos a cerca de 9 milhões de microempresas. Mas os emprestadores enfrentam uma potencial escassez de fundos de cerca de US$ 750 milhões neste ano, informou o comunicado.
Micro e pequenas empresas são responsáveis pela maior parte dos empregos no hemisfério, tornando fundamental assegurar que o crédito esteja disponível para pequenos credores, disse a Casa Branca.
O novo organismo terá participação do Fundo Multilateral de Investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Corporação Interamericana de Investimentos, entre outras entidades.
O Fundo de Investimentos do BID desempenhará o papel principal na formação do novo organismo, informou a Casa Branca. Apesar de o fundo dispor de US$ 100 milhões inicialmente, o objetivo é arrecadar US$ 250 milhões. Para isso, as entidades constituintes pedem que outras organizações do setor público e privado participem do fundo.
Aproximação com a AL
A criação do fundo foi anunciada em meio a gestos simbólicos de aproximação com a América Latina durante a cúpula --como os cumprimentos trocados com o presidente venezuelano Hugo Chávez e a abertura para o diálogo com Cuba.
Obama, no entanto, pediu aos líderes latino-americanos que resistissem à tentação de culpar os EUA por todos os seus problemas.
"Eu tenho muito a aprender e eu tenho procurado muito ouvir e encontrar uma forma para que possamos trabalhar juntos de modo mais afetivo", disse o presidente americano.
Chefes de Estado de 34 países posam para a foto oficial da Cúpula das Américas; encontro é marcado por críticas ao embargo americano a Cuba e pela aproximação entre Obama e antigos desafetos dos EUA
Em entrevista aos jornalistas que acompanham Obama, o vice-conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Denis McDonough, falou sobre as novas intenções do líder americano.
"Com alguns países começamos uma nova relação, mas, apesar de os apertos de mão, as fotografias e os sorrisos serem importantes, não são o principal", afirmou. "Nas próximas semanas, julgaremos se começou verdadeiramente uma nova era nas relações."
Alguns avanços estão sendo mais imediatos. Chávez revelou neste sábado a disposição de nomear um novo embaixador em Washington e deu a entender que pode reabrir a vaga da representação americana em Caracas. Em setembro do ano passado, Chávez expulsou o embaixador americano --gesto que foi respondido com igual medida pela Casa Branca.
"É possível que comecemos a avaliar a designação de nosso embaixador nos Estados Unidos. Queremos caminhar nessa direção", afirmou Chávez, depois de se reunir com Hillary Clinton.
Mas o presidente venezuelano e os países que fazem parte da Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas) mantiveram neste sábado a intenção de não assinar a declaração final da cúpula, porque o esboço do texto não faz menção ao embargo americano a Cuba e "não dá resposta", segundo eles, à crise econômica global.
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