O sabujo Josias de Souza não pensa assim. Ontem, na sua coluna, ele só faltou dizer que a economia do Brasil vai se quebrar ainda neste ano.O sabujo Josias deve estar sendo bem pago para escrever besteirol.
Cresce chance de PIB fechar ano sem queda
FERNANDO SAMPAIO
Folha de S. Paulo - 10/06/2009
Mais importante que a confirmação da retração do PIB foi a surpresa de ela ter sido de apenas 0,8%. O consumo das famílias e o setor de serviços amorteceram a queda. Aumentou a probabilidade de que, sustentado pelo consumo, o PIB feche este ano sem queda.
Os números do PIB divulgados ontem pelo IBGE trouxeram, ao mesmo tempo, uma confirmação e uma surpresa. A confirmação foi que, em linha com o que a virtual unanimidade dos analistas estimava, a economia brasileira atravessou, nos primeiros meses de 2009, o segundo trimestre consecutivo de contração -evento que, pelo critério seguido por muitos economistas, configura uma recessão.
Folha de S. Paulo - 10/06/2009
Mais importante que a confirmação da retração do PIB foi a surpresa de ela ter sido de apenas 0,8%. O consumo das famílias e o setor de serviços amorteceram a queda. Aumentou a probabilidade de que, sustentado pelo consumo, o PIB feche este ano sem queda.
Os números do PIB divulgados ontem pelo IBGE trouxeram, ao mesmo tempo, uma confirmação e uma surpresa. A confirmação foi que, em linha com o que a virtual unanimidade dos analistas estimava, a economia brasileira atravessou, nos primeiros meses de 2009, o segundo trimestre consecutivo de contração -evento que, pelo critério seguido por muitos economistas, configura uma recessão.
Mais importante que essa confirmação, porém, foi a surpresa: a contração do PIB no primeiro trimestre, ante o trimestre final de 2008, foi de só 0,8%. Em média, os analistas esperavam uma queda maior, próxima de 2% (estávamos, na LCA, na ponta "otimista", ao projetar queda de 1,5%).
Dois elementos amorteceram a retração do PIB no primeiro trimestre, e com mais força do que se antevia. O primeiro foi o consumo das famílias: depois de ter caído 1,8% do terceiro para o quarto trimestre de 2008, esse que é o maior componente da demanda agregada (responde por cerca de 60% do PIB) teve pequena alta, de 0,7%, no primeiro trimestre.
O corte do IPI cobrado na compra de carros e o reajuste anual do salário mínimo (que passou de R$ 415 para R$ 465 de fevereiro para março, um aumento de 12%) certamente contribuíram para essa recuperação do consumo. Também deve ter contribuído o fato de que nos meses iniciais de 2009 a piora do mercado de trabalho foi mais lenta do que no final de 2008, o que ajudou a reverter parte da queda da confiança dos consumidores.
O outro elemento que amenizou a contração do PIB foi o setor de serviços, que depende muito menos de exportações do que a indústria e a agricultura. A exemplo do consumo das famílias, o setor havia sofrido queda no quarto trimestre (de 0,4%) e voltou a crescer, embora também timidamente, no início de 2009 (quando se expandiu em 0,8% ante o trimestre imediatamente anterior).
Já a contração do volume exportado de bens e serviços se agravou: seu ritmo de queda passou de 3,2% no quarto trimestre para assustadores 16% no primeiro trimestre. E o recuo do investimento também se aprofundou, embora de forma menos dramática, ao passar de -9,3% para -12,6% (sempre na comparação com o trimestre precedente).
São fortes os indícios de que a economia está em recuperação neste segundo trimestre. Somando a isso os resultados menos negativos do que se antecipava no primeiro trimestre, há perspectiva de que as projeções do mercado para a evolução do PIB em 2009 -cuja mediana na sexta se situava em -0,7%- sejam revistas para cima. Aumentou bastante a probabilidade de que, sustentado pelo consumo, o PIB brasileiro feche o ano sem queda.
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