O PIG blinda Arthur Virgilio

É incrível como o PIG blinda o senador Arthur Virgílio.

Todas as vezes que o PIG escreve algo a respeito desse escroque só faz citar o caso do servidor fantasma mantido pelo Gabinete dele.

Mas não é só isso não. As acusações que pesam contra Virgilio são muitos mais graves que as imputadas a José Sarney.


De fato, além do caso do funcionário fantasma, Arthur Virgilio é acusado de:

.Pagar, através de atos secretos, seu professor de Jiu Jitsu.

.Pagar com recursos do Senado o tratamento de saúde de sua mãe.

.Tomar empréstimo a Agaciel para pagar as contas de seus parentes(de Virgilio) no exterior.

.Mentir ao dizer que pagou o empréstimo tomado a Agaciel com restituição de Imposto de Renda.

.Não declarar ao Imposto de Renda uma casa de sua propriedade.

Por fim, quanto a devolução dos R$ 210 mil reais surripiados dos cofres públicos, é bom que o PIG saiba que a devolução do furto, do roubo não exclui a responsalidade do bandido. No máximo atenua a pena.


Se Renan não tomar cuidado quem vai ser cassado é ele", diz Virgilio

Em São PauloApós a tensa sessão no Senado em que parlamentares bateram boca e se provocaram mutuamente, o líder do PSDB, Arthur Virgilio (AM), afirmou nesta sexta-feira (7) que o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), corre risco de ter seu mandato cassado se mantiver o tom duro que tem utilizado em defesa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

Em entrevista ao UOL Notícias, Virgilio afirmou que Renan quebrou o decoro parlamentar duas vezes na quinta-feira: a primeira quando anunciou que endossava uma representação contra o tucano no Conselho de Ética em represália a pronunciamentos do líder do PSDB e a segunda ao chamar o colega Tasso Jereissati (PSDB-CE) de "coronel de merda" no plenário.

"O senador Renan que não brinque. Ele não tem esse poder todo como imagina, não está com essa bola toda. Ele precisa descer ao padrão mais normal, da humildade. Porque desse jeito que vai quem acaba cassado é ele", afirmou Virgilio. Segundo ele, o PSDB deve fazer representação contra o peemedebista no Conselho de Ética que está por avaliar sete denúncias contra Sarney e uma contra ele próprio.


Mais um bate-boca no Senado"Ele é passível, sim, de uma representação, o partido está estudando isso. E eu não acho que a situação dele seja boa se for ao plenário da Casa. Ele teve que mendigar votos para não ser cassado da outra vez e conseguiu. O senador está abusando um pouco da sorte", comentou.

Na sessão de quinta-feira, mesmo desaconselhado por membros do PMDB, Renan subiu à tribuna para fazer um discurso sobre a representação contra Virgilio - que mais tarde foi defendido até por parlamentares ligados ao governo, como Tião Viana (PT-AC). De acordo com o líder tucano, o peemedebista ainda deixou um homem próximo aos oposicionistas para provocá-los.

"Ele não só lê a representação contra mim como ainda por cima foi me provocar. Colocou um cidadão, um correligionário dele, me provocando", disse ele. O bate boca entre Renan e Tasso começou depois de o tucano pedir que esse homem não identificado fosse retirado do plenário.

"Outro dia Renan disse que eu era um caso de psiquiatria. E eu digo que ele era um caso de Polícia Federal", disse Virgilio, que logo depois da discussão subiu à tribuna para ler notícias dos últimos anos que relacionam o líder do PMDB a casos de corrupção.

Denúncias contra Virgilio

Os tucanos assinaram 9 das 11 representações contra Sarney e os peemedebistas acusam Virgilio de ter quebrado o decoro ao receber empréstimo do ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia, envolvido em denúncias de corrupção; de ter influenciado para pedir ressarcimento por despesas com tratamento de saúde de sua mãe no valor de cerca de R$ 780 mil (o teto é de R$ 30 mil); de ter omitido da Receita Federal o imóvel onde vive; e de ter nomeado um personal trainer que era pago pelo Senado.

O líder do PSDB afirmou que tem responsabilidade de devolver mais de R$ 210 mil aos cofres da Casa para ressarcir as despesas desse assessor que continuou recebendo salários mesmo estando na Europa. Sobre o caso de sua mãe, já falecida, o senador afirmou que ela na verdade era dependente de seu pai, Arthur Virgilio Filho.

Virgilio acredita que as denúncias contra ele já foram recebidas com descrédito pela maioria de seus colegas e que está sendo perseguido. "Se eu matasse, roubasse, estuprasse, fizesse qualquer coisa, desde que não mexesse com essa camarilha que está no Senado, ele [Renan] não tomaria a medida que tomou. Isso é quebra de decoro, assim como xingar um senador com palavras de baixo calão", disse.

"O Senado está inconformado com a forma esquisita de fazer o Sarney se agarrar ao cargo. Esse grupo não renuncia a nada. Uma noção absurda de tropa de choque, que não trabalha o exame das coisas pelo aspecto da ética, mas sim para absolver os amigos e inimigo é para condenar."


Para o tucano, o acirramento do clima no Senado não mudará o destino de Sarney na presidência da Casa. "[A saída dele] é uma questão de tempo, sobretudo porque está pautado nas pessoas em que ele está pautado. Pautado nas pessoas que ficam alimentando a crise, esse esquema de tropa de choque superado, de intimidar pessoas. Não intimida ninguém", disse.

Virgilio disse também que se o Conselho de Ética derrubar todas as representações contra Sarney o plenário da Casa reagirá "de maneira bem diferente".

"Prevalecerá o bom senso e isso significa a renúncia do presidente Sarney e a eleição de um nome de consenso que seja palatável ao governo do presidente Lula e à oposição, a uma idéia de mudança e moralização do Senado", afirmou. Uol.